A review by celestecorrea
Fiesta: The Sun Also Rises by Ernest Hemingway

4.0

Uma geração perdida entre duas guerras, ébria de álcool e de novas experiências que preencham vidas vazias, que poderiam ter sido bestialmente boas; mas, como conclui o narrador, não é bonito pensar nisso? Afinal, o sol nasce sempre, acrescento eu.
A Espanha dos toureiros e dos touros e dos usos e costumes, que Hemingway tão bem conhecia, é magnificamente retratada e algumas páginas podem ferir a susceptibilidade dos não aficionados.
Hemingway dizia que o seu objectivo era colocar no papel o que via e sentia da forma mais simples e melhor. Mas, em minha opinião, nos seus romances a linha que separa ficção e não ficção é demasiado ténue, o que lhe causou problemas, natural e justamente. Por exemplo, no dia a seguir a Fiesta ter sido publicado, Harold Loeb, que era o Robert Cohn do livro, anunciou que o mataria assim que lhe pusesse a vista em cima.
Há ainda uma referência de mau gosto a Henry James, que o tradutor, Jorge de Sena, numa nota de rodapé indica erradamente como o célebre contista O. Henry (1862-1910).
Gostei do livro. 4 (quatro) estrelas.