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A review by bellscansada
Fangirl by Rainbow Rowell
emotional
funny
lighthearted
relaxing
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
5.0
Eu lembro a primeira vez que comecei a ler esse livro em 2013, assim que ele foi lançado. Lembro da animação por ser uma ficção que tratava de fandom, e de como senti meu coração parar e depois acelerar ao ver meus problemas nos problemas da Cath.
Já li esse livro tantas vezes - mesmo. Consigo ver que o GR registrou apenas três dessas vezes, mas com certeza já está mais perto das vinte. E não é como se eu não enxergasse os problemas, porque eles estão lá (existem pessoas com dislexia, Cath, existem pessoas que não gostam de ler, Cath, pare de julgar tanto todo mundo, Cath), porém ler a ansiedade de Cath, ler os surtos e o pânico fez eu sentir, pela primeira vez, que eu não estava sozinha no universo. Claro que eu sabia que tem milhares e milhares de pessoas que sofrem de ansiedade, que tem crises, mas você saber e você conseguir sentir isso são coisas bastante diferentes.
Eu nunca falo muito sobre isso, acho que tenho um pouco de medo. Como Cath diz no livro "o que você vê é apenas a ponta do iceberg da minha loucura". E deixar só essa pontinha aparecer exige muito esforço, e a ideia de deixar as pessoas verem além disso é aterrorizante, especialmente quando a gente sabe que por mais que os outros queiram realmente compreender e apoiar, costuma mais ser mais fácil apenas deixar para lá.
Uma amiga, que também tem os problemas dela, acha que a ansiedade é muito romantizada nesse livro, e eu consigo enxergar um pouco disso também. Ainda assim, foi a primeira vez que vi alguém ansiosa demais para perguntar coisas simples e necessárias, como onde fica o refeitório e como funciona, e então adia e adia até criar um bloqueio. Foi a primeira vez que li um livro que não me dizia como a personagem era sem jeito e traquejo social, mas me mostrou e conseguiu fazer com que eu me visse ali, com o medo de falar em aula mesmo quando sabia a resposta correta, evitando falar com as pessoas. Foi a primeira vez que vi uma personagem com medo de "ser louca", de que as crises piorem e acabe em um hospital - e isso é tão absurdamente importante para mim porque eu sinto esse medo todos os dias.
Eu também amo esse livro porque ele sempre me lembra o quão eu sou apaixonada pela escrita e como nunca quis fazer nada além de escrever, me lembra que eu ainda tenho isso dentro de mim e me faz querer voltar a escrever porque nada faz eu me sentir mais viva do que escrever.
Já li esse livro tantas vezes - mesmo. Consigo ver que o GR registrou apenas três dessas vezes, mas com certeza já está mais perto das vinte. E não é como se eu não enxergasse os problemas, porque eles estão lá (existem pessoas com dislexia, Cath, existem pessoas que não gostam de ler, Cath, pare de julgar tanto todo mundo, Cath), porém ler a ansiedade de Cath, ler os surtos e o pânico fez eu sentir, pela primeira vez, que eu não estava sozinha no universo. Claro que eu sabia que tem milhares e milhares de pessoas que sofrem de ansiedade, que tem crises, mas você saber e você conseguir sentir isso são coisas bastante diferentes.
Eu nunca falo muito sobre isso, acho que tenho um pouco de medo. Como Cath diz no livro "o que você vê é apenas a ponta do iceberg da minha loucura". E deixar só essa pontinha aparecer exige muito esforço, e a ideia de deixar as pessoas verem além disso é aterrorizante, especialmente quando a gente sabe que por mais que os outros queiram realmente compreender e apoiar, costuma mais ser mais fácil apenas deixar para lá.
Uma amiga, que também tem os problemas dela, acha que a ansiedade é muito romantizada nesse livro, e eu consigo enxergar um pouco disso também. Ainda assim, foi a primeira vez que vi alguém ansiosa demais para perguntar coisas simples e necessárias, como onde fica o refeitório e como funciona, e então adia e adia até criar um bloqueio. Foi a primeira vez que li um livro que não me dizia como a personagem era sem jeito e traquejo social, mas me mostrou e conseguiu fazer com que eu me visse ali, com o medo de falar em aula mesmo quando sabia a resposta correta, evitando falar com as pessoas. Foi a primeira vez que vi uma personagem com medo de "ser louca", de que as crises piorem e acabe em um hospital - e isso é tão absurdamente importante para mim porque eu sinto esse medo todos os dias.
Eu também amo esse livro porque ele sempre me lembra o quão eu sou apaixonada pela escrita e como nunca quis fazer nada além de escrever, me lembra que eu ainda tenho isso dentro de mim e me faz querer voltar a escrever porque nada faz eu me sentir mais viva do que escrever.