sophia_ash 's review for:

Bone Crier's Moon by Kathryn Purdie
4.0

Meio que saí do livro num misto de culpa e de decepção também. A capa chamou-me tanto a atenção que o coloquei na TBR, mas depois que o comecei a ler, aborreci-me facilmente com os protagonistas.
A primeira narração que temos é de Bastien, um rapaz que assiste à morte do pai por uma Bone Crier quando ainda é um jovem. Depois temos Sabine, uma Bone Crier que acompanha a sua melhor amiga, Ailesse, na captura do seu terceiro Bone Grace, para que possa passar o ritual da maturidade. Conhecemos os personagens através destes pontos de vista, bem como o universo criado por Katheryn Purdie. Bastien é impulsivo e concentra-se na vingança da morte do pai. Sabine é leal, mas reticente quanto aos costumes do seu povo. Ailesse quer é ambiciosa e determinada, disposta a ser melhor que a mãe.
Para o ritual de maturidade, Ailesse deverá matar o seu amouré, ou alma gémea se preferirem. Pode-lhe ser dado um ano para passar na companhia dele e daí ter uma criança, mas se não o matar neste período de tempo, ambos serão amaldiçoados e morrerão. Então Ailesse está disposta a não se apegar a quem lhe está destinado e terminar a linhagem da sua família consigo. Sabine acompanha-a na preparação do ritual, mas tudo saí da linha do previsto quando Bastien se torna o amouré de Ailesse.
As primeiras páginas são uma tortura de ler. Revolvem sempre no mesmo. Só quando o ritual começa é que a ação se torna instigante e captou o meu interesse. A partir daí, comecei a gostar mais do livro, embora achasse alguns dos pontos de vista do Bastien e da Sabine um tanto aborrecidos.
Pelo meio da história quase que me quis rir porque já calculava uma certa informação através das pistas iniciais, embora tivesse ficado um pouco preocupada com o que isso significaria num cenário geral. Bem, as minhas preocupações eram justificáveis e não demorou a sentir-me presa e ansiosa para saber o final. Sem spoilers, mas esperava um pouco mais deste. Gostei do clímax, apesar de ter sido um pouco “clichê” a mais. E no penúltimo capítulo achei que os olhos me iam saltar da cara.
Para quem quer ler este livro, precisa de ter a mente bem aberta e alguma paciência.