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A review by thebookthiefgirl
Last Witnesses. Unchildlike Stories by Svetlana Alexiévich
5.0
“The war is my history book. My solitude… I missed the time of childhood, it fell out of my life. I’m a man without a childhood. Instead of a childhood, I have the war.”
É a terceira vez que leio um livro da Svetlana e digo que esta foi a leitura mais difícil que já fiz, que me obrigou constantemente a fazer pausas para respirar. Mas o que é certo é que estas vítimas, estas vozes da humanidade carregaram um fardo pesado durante uma existência inteira. Um fardo que não podemos deixar de conhecer, sendo que só constitui uma pequena, pequeníssima parte do que aconteceu na frente soviética nos anos 1941-1945.
“How did I survive , after dying a hundred times ? I don’t know… It was my angel who saved me. He persuaded me. He appears even now.”
Por vezes, é preciso abalar-nos um bocado, colocar-nos no lugar do outro e nunca, nunca minimizarmos os sofrimentos, as angústias, as inseguranças dos outros. Conhecer as vozes que ficaram demasiado silenciadas. Ouvir o grito contido delas. Porque cada pequeno episódio, sob o olhar infantil, carrega repercussões para a vida inteira.
E estes testemunhos carregam uma realidade tão cruel, deveras tocante, que obrigou crianças inocentes a tornarem-se adultos antes do tempo. Crianças que viram, cheiraram e sentiram, de forma muito intensa, a fome, a solidão, atos cruéis de que a humanidade foi capaz durante a 2WW na União Soviética. Testemunhos de crianças que viram os pais, avós e irmãos morrerem à sua frente, sob tortura e fuzilamento, que viveram no meio dos partisan, ausentes de carinho no meio dos milhares de órfãos que esta época histórica criou, que tiveram que ser fortes perante os seus progenitores traumatizados pela frente da batalha, que viveram sob constante medo, incerteza quanto ao futuro e, por isso, perderam a inocência e os melhores anos das suas vidas…
É a terceira vez que leio um livro da Svetlana e digo que esta foi a leitura mais difícil que já fiz, que me obrigou constantemente a fazer pausas para respirar. Mas o que é certo é que estas vítimas, estas vozes da humanidade carregaram um fardo pesado durante uma existência inteira. Um fardo que não podemos deixar de conhecer, sendo que só constitui uma pequena, pequeníssima parte do que aconteceu na frente soviética nos anos 1941-1945.
“How did I survive , after dying a hundred times ? I don’t know… It was my angel who saved me. He persuaded me. He appears even now.”
Por vezes, é preciso abalar-nos um bocado, colocar-nos no lugar do outro e nunca, nunca minimizarmos os sofrimentos, as angústias, as inseguranças dos outros. Conhecer as vozes que ficaram demasiado silenciadas. Ouvir o grito contido delas. Porque cada pequeno episódio, sob o olhar infantil, carrega repercussões para a vida inteira.
E estes testemunhos carregam uma realidade tão cruel, deveras tocante, que obrigou crianças inocentes a tornarem-se adultos antes do tempo. Crianças que viram, cheiraram e sentiram, de forma muito intensa, a fome, a solidão, atos cruéis de que a humanidade foi capaz durante a 2WW na União Soviética. Testemunhos de crianças que viram os pais, avós e irmãos morrerem à sua frente, sob tortura e fuzilamento, que viveram no meio dos partisan, ausentes de carinho no meio dos milhares de órfãos que esta época histórica criou, que tiveram que ser fortes perante os seus progenitores traumatizados pela frente da batalha, que viveram sob constante medo, incerteza quanto ao futuro e, por isso, perderam a inocência e os melhores anos das suas vidas…