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A review by oatila
Are We Smart Enough to Know How Smart Animals Are? by Frans de Waal
5.0
Uma ótima atualização sobre inteligência animal escrita por um dos maiores pesquisadores da área (e ótimo comunicador). [a:Frans de Waal|112082|Frans de Waal|https://images.gr-assets.com/authors/1222704792p2/112082.jpg] escreveu esse livro (ao meu ver) para defender o conceito que a diferença de inteligência e consciência entre humanos e animais é muito mais de grau do que de tipo. Ele explica ao longo do livro de onde vem a escola behaviorista de comportamento animal (animais respondem à recompensas) e de onde vem a etologia, escola "concorrente" de pensamento sobre o comportamento animal.
Ao longo do livro ele argumenta bem claramente porque muitas vezes testes de inteligência animal falham: porque não são feitos de forma inteligente. Como testar se um gato e um peixe conseguem empilhar pedras embaixo d'água e concluir que, como o peixe durou mais tempo vivo no teste, deve ser mais inteligente. O tipo de argumento que cabe muito mais em um livro um tanto auto-biográfico do que um artigo.
São vários exemplos muito legais e bem atuais de como animais (quanta rima) como elefantes, corvos, baleias, golfinhos, todo tipo de macacos, lobos, cães e até lontras são capazes de mostrar pensamento inteligente. Comunicação, noções de intenção, interação social, memória, planejamento futuro e vários outros. Além do uso de ferramentas e desenvolvimento de cultura em várias classes animais distintas, o que indica o surgimento desse tipo de inteligência mais de uma vez.
Em particular me agradou a postura meio "biólogo experiente, feliz com a área de trabalho e disposto a explicar" que ele adota ao longo do livro, misturando os argumento e exemplos de artigos com experiências pessoais cuidando de primatas em zoológicos. Aquele tipo de livro que só pode ser escrito por alguém que domina a área há décadas e está bem acostumado a argumentar, como a [a:Jane Goodall|18163|Jane Goodall|https://images.gr-assets.com/authors/1282766982p2/18163.jpg] ou o [a:E. O. Wilson|13994699|E. O. Wilson|https://s.gr-assets.com/assets/nophoto/user/u_50x66-632230dc9882b4352d753eedf9396530.png].
Ao longo do livro ele argumenta bem claramente porque muitas vezes testes de inteligência animal falham: porque não são feitos de forma inteligente. Como testar se um gato e um peixe conseguem empilhar pedras embaixo d'água e concluir que, como o peixe durou mais tempo vivo no teste, deve ser mais inteligente. O tipo de argumento que cabe muito mais em um livro um tanto auto-biográfico do que um artigo.
São vários exemplos muito legais e bem atuais de como animais (quanta rima) como elefantes, corvos, baleias, golfinhos, todo tipo de macacos, lobos, cães e até lontras são capazes de mostrar pensamento inteligente. Comunicação, noções de intenção, interação social, memória, planejamento futuro e vários outros. Além do uso de ferramentas e desenvolvimento de cultura em várias classes animais distintas, o que indica o surgimento desse tipo de inteligência mais de uma vez.
Em particular me agradou a postura meio "biólogo experiente, feliz com a área de trabalho e disposto a explicar" que ele adota ao longo do livro, misturando os argumento e exemplos de artigos com experiências pessoais cuidando de primatas em zoológicos. Aquele tipo de livro que só pode ser escrito por alguém que domina a área há décadas e está bem acostumado a argumentar, como a [a:Jane Goodall|18163|Jane Goodall|https://images.gr-assets.com/authors/1282766982p2/18163.jpg] ou o [a:E. O. Wilson|13994699|E. O. Wilson|https://s.gr-assets.com/assets/nophoto/user/u_50x66-632230dc9882b4352d753eedf9396530.png].