A review by ritaralha
Mulherzinhas by Louisa May Alcott

3.0

Louisa May Alcott (Filadélfia, 1832 — Boston, 1888) sonhava ser actriz mas acabou por dedicar-se à escrita juvenil, e a sua grande obra é este Mulherzinhas.
É um livro de inspiração autobiográfica, publicado em 1868, e que narra a história de 4 irmãs durante a Guerra de Secessão.
Filha de dissidentes ingleses e abolicionistas, Louisa May Alcott, cresceu rodeada de filósofos e reformadores. Ajudou financeiramente a família com a venda de alguns dos seus escritos – contos, peças, romances – incluindo thrillers.
Louisa M. Alcott foi abolicionista e feminista, e é interessante observar todas as mensagens de emancipação que a autora vai transmitindo ao longo do livro.
À primeira vista parece um romance sobre como as “Mulherzinhas” devem saber comportar-se, ser obedientes, submissas e amorosas em relação ao seu pai, irmãos, marido e todas as outras figuras masculinas. Simultaneamente é passada uma mensagem de como o amor é melhor do que o dinheiro, a paciência torna mais leves os fardos que a vida nos dá para carregar, e que a caridade embeleza a alma.
Pouco a pouco a mensagem principal do romance muda, aparece o descontentamento e a indignação do narrador, principalmente quando há situações de desigualdades de tratamento ou de género, e Jo March é a personagem que expressa essa frustração e que luta contra essas barreiras que a limitam como Mulher.

É um clássico direccionado para o público juvenil, mas não deixa de ser uma leitura interessante.
Pelo que descobri há uma continuação ou uma segunda parte: Boas Esposas. Não vou ler.