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j_elphaba 's review for:
Ligeiramente Casados
by Mary Balogh
São raros, mas existem livros que são verdadeiras fábricas de fazer sorrisos e este é um deles.
Uma promessa em tempo de guerra, um homem e uma mulher honrados e duas personalidades fortes, são a chave para este protótipo que representa na perfeição um romance de época que, prometo-vos, incendiará o coração de todos aqueles que desejem perder-se entre as páginas de uma história de amor.
Ligeiramente Casados foi a minha estreia com a autora Mary Balogh e, indiscutivelmente, entrou para minha lista de eleitas neste género literário, pontuando o seu texto com descrições agradáveis, um humor igualmente aprazível e uma trama que captou totalmente a minha atenção, através das suas personagens centrais, pelas quais torci logo a partir das primeiras linhas deste livro.
Ele. Aidan Bedwyn, é conhecido pela sua conduta militar imaculada com a qual pretende singrar na família e na vida - uma vez que sempre foi remetido para segundo plano pelo seu irmão mais velho, duque. E, para o bem ou para o mal, a postura recta e lealdade para com os seus leva-o a que, num momento de fatalidade, prometa a um companheiro de armas que após finda a sua vida salvaguardará e protegerá a sua irmã, agora só, Eve Morris.
Ela, por sua vez, é uma jovem independente que após anos de submissão ao seu falecido pai aguarda, com expectativa, a chegada do seu irmão da guerra para a concretização dos seus anseios - dar estabilidade a um grupo de renegados sociais -, enquanto espera, com alguma inquietação, a chegada do amor da sua vida, do homem que lhe roubou a inocência.
Infelizmente, tanto Eve como Aidan irão ver logrados os seus planos. Afinal de contas, com a morte do seu irmão, Eve tem apenas alguns dias para casar de quiser continuar com os seus objectivos e Aidan, preso a uma promessa, terá de abdicar de parte dos seus projectos, incluindo mesmo a sua liberdade, se quiser manter-se fiel à palavra que jurou cumprir ao seu companheiro de armas.
A premissa, como puderam ler, é muito simples mas nem por isso menos divertida e repleta de reviravoltas para este jovem casal díspar que, aquando ligeiramente casado, acabará por descobrir uma complexidade emocional que irá muito além das palavras contrariadas, ditas no passado, em nome de um bem maior.
Confesso-vos que me apaixonei-me por Eve e Aidan. São realmente fabulosos! E embora o leitor não esteja constantemente perante cenas tórridas de paixão, é impossível não visualizar os querubins em torno deste par que faz faísca só com o olhar. As suas personalidades são vincadas e arrebatadores, sendo esse o seu maior trunfo e quando aliadas a uma generosidade e valores tão bonitos, são algo maravilhoso de se ler em qualquer bom romance que, certamente, permanecerá na recordação os seus leitores.
As personagens secundárias são também elas interessantes, dividindo-se em três grupos distintos, a sua maneira igualmente interessantes, e que têm como principal função mostrar ao leitor diversas questões, polémicas ou não, do tempo em que e narrada a acção.
Em primeiro lugar temos a família, se é que se pode denominar desta forma, biológica de Eve. Eles são os vilões deste texto e espelham ganância no seu jogo de interesses, muitas vezes utilizado nesta época em que os homens, mesmo depois de mortos, tinham total poder sobre a vida das mulheres, através de cláusulas contratuais hereditárias que monopolizavam totalmente a felicidade dos herdeiros. Acreditem que entre a crueldade há espaço para momentos bastante animados.
Outro grupo é constituído pelos patinhos feios de Eve, um grupo singular de caricaturas perfeitas de exclusão e injustiça, algo que infelizmente ainda hoje se verifica. Eles irão enternecer os vossos corações e são, sem dúvida alguma, uma mais-valia para este livro enriquecendo-o e singularizando-o.
E, por fim, temos a família Bedwyn, que é a menos explorada no livro embora seja protagonista o suficiente para que nos seja dada a conhecer a elite londrina do momento. Estes são muito destintos entre si e serão, certamente, as futuras personagens principais desta série, pelo que o leitor deverá estar atento as particularidades de cada um para tentar adivinhar o que esta autora ainda tem para oferecer.
Em suma, embora este seja um livro com muitos pormenores é também muito focado nos seus intervenientes, algo que aqui foi, a meu ver, trabalhado de forma muito positiva pelos muitos passados explorados que nos oferecem pormenores históricos interessantes. Ainda assim, o romance foi sempre o alvo central do enredo que me conquistou totalmente e comoveu, efusivamente, o meu coração.
