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theuniverseis42 's review for:
Alan Scott: The Green Lantern vol. 1
by Tim Sheridan
o preço de ser você.
uma das melhores sensações quando leio um gibi é a de que algo foi feito sob medida para me agradar ou seria o tipo de história que eu gostaria de pagar um ingresso para assistir numa tela grande. é ainda mais complicado quando se é gay e se ver em tela é tão raro ainda quando não é em algo que busca meramente o romance ou somente o humor? super-heróis? na editora mais tradicional da história? mesmo em pleno 2025, ainda é complicado.
então, imaginem minha surpresa ao perceber o quanto isto aqui me quebrou, do melhor jeito. me lembrou um pouco da toda a reconstrução histórica do quão difícil era ser queer nos anos 40. não que seja tão fácil hoje em dia, mas é bizarro pensar que poucas décadas atrás era possível ser assassinado sem nenhuma possibilidade de investigação ou simplesmente ser caçado em rua pública. ser restringindo a parques escuros, a bares secretos. nas sombras.
trazer tudo isso para dentro do universo DC e especialmente para todo o pano de fundo da sociedade da justiça da américa é uma outra sacada muito inteligente. gosto de como cada edição desta minissérie explora uma faceta diferente de alan scott, o mais poderoso dentre os membros da sociedade, e o tornam tão incrivelmente relacionado mesmo ele sendo um padrão muito típico. todo o segmento onde ele se interna no arkham é tão assustador pelos ecos da realidade quanto pela violência que ele está disposto a sofrer para “ser curado.”
o mistério, de certa forma, é a parte mais fraca. a identidade do grande vilão, o lanterna vermelho, é óbvia desde o começo. o que chama a atenção mesmo é o jeito como isso se conecta com os temas centrais da história, e também como o autor tim sheridan e sua parceria com cian tormey na arte elevam muito os momentos emocionais que batem bem quando precisam bater. além disso, é impressionante como conseguiram conectar a mitologia de alan scott com o lore maior dos lanternas verdes que todo mundo conhece.
acho que é o tipo de gibi que eu fico feliz de que foi feito. um estudo de personagem sólido sobre como o maior pecado é não ser fiel a si mesmo. um grande filme poderia ser daqui, viu?
uma das melhores sensações quando leio um gibi é a de que algo foi feito sob medida para me agradar ou seria o tipo de história que eu gostaria de pagar um ingresso para assistir numa tela grande. é ainda mais complicado quando se é gay e se ver em tela é tão raro ainda quando não é em algo que busca meramente o romance ou somente o humor? super-heróis? na editora mais tradicional da história? mesmo em pleno 2025, ainda é complicado.
então, imaginem minha surpresa ao perceber o quanto isto aqui me quebrou, do melhor jeito. me lembrou um pouco da toda a reconstrução histórica do quão difícil era ser queer nos anos 40. não que seja tão fácil hoje em dia, mas é bizarro pensar que poucas décadas atrás era possível ser assassinado sem nenhuma possibilidade de investigação ou simplesmente ser caçado em rua pública. ser restringindo a parques escuros, a bares secretos. nas sombras.
trazer tudo isso para dentro do universo DC e especialmente para todo o pano de fundo da sociedade da justiça da américa é uma outra sacada muito inteligente. gosto de como cada edição desta minissérie explora uma faceta diferente de alan scott, o mais poderoso dentre os membros da sociedade, e o tornam tão incrivelmente relacionado mesmo ele sendo um padrão muito típico. todo o segmento onde ele se interna no arkham é tão assustador pelos ecos da realidade quanto pela violência que ele está disposto a sofrer para “ser curado.”
o mistério, de certa forma, é a parte mais fraca. a identidade do grande vilão, o lanterna vermelho, é óbvia desde o começo. o que chama a atenção mesmo é o jeito como isso se conecta com os temas centrais da história, e também como o autor tim sheridan e sua parceria com cian tormey na arte elevam muito os momentos emocionais que batem bem quando precisam bater. além disso, é impressionante como conseguiram conectar a mitologia de alan scott com o lore maior dos lanternas verdes que todo mundo conhece.
acho que é o tipo de gibi que eu fico feliz de que foi feito. um estudo de personagem sólido sobre como o maior pecado é não ser fiel a si mesmo. um grande filme poderia ser daqui, viu?