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memita 's review for:
Memorial do Convento
by José Saramago
3,5*
Memorial do Convento é um dos meus livros menos preferidos do Saramago. E quis fazer esta releitura para ter certeza disso e para saber as razões para tal. A primeira vez que li o livro foi no secundário, obrigada pela disciplina de Português, fiquei com a vontade de conhecer o autor a fundo, mas o livro não me convenceu. A segunda leitura trouxe-me novas perspectivas. Levei 4 meses para a fazer, pois queria ter tempo para estar com a história. Gosto bastante da parte que envolve a família real e a construção do convento. Saramago faz um crítica muito aguçada a um monumento que foi levantado por um povo obrigado, obrigado por um rei capichoso e egoísta. Nós, portugueses do século XXI, nunca pensamos nos trabalhos forçados e nas mortes que as nossas relíquias causaram. Também o romance entre Baltasar e Blimunda é uma das partes mais interessantes de acompanhar. Eles vivem o amor verdadeiro e sincero que todos almejamos viver. As últimas páginas do livro são a coisa mais sofrida de ler, só dá vontade de ralhar com o Saramago e fazê-lo alterar a história. São dois personagens muito queridos, são pobres, mas têm toda a riqueza do mundo nos seus corações. Porém, é a parte da passarola que me chateia sempre. Forcei-me por me interessar, mas não consegui. Isso acabei por não entender, não o propósito da passarola dentro da história, mas o porquê de achar esta parte enfadonha. Só sei que Saramago diz uma verdade em cada páginas e em cada página dá-nos um murro no estômago, ao mesmo tempo que nos delicia com a sua escrita e a sua lucidez para com a vida. Todos temos muito a aprender com este senhor, teremos sempre porque pessoas como ele são eternas.
Memorial do Convento é um dos meus livros menos preferidos do Saramago. E quis fazer esta releitura para ter certeza disso e para saber as razões para tal. A primeira vez que li o livro foi no secundário, obrigada pela disciplina de Português, fiquei com a vontade de conhecer o autor a fundo, mas o livro não me convenceu. A segunda leitura trouxe-me novas perspectivas. Levei 4 meses para a fazer, pois queria ter tempo para estar com a história. Gosto bastante da parte que envolve a família real e a construção do convento. Saramago faz um crítica muito aguçada a um monumento que foi levantado por um povo obrigado, obrigado por um rei capichoso e egoísta. Nós, portugueses do século XXI, nunca pensamos nos trabalhos forçados e nas mortes que as nossas relíquias causaram. Também o romance entre Baltasar e Blimunda é uma das partes mais interessantes de acompanhar. Eles vivem o amor verdadeiro e sincero que todos almejamos viver. As últimas páginas do livro são a coisa mais sofrida de ler, só dá vontade de ralhar com o Saramago e fazê-lo alterar a história. São dois personagens muito queridos, são pobres, mas têm toda a riqueza do mundo nos seus corações. Porém, é a parte da passarola que me chateia sempre. Forcei-me por me interessar, mas não consegui. Isso acabei por não entender, não o propósito da passarola dentro da história, mas o porquê de achar esta parte enfadonha. Só sei que Saramago diz uma verdade em cada páginas e em cada página dá-nos um murro no estômago, ao mesmo tempo que nos delicia com a sua escrita e a sua lucidez para com a vida. Todos temos muito a aprender com este senhor, teremos sempre porque pessoas como ele são eternas.