Opinião completa em: http://historiasdeelphaba.blogspot.pt/2013/07/ligeiramente-casados-mary-balogh-opiniao.html
Uma promessa em tempo de guerra, um homem e uma mulher honrados e duas personalidades fortes, são a chave para este protótipo que representa na perfeição um romance de época que, prometo-vos, incendiará o coração de todos aqueles que desejem perder-se entre as páginas de uma história de amor.
Ligeiramente Casados foi a minha estreia com a autora Mary Balogh e, indiscutivelmente, entrou para minha lista de eleitas neste género literário, pontuando o seu texto com descrições agradáveis, um humor igualmente aprazível e uma trama que captou totalmente a minha atenção, através das suas personagens centrais, pelas quais torci logo a partir das primeiras linhas deste livro.
Ele. Aidan Bedwyn, é conhecido pela sua conduta militar imaculada com a qual pretende singrar na família e na vida - uma vez que sempre foi remetido para segundo plano pelo seu irmão mais velho, duque. E, para o bem ou para o mal, a postura recta e lealdade para com os seus leva-o a que, num momento de fatalidade, prometa a um companheiro de armas que após finda a sua vida salvaguardará e protegerá a sua irmã, agora só, Eve Morris.
Ela, por sua vez, é uma jovem independente que após anos de submissão ao seu falecido pai aguarda, com expectativa, a chegada do seu irmão da guerra para a concretização dos seus anseios - dar estabilidade a um grupo de renegados sociais -, enquanto espera, com alguma inquietação, a chegada do amor da sua vida, do homem que lhe roubou a inocência.
Infelizmente, tanto Eve como Aidan irão ver logrados os seus planos. Afinal de contas, com a morte do seu irmão, Eve tem apenas alguns dias para casar de quiser continuar com os seus objectivos e Aidan, preso a uma promessa, terá de abdicar de parte dos seus projectos, incluindo mesmo a sua liberdade, se quiser manter-se fiel à palavra que jurou cumprir ao seu companheiro de armas.
A premissa, como puderam ler, é muito simples mas nem por isso menos divertida e repleta de reviravoltas para este jovem casal díspar que, aquando ligeiramente casado, acabará por descobrir uma complexidade emocional que irá muito além das palavras contrariadas, ditas no passado, em nome de um bem maior.
Confesso-vos que me apaixonei-me por Eve e Aidan. São realmente fabulosos! E embora o leitor não esteja constantemente perante cenas tórridas de paixão, é impossível não visualizar os querubins em torno deste par que faz faísca só com o olhar. As suas personalidades são vincadas e arrebatadores, sendo esse o seu maior trunfo e quando aliadas a uma generosidade e valores tão bonitos, são algo maravilhoso de se ler em qualquer bom romance que, certamente, permanecerá na recordação os seus leitores.
As personagens secundárias são também elas interessantes, dividindo-se em três grupos distintos, a sua maneira igualmente interessantes, e que têm como principal função mostrar ao leitor diversas questões, polémicas ou não, do tempo em que e narrada a acção.
Em primeiro lugar temos a família, se é que se pode denominar desta forma, biológica de Eve. Eles são os vilões deste texto e espelham ganância no seu jogo de interesses, muitas vezes utilizado nesta época em que os homens, mesmo depois de mortos, tinham total poder sobre a vida das mulheres, através de cláusulas contratuais hereditárias que monopolizavam totalmente a felicidade dos herdeiros. Acreditem que entre a crueldade há espaço para momentos bastante animados.
Outro grupo é constituído pelos patinhos feios de Eve, um grupo singular de caricaturas perfeitas de exclusão e injustiça, algo que infelizmente ainda hoje se verifica. Eles irão enternecer os vossos corações e são, sem dúvida alguma, uma mais-valia para este livro enriquecendo-o e singularizando-o.
E, por fim, temos a família Bedwyn, que é a menos explorada no livro embora seja protagonista o suficiente para que nos seja dada a conhecer a elite londrina do momento. Estes são muito destintos entre si e serão, certamente, as futuras personagens principais desta série, pelo que o leitor deverá estar atento as particularidades de cada um para tentar adivinhar o que esta autora ainda tem para oferecer.
Em suma, embora este seja um livro com muitos pormenores é também muito focado nos seus intervenientes, algo que aqui foi, a meu ver, trabalhado de forma muito positiva pelos muitos passados explorados que nos oferecem pormenores históricos interessantes. Ainda assim, o romance foi sempre o alvo central do enredo que me conquistou totalmente e comoveu, efusivamente, o meu coração.
Opinião completa em: http://historiasdeelphaba.blogspot.pt/2013/07/ligeiramente-casados-mary-balogh-opiniao.html