4.0

Rovelli defende uma outra interpretação da gravidade quântica que eu não conhecia, a Loop Theory. Em oposição às supercordas adotadas e explicadas pelo Sean Carroll em [b:The Big Picture: On the Origins of Life, Meaning, and the Universe Itself|26150770|The Big Picture On the Origins of Life, Meaning, and the Universe Itself|Sean Carroll|https://images.gr-assets.com/books/1443740660s/26150770.jpg|46106688]. Ele faz um ótimo trabalho de chegar nesse ponto explicando o conceito de gravidade através da história, dando alguns insights que não tinha visto em outros livros. Mas não fica tão claro o que é conclusão científica e o que é especulação ou extrapolação sem suporte – o mesmo problema do livro do Sean Carroll.

Mesmo tendo lido sobre o trabalho do Newton em vários livros, como o ótimo [b:Explicar o Mundo|28399890|Explicar o Mundo|Steven Weinberg|https://images.gr-assets.com/books/1451499123s/28399890.jpg|41700105], Rovelli foi o primeiro a me dar os passos lógicos de Newton pensando sobre o que aconteceria se a Lua fosse menor e girasse mais próxima da Terra. Que foi o passo para entender que o "impulso da Lua" é a mesma aceleração gravitacional de objetos aqui na Terra. Nesse sentido, o livro é bem didático, embora ele faça a mesma comparação exagerada com os gregos de outros livros recentes – o [b:The Evolution of Everything: How New Ideas Emerge|25816925|The Evolution of Everything How New Ideas Emerge|Matt Ridley|https://images.gr-assets.com/books/1437071881s/25816925.jpg|44676087] não cansava de falar do De Rerum Natura também.

Achei bom para me familiarizar com a Loop Theory, sobre a qual nunca tinha lido. Mas se estiver atrás de explicações sobre o que compõe a matéria e como o universo funciona, ainda acho os livros da [a:Lisa Randall|38333|Lisa Randall|https://images.gr-assets.com/authors/1366492712p2/38333.jpg] mais acessíveis e eles saíram em português.