Take a photo of a barcode or cover
bobwill 's review for:
The Old Man and the Sea
by Ernest Hemingway
"Tudo o que nele existia era velho, com exceção dos olhos, que eram da cor do mar, alegres e indomáveis."
Depois de oitenta e quatro dias pescando sem conseguir capturar um simples peixe (estando, nos últimos quarenta e quatro, sozinho), “o Velho” - um pescador chamado Santiago - vai além dos limites imaginários que os outros pescadores não se atrevem a atravessar - tudo isso à procura de seu “grande peixe”, de confirmação de que sua missão de vida, sua função, sua vocação como pescador, está correta, e de que suas escolhas, por toda a vida, que o levaram até onde se encontra, tinham sido acertadas.
Sozinho no mundo, a não ser por um jovem garoto com o qual nutre uma relação adorável de mentor e aluno, Santiago sente que sua maré de azar só pode ser resolvida pela insistência em fazer aquilo que faz de melhor, a única coisa que sabe fazer: pescar.
"Cada dia é um novo dia. É melhor ter sorte. Mas eu prefiro fazer as coisas sempre bem. Então, quando a sorte chegar, estarei preparado."
O que se percebe, na leitura desse livro curto e direto - quase arquetípico em sua estruturação de personagens e de enredo -, é uma busca por confirmação e, mais que isso, por significado: não é a falta de dinheiro, ou de sorte, que amedrontam o Velho, mas sim a implicação de que tamanha falta de dinheiro e sorte demonstram uma intrínseca falha na sua escolha de profissão e de devoção de sua vida por inteiro.
Quando seu encontro se dá com o peixe gigantesco que tanto tem se dedicado em conseguir, uma confirmação de sua própria existência ocorre. O marlim, entretanto, não cede facilmente, e por dias e noites o homem precisa depender apenas em sua insistência, e nos truques aprendidos após uma vida toda no mar. A cada minuto em que luta contra a linha e o anzol que o prendem, o peixe afasta ainda mais o pescador das douradas costas onde, pelo menos em seus sonhos, ainda vê, na distância, os leões que lhe lembram de possibilidades não tomadas.
Por fim, quando finalmente consegue cumprir seus objetivos e, sozinho, chegar à sua própria confirmação, falha ao torná-la pública, ao trazê-la de volta à sociedade, ficando apenas com os ossos, ainda que impressionantes, de sua própria descoberta. Santiago é um arquétipo do homem que procura respostas após uma vida de trabalho, é uma figura alegórica cristã – com suas mãos feridas e sua origem humilde –, e, mais que isso, muito mais que isso, é um homem simples, que gosta de basebol, de Joe Di Maggio e do Menino – Manolin –, a única pessoa a acreditar em suas habilidades, e a ajudá-lo a carregar o peso de sua não-tão-sutil metáfora da cruz, demonstrada no peso do mastro de madeira que traz do barco até sua cabana.
"Um homem pode ser destruído, mas não derrotado."
Depois de oitenta e quatro dias pescando sem conseguir capturar um simples peixe (estando, nos últimos quarenta e quatro, sozinho), “o Velho” - um pescador chamado Santiago - vai além dos limites imaginários que os outros pescadores não se atrevem a atravessar - tudo isso à procura de seu “grande peixe”, de confirmação de que sua missão de vida, sua função, sua vocação como pescador, está correta, e de que suas escolhas, por toda a vida, que o levaram até onde se encontra, tinham sido acertadas.
Sozinho no mundo, a não ser por um jovem garoto com o qual nutre uma relação adorável de mentor e aluno, Santiago sente que sua maré de azar só pode ser resolvida pela insistência em fazer aquilo que faz de melhor, a única coisa que sabe fazer: pescar.
"Cada dia é um novo dia. É melhor ter sorte. Mas eu prefiro fazer as coisas sempre bem. Então, quando a sorte chegar, estarei preparado."
O que se percebe, na leitura desse livro curto e direto - quase arquetípico em sua estruturação de personagens e de enredo -, é uma busca por confirmação e, mais que isso, por significado: não é a falta de dinheiro, ou de sorte, que amedrontam o Velho, mas sim a implicação de que tamanha falta de dinheiro e sorte demonstram uma intrínseca falha na sua escolha de profissão e de devoção de sua vida por inteiro.
Quando seu encontro se dá com o peixe gigantesco que tanto tem se dedicado em conseguir, uma confirmação de sua própria existência ocorre. O marlim, entretanto, não cede facilmente, e por dias e noites o homem precisa depender apenas em sua insistência, e nos truques aprendidos após uma vida toda no mar. A cada minuto em que luta contra a linha e o anzol que o prendem, o peixe afasta ainda mais o pescador das douradas costas onde, pelo menos em seus sonhos, ainda vê, na distância, os leões que lhe lembram de possibilidades não tomadas.
Por fim, quando finalmente consegue cumprir seus objetivos e, sozinho, chegar à sua própria confirmação, falha ao torná-la pública, ao trazê-la de volta à sociedade, ficando apenas com os ossos, ainda que impressionantes, de sua própria descoberta. Santiago é um arquétipo do homem que procura respostas após uma vida de trabalho, é uma figura alegórica cristã – com suas mãos feridas e sua origem humilde –, e, mais que isso, muito mais que isso, é um homem simples, que gosta de basebol, de Joe Di Maggio e do Menino – Manolin –, a única pessoa a acreditar em suas habilidades, e a ajudá-lo a carregar o peso de sua não-tão-sutil metáfora da cruz, demonstrada no peso do mastro de madeira que traz do barco até sua cabana.
"Um homem pode ser destruído, mas não derrotado."