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A review by leapais
O Silêncio do Mar by Miguel Freitas da Costa, Yrsa Sigurðardóttir
5.0
É uma frase dita vezes sem conta, às vezes sem sabermos bem porquê mas que, neste caso, se aplica. Há realmente males que vêm por bem. Na sexta feira fomos para Sesimbra para mais um fim de semana e estava tudo combinado com a Nathy para que hoje começássemos a ler um livro em conjunto. Como tinha o Adultério para ler no âmbito do Livro Secreto, ia estar na praia com umas amigas dos States e com a caça ao gambozinos, pensei que teria o fim de semana feito em termos de leitura (até porque haveria sempre a hipótese de começar, ainda no domingo, a leitura do livro em vez de segunda). Só que o livro secreto acabou por ser um verdadeiro flop e, na sexta à noite, estava sem livro para ler. Não stressei. Afinal a feira do livro de Sesimbra ainda estava a acontecer e, por isso, lá fui ter com o Rui e expliquei-lhe o que pretendia: um bom livro que se lesse rapidamente. Foi-me passado este livro para a mão e pronto, vim-me embora.
Sabem, às vezes, as coisas inesperadas são uma agradável surpresa. E não é a primeira vez que, na Feira do Livro de Sesimbra, me surpreendem com excelentes sugestões. Esta vez não foi excepção e, de novo, vejo-me encantada com uma autora que, de outra forma, nem me chamaria a atenção.
Um iate chega a Reiquiavique sem vivalma a bordo. Nem tripulantes, nem a família de um deles. O que terá acontecido naquele navio?
Ao mesmo tempo que acompanhamos Thóra - a advogada contratada pelos pais de um dos desaparecidos - que tenta, a todo o custo, descobrir o que se passou com o filho, a nora e as netas dos seus clientes, também acompanhamos a vida no iate, permitindo-nos vislumbrar o que se passou para que todos desaparecessem.
Sendo uma autora totalmente desconhecida para mim, fiquei agradavelmente surpreendida com a escrita intensa e chocante, com a forma como, subtilmente, nos leva numa direcção para, depois, nos fazer perceber que essa era a direcção errada e que afinal, as coisas aconteceram de outra forma (ou então não). Gosto de autores que não me deixam antever o fim do livro, que me fazem suar as estopinhas para acabar a leitura, que me fazem esquecer que estou ao sol, à sombra ou ao vento. Que me fazem mergulhar nas palavras (apesar desta analogia, neste caso especifico, ser um pouco perigosa) perdendo noção das horas e de quem me rodeia.
Resumindo, se este foi o primeiro livro que li de Yrsa Sigurðardóttir, posso-vos garantir que não foi, seguramente, o último.
Sabem, às vezes, as coisas inesperadas são uma agradável surpresa. E não é a primeira vez que, na Feira do Livro de Sesimbra, me surpreendem com excelentes sugestões. Esta vez não foi excepção e, de novo, vejo-me encantada com uma autora que, de outra forma, nem me chamaria a atenção.
Um iate chega a Reiquiavique sem vivalma a bordo. Nem tripulantes, nem a família de um deles. O que terá acontecido naquele navio?
Ao mesmo tempo que acompanhamos Thóra - a advogada contratada pelos pais de um dos desaparecidos - que tenta, a todo o custo, descobrir o que se passou com o filho, a nora e as netas dos seus clientes, também acompanhamos a vida no iate, permitindo-nos vislumbrar o que se passou para que todos desaparecessem.
Sendo uma autora totalmente desconhecida para mim, fiquei agradavelmente surpreendida com a escrita intensa e chocante, com a forma como, subtilmente, nos leva numa direcção para, depois, nos fazer perceber que essa era a direcção errada e que afinal, as coisas aconteceram de outra forma (ou então não). Gosto de autores que não me deixam antever o fim do livro, que me fazem suar as estopinhas para acabar a leitura, que me fazem esquecer que estou ao sol, à sombra ou ao vento. Que me fazem mergulhar nas palavras (apesar desta analogia, neste caso especifico, ser um pouco perigosa) perdendo noção das horas e de quem me rodeia.
Resumindo, se este foi o primeiro livro que li de Yrsa Sigurðardóttir, posso-vos garantir que não foi, seguramente, o último.