A review by joaosampaio
Stalker by Lars Kepler

3.0

Stalker é uma narrativa de crime, com elementos de mistério, procedimentos policiais, aventura e thriller psicológico. O seu comprimento (560 páginas) torna-o consideravelmente mais longo do que a maioria dos romances contemporâneos do género e permite que Kepler desenvolva algumas narrativas entrelaçadas simultaneamente, enquanto também oferece aos leitores uma visão do que aconteceu antes dos eventos no romance.

Kepler, que é o pseudónimo do casal Alexandra Coelho Ahndoril e Alexandre Ahndoril, sabe que o ritmo é fundamental num romance dessa extensão. A ação vai e vem em Stalker, a narrativa oscila entre discussões e conversas entre as personagens, explicações de eventos passados, análise do caso e breves explosões de ação acentuadas pela violência brutal. Esses elementos, juntamente com capítulos relativamente curtos e muito diálogo, unem-se para oferecer uma experiência de leitura relativamente satisfatória.

O que menos gostei:
Este livro pertence ao grupo de ficção científica em que são longas as narrativas e sem pressa. Deparei-me com alguns capítulos sem “sentido de urgência”, onde de uma forma reiterada nos é relembrado acontecimentos prévios, surgem algumas descrições que nada acrescentam à narrativa e até, a meu ver, despropositadas descrições de lugares onde a ação não decorre. Típico “encher chouriços”.