A review by fehla
Jamais o Fogo Nunca by Ana C. Bahia, Diamela Eltit, Julián Fuks

4.0

Texto que carrega na forma a vertigem política de uma época de utopias reprimidas com crueldade pelo Estado. Situados em um plano etéreo (um quarto, uma cama beckettiana), como que semivivos, os integrantes de uma célula militante (ou os seus fantasmas) emergem da voz da narradora, que os faz ressuscitar pela memória, incompletos, inconsistentes, mas ainda assim sanguíneos, pulsantes, "esperando a chegada inescapável da história."