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A review by tonauac
A Minha Avó Pede Desculpa by Fredrik Backman
4.0
Lido na companhia da minha mãe (que também está a ficar velhinha), com quem partilhei algumas das passagens mais hilariantes da história. Demos boas gargalhadas juntos, com as maluqueiras da Elsa e os seus bons amigos.
Boa história para partilhar e alegrar.
Boa história para partilhar e alegrar.
(…) – Aquele ali tem de dormir contigo esta noite. O Monstro olha para ela como se estivesse a pedir-lhe para se despir completamente, rebolar numa poça de saliva e, em seguida, correr pelo meio de uma fábrica de selos com as luzes apagadas. Bom, talvez não exatamente isso. Só mais ou menos. Abana a cabeça, fazendo o capuz ondular como uma vela. (…)”
(…) «Queremos ser amados» – recita Britt-Marie. – «Se não for possível, admirados; se não for possível, temidos; se não for possível, odiados e desprezados. Queremos, a qualquer preço, despertar algum sentimento nos outros. A alma abomina o vácuo. Anseia por contacto, a qualquer preço.» (…)”
“(…) – Não lutes com monstros, pois podes tornar-te um. Se fitares o abismo durante muito tempo, o abismo devolve-te o olhar. – Do que é que está para aí a falar? – questiona Elsa, secretamente satisfeita por a mulher não estar a falar com ela como se fosse uma criança. – Desculpa, era… Nietzsche. Foi um filósofo alemão. Ah… se calhar não estou a citá-lo como deve ser. Mas penso que significa que, quando odiamos aquele que odeia, corremos o risco de nos tornarmos como aquele que odiamos. Elsa encolhe os ombros até às orelhas. – A Avozinha dizia: «Não dês pontapés na merda, senão espalha-se por todo o lado!» E pela primeira vez Elsa ouve a mulher da saia preta, que agora usa calças de ganga, soltar uma gargalhada a sério. – Sim, sim, é uma forma muito melhor de o colocar. (…)”