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leapais 's review for:
Doze Anos Escravo
by Solomon Northup, Miguel Serras Pereira
Há livros que nos pesam, que nos deixam sem voz e sem saber o que pensar. 12 Anos Escravo é um desses livros.
12 Anos Escravo pesa na nossa consciência por dois motivos principais. A escravatura e os horrores que seres deshumanos fizeram (e nalguns sítios ainda fazem) a outros e porque, no meio da desumanidade que era/é a escravatura, ainda se tornava/torna pior quando as pessoas são raptadas para servirem como escravas, sem terem direito a defenderem a sua liberdade.
Escrito em 1841 por Solomon Northup, em 12 Anos Escravo acompanhamos a vida do autor entre o seu rapto e o voltar a conquistar a liberdade, conhecendo as amarguras pelas quais os escravos passam, desde a venda (onde não nem sequer são respeitados - se é que se pode falar em respeito numa venda de seres humanos - os graus de parentesco, onde mães e filhos são separados ao gosto dos vendedores/compradores) até à morte - pela qual muitos anseiam desde o primeiro momento de cativeiro, tal é a violência com que são tratados pelos seus donos.
Há dois momentos no livro que me chocaram e arrepiaram.
Primeiro a mãe com dois filhos que passam duma situação de alguma riqueza e bem estar para escravos, só porque o pai das crianças morreu. A separação entre os três, quando são vendidos em separado é arrepiante.
Depois quando uma escrava é açoitada por ordens da esposa do fazendeiro apenas por ser bonita...
Que diferença existe na cor da alma?
12 Anos Escravo passa-se, mais ou menos, entre 1841 e 1853, em pleno século XIX. Eu, pela parte que me toca, gostaria de acreditar que a escravatura teria ficado restringida a esse período negro e que hoje, em pleno século XXI, fizesse apenas parte dos livros de história, na área reservada aos períodos negros da humanidade. Infelizmente não é isso que acontece e, quase todos os dias, somos confrontados com histórias actuais de escravidão.
Era bom que pudéssemos fazer algo sobre isso...
12 Anos Escravo pesa na nossa consciência por dois motivos principais. A escravatura e os horrores que seres deshumanos fizeram (e nalguns sítios ainda fazem) a outros e porque, no meio da desumanidade que era/é a escravatura, ainda se tornava/torna pior quando as pessoas são raptadas para servirem como escravas, sem terem direito a defenderem a sua liberdade.
Escrito em 1841 por Solomon Northup, em 12 Anos Escravo acompanhamos a vida do autor entre o seu rapto e o voltar a conquistar a liberdade, conhecendo as amarguras pelas quais os escravos passam, desde a venda (onde não nem sequer são respeitados - se é que se pode falar em respeito numa venda de seres humanos - os graus de parentesco, onde mães e filhos são separados ao gosto dos vendedores/compradores) até à morte - pela qual muitos anseiam desde o primeiro momento de cativeiro, tal é a violência com que são tratados pelos seus donos.
Há dois momentos no livro que me chocaram e arrepiaram.
Primeiro a mãe com dois filhos que passam duma situação de alguma riqueza e bem estar para escravos, só porque o pai das crianças morreu. A separação entre os três, quando são vendidos em separado é arrepiante.
Depois quando uma escrava é açoitada por ordens da esposa do fazendeiro apenas por ser bonita...
Que diferença existe na cor da alma?
12 Anos Escravo passa-se, mais ou menos, entre 1841 e 1853, em pleno século XIX. Eu, pela parte que me toca, gostaria de acreditar que a escravatura teria ficado restringida a esse período negro e que hoje, em pleno século XXI, fizesse apenas parte dos livros de história, na área reservada aos períodos negros da humanidade. Infelizmente não é isso que acontece e, quase todos os dias, somos confrontados com histórias actuais de escravidão.
Era bom que pudéssemos fazer algo sobre isso...