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arpmarchetto 's review for:
Watchmen
by Alan Moore
Diversas mudanças socioculturais proporcionaram a convivência do herói clássico com personagens mais humanizados, complexos, repletos de fissuras e incertezas, como a criação de plataformas que possibilitam a criação de narrativas mais complexas. Não é que a modernidade tenha criado esses protagonistas, mas ela incentivou seu desenvolvimento e reconfiguração.
De Hércules ou Ulisses até Walter White ou Rust Chole, o movimento aconteceu em diversas frentes, fosse no teatro, na literatura ou no cinema. Dentro dos quadrinhos, a desconstrução do arquétipo do herói clássico aconteceu, principalmente, na década de 1980 com Alan Moore e a retomada de um personagem chamado Miracleman. Originalmente publicado como Marvelman, foi criado no começo da década de 1950 como substituto do Capitão Marvel e relançado em 1982. Com a reedição nas mãos de Moore, fez história com conflitos existenciais e violência explicita em proporções jamais vistas antes.
A influência reverberou no trabalho dos quadrinhistas e, quatro anos depois, a revisão atingia seu ápice com dois trabalhos: Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, e Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller. Enquanto Miller revia a história do Homem-Morcego sob a perspectiva de um velho aposentado e amargurado, Watchmen apresentava uma realidade paralela onde os heróis eram (quase) ‘gente como a gente’.
‘O que aconteceria se os super-heróis fossem reais?’ é a pergunta-chave que guia Gibbons e Moore na criação do novo universo. Assim como em Superman: Entre a Foice e o Martelo, que reconta o trajeto do Homem de Aço a partir de sua queda na União Soviética e não nos EUA, alguns dos elementos principais do Watchmen são os reflexos sociais, culturais, político e econômicos de um mundo onde existem pessoas com inteligência acima do normal ou com a capacidade de manipular matéria em nível subatômico.
No novo mundo, a história como conhecemos é subvertida. Os super-heróis foram uma vantagem do governo estadunidense sobre a União Soviética durante a Guerra Fria: os EUA venceram a Guerra do Vietnã, o escândalo de Watergate foi abafado e Nixon, ao emplacar uma medida provisória, vive seu sexto mandato presidencial com uma popularidade superior à de Kennedy.
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De Hércules ou Ulisses até Walter White ou Rust Chole, o movimento aconteceu em diversas frentes, fosse no teatro, na literatura ou no cinema. Dentro dos quadrinhos, a desconstrução do arquétipo do herói clássico aconteceu, principalmente, na década de 1980 com Alan Moore e a retomada de um personagem chamado Miracleman. Originalmente publicado como Marvelman, foi criado no começo da década de 1950 como substituto do Capitão Marvel e relançado em 1982. Com a reedição nas mãos de Moore, fez história com conflitos existenciais e violência explicita em proporções jamais vistas antes.
A influência reverberou no trabalho dos quadrinhistas e, quatro anos depois, a revisão atingia seu ápice com dois trabalhos: Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, e Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller. Enquanto Miller revia a história do Homem-Morcego sob a perspectiva de um velho aposentado e amargurado, Watchmen apresentava uma realidade paralela onde os heróis eram (quase) ‘gente como a gente’.
‘O que aconteceria se os super-heróis fossem reais?’ é a pergunta-chave que guia Gibbons e Moore na criação do novo universo. Assim como em Superman: Entre a Foice e o Martelo, que reconta o trajeto do Homem de Aço a partir de sua queda na União Soviética e não nos EUA, alguns dos elementos principais do Watchmen são os reflexos sociais, culturais, político e econômicos de um mundo onde existem pessoas com inteligência acima do normal ou com a capacidade de manipular matéria em nível subatômico.
No novo mundo, a história como conhecemos é subvertida. Os super-heróis foram uma vantagem do governo estadunidense sobre a União Soviética durante a Guerra Fria: os EUA venceram a Guerra do Vietnã, o escândalo de Watergate foi abafado e Nixon, ao emplacar uma medida provisória, vive seu sexto mandato presidencial com uma popularidade superior à de Kennedy.
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