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A review by anacatnascimento
The Enchanted by Rene Denfeld
4.0
A única sinopse que li deste livro não era, de todo, tão completa quanto a que podemos ler aqui no Goodreads. Falava-me de um mundo encantado e de magia, e por isso agradou-me. Mas não me preparou para o murro no estômago que, afinal de contas, é [b:The Enchanted|18090147|The Enchanted|Rene Denfeld|https://images.gr-assets.com/books/1373991244s/18090147.jpg|25146823].
São pouco mais de 100 páginas, mas cada uma nos deixa com a pulga atrás da orelha. Onde é esta prisão encantada? Quem é, realmente, o nosso narrador? Como é que ele foi ali parar? Será que os cavalos dourados existem mesmo ou são só visões? Algumas respostas vêm, quase a contragosto, e confortam-nos. Outras ficam perdidas naquele lugar mágico, esperando ser encontradas por alguém mais sábio que nós. Mais encantado.
[b:The Enchanted|18090147|The Enchanted|Rene Denfeld|https://images.gr-assets.com/books/1373991244s/18090147.jpg|25146823] é cru, e apesar de toda a magia, real, muito real. Ficamos com uma ideia do que se passa mesmo no interior de uma prisão - e se não nos deixa com vontade de nunca cometer um crime, I don't know what will. É assustador, porque nos deparamos com uma dualidade que temos de enfrentar praticamente todos os dias, embora noutros contextos: a humanidade, e a falta dela, presente nas pessoas.
Acima de tudo, é nisso que este livro se foca, e é essa a lição que o narrador nos tenta ensinar: de que apesar da miséria, dos erros, da tristeza, da solidão e da maldade, há sempre parte de nós que anseia por ser bom, por ser ouvido e, mais importante que tudo, reconhecido e visto pelo que se é.
Podemos aplicar isto a tantas partes da nossa vida que, a certa altura, deixei de tentar. Deixei que os cavalos dourados me levassem a galope, e os homenzinhos que vivem nas paredes a fazer os seus restauros descansados. Afinal, também eu estive naquele corredor da morte, a uma altura ou outra, e também eu vi a salvação ao fundo do túnel. Também eu me refugiei nas palavras e nos livros quando parecia que nada (nem ninguém) mais era capaz de me compreender.
[b:The Enchanted|18090147|The Enchanted|Rene Denfeld|https://images.gr-assets.com/books/1373991244s/18090147.jpg|25146823] faz jus ao título. É um livro encantado que, entre horrores, consegue ser recheado da verdadeira magia, aquela que acontece todos os dias, muitas vezes sem darmos conta: a bondade.
“The truth is, clocks don’t tell time. Time is measured in meaning.”
São pouco mais de 100 páginas, mas cada uma nos deixa com a pulga atrás da orelha. Onde é esta prisão encantada? Quem é, realmente, o nosso narrador? Como é que ele foi ali parar? Será que os cavalos dourados existem mesmo ou são só visões? Algumas respostas vêm, quase a contragosto, e confortam-nos. Outras ficam perdidas naquele lugar mágico, esperando ser encontradas por alguém mais sábio que nós. Mais encantado.
[b:The Enchanted|18090147|The Enchanted|Rene Denfeld|https://images.gr-assets.com/books/1373991244s/18090147.jpg|25146823] é cru, e apesar de toda a magia, real, muito real. Ficamos com uma ideia do que se passa mesmo no interior de uma prisão - e se não nos deixa com vontade de nunca cometer um crime, I don't know what will. É assustador, porque nos deparamos com uma dualidade que temos de enfrentar praticamente todos os dias, embora noutros contextos: a humanidade, e a falta dela, presente nas pessoas.
Acima de tudo, é nisso que este livro se foca, e é essa a lição que o narrador nos tenta ensinar: de que apesar da miséria, dos erros, da tristeza, da solidão e da maldade, há sempre parte de nós que anseia por ser bom, por ser ouvido e, mais importante que tudo, reconhecido e visto pelo que se é.
Podemos aplicar isto a tantas partes da nossa vida que, a certa altura, deixei de tentar. Deixei que os cavalos dourados me levassem a galope, e os homenzinhos que vivem nas paredes a fazer os seus restauros descansados. Afinal, também eu estive naquele corredor da morte, a uma altura ou outra, e também eu vi a salvação ao fundo do túnel. Também eu me refugiei nas palavras e nos livros quando parecia que nada (nem ninguém) mais era capaz de me compreender.
[b:The Enchanted|18090147|The Enchanted|Rene Denfeld|https://images.gr-assets.com/books/1373991244s/18090147.jpg|25146823] faz jus ao título. É um livro encantado que, entre horrores, consegue ser recheado da verdadeira magia, aquela que acontece todos os dias, muitas vezes sem darmos conta: a bondade.
“The truth is, clocks don’t tell time. Time is measured in meaning.”