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anacatnascimento 's review for:
The Girl Who Lived Twice
by David Lagercrantz
Se eu não achava que Lagercrantz, mesmo com toda a sua falta de jeito para tentar (e falhar) chegar aos calcanhares de Larsson, pudesse sorrateiramente começar a arruinar o universo Millennium, este 6º volume provou-me completamente errada.
The Girl Who Lived Twice numa palavra? Anti-climático.
A conspiração política está lá, embora bem mais atabalhoada do que nos livros anteriores, e reduzida a muito suspense e *gasps* respiração sustida. O ângulo é interessante, e a maneira como o autor ligou um Sherpa nepalês à política e corrupção suecas e ao envolvimento de Zalachenko é original. O único problema é a execução: Lagercrantz deixou-se levar pelo desejo de deixar o leitor a salivar e acabou por não conseguir concretizar o resto, a parte importante do livro, com qualidade suficiente.
Quando começa o crescendo para chegarmos ao ápice da ação, também começa a previsibilidade e os clichés. O vilão é - tal como na maioria dos contos de fadas ou romances, ou naqueles filmes de Hollywood de baixo orçamento e que é, francamente, uma ofensa aos livros originais.
Senti que, dos 3, este foi o livro de Lagercrantz que pior serviço fez à saga. Não há nada de verdadeiramente novo, parece que The Girl Who Lived Twice foi escrito porque sim, porque o autor tinha um contrato a cumprir e tinha de entregar alguma coisa. Cada vez mais vemos uma Lisbeth e um Mikael a transformar-se numa sombra de si mesmos, e o desenvolvimento de personagens como Erika Berger ou, neste volume, Catrin Lindas, é muito fraco.
Se isto é o fim da Millennium, duvido que seja o que Larsson tinha planeado para a série. E pior: não é de maneira alguma o fim que merecia.
The Girl Who Lived Twice numa palavra? Anti-climático.
A conspiração política está lá, embora bem mais atabalhoada do que nos livros anteriores, e reduzida a muito suspense e *gasps* respiração sustida. O ângulo é interessante, e a maneira como o autor ligou um Sherpa nepalês à política e corrupção suecas e ao envolvimento de Zalachenko é original. O único problema é a execução: Lagercrantz deixou-se levar pelo desejo de deixar o leitor a salivar e acabou por não conseguir concretizar o resto, a parte importante do livro, com qualidade suficiente.
Quando começa o crescendo para chegarmos ao ápice da ação, também começa a previsibilidade e os clichés. O vilão é
Spoiler
derrotado, alguém salva o dia, quem ia salvar o dia mas não chegou a tempo encolhe os ombros e depois há uma separação e, no final, a união que fecha o cicloSenti que, dos 3, este foi o livro de Lagercrantz que pior serviço fez à saga. Não há nada de verdadeiramente novo, parece que The Girl Who Lived Twice foi escrito porque sim, porque o autor tinha um contrato a cumprir e tinha de entregar alguma coisa. Cada vez mais vemos uma Lisbeth e um Mikael a transformar-se numa sombra de si mesmos, e o desenvolvimento de personagens como Erika Berger ou, neste volume, Catrin Lindas, é muito fraco.
Se isto é o fim da Millennium, duvido que seja o que Larsson tinha planeado para a série. E pior: não é de maneira alguma o fim que merecia.