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esfonseca 's review for:
Um Diário de Leituras: Treze Livros para Treze Meses
by Alberto Manguel
Levei o meu tempo a ler este. Um capítulo de cada vez, sem atropelar o que cada troço do caminho me ia dando.
Este diário é realmente um diário: reflete o contexto temporal em que o autor vive, o "lugar" em que a cabeça do leitor está dado a sua idade, o país e cidade em que vive, as pessoas que o rodeiam.
O livro vai abraçando os espaços por onde passou, as pessoas com quem conviveu e que lhes são lembrados através dos livros que está a ler. Também entram no espaço todos os outros livros que são pontes, ou autores que são pontes, ou apenas vislumbres de pontes.
Gostei muito do Um diário de leituras ainda que não o seja só em si um diário de leituras. Sente-se o amor e a paciência do autor em cada frase, não existindo nada que não seja efetivamente o que está escrito.
Este livro de pouco mais de 200 páginas tem tanto sumo! Um sumo gostoso, cremoso, daqueles que precisamos de engolir com alguma força. Senti-me reconhecida e abraçada, como se tivesse formado um entendimento com o autor.
É mesmo muito bonito.
Há capítulos deste diário que nos convidam a embarcar mais na própria história do livro-personagem-principal (por exemplo, o Dom Quixote (referido em mais do que um capítulo) e o Ressurgir), colocando-se de parte até o próprio autor do diário - nunca se coloca inteiramente de parte, os livros dependem dele inteiramente neste caso.
Por isso, a minha nota final é a ausência da entrada por dentro do livro de Garrett - o último capítulo, já num contexto temporal diferente, num país diferente, com "personagens secundárias" diferentes, mas que fogem mais do livro do que os 12 primeiros capítulos - do livro, não do autor.
Este diário é realmente um diário: reflete o contexto temporal em que o autor vive, o "lugar" em que a cabeça do leitor está dado a sua idade, o país e cidade em que vive, as pessoas que o rodeiam.
O livro vai abraçando os espaços por onde passou, as pessoas com quem conviveu e que lhes são lembrados através dos livros que está a ler. Também entram no espaço todos os outros livros que são pontes, ou autores que são pontes, ou apenas vislumbres de pontes.
Gostei muito do Um diário de leituras ainda que não o seja só em si um diário de leituras. Sente-se o amor e a paciência do autor em cada frase, não existindo nada que não seja efetivamente o que está escrito.
Este livro de pouco mais de 200 páginas tem tanto sumo! Um sumo gostoso, cremoso, daqueles que precisamos de engolir com alguma força. Senti-me reconhecida e abraçada, como se tivesse formado um entendimento com o autor.
É mesmo muito bonito.
Há capítulos deste diário que nos convidam a embarcar mais na própria história do livro-personagem-principal (por exemplo, o Dom Quixote (referido em mais do que um capítulo) e o Ressurgir), colocando-se de parte até o próprio autor do diário - nunca se coloca inteiramente de parte, os livros dependem dele inteiramente neste caso.
Por isso, a minha nota final é a ausência da entrada por dentro do livro de Garrett - o último capítulo, já num contexto temporal diferente, num país diferente, com "personagens secundárias" diferentes, mas que fogem mais do livro do que os 12 primeiros capítulos - do livro, não do autor.