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pauliefstanton 's review for:
Interpreter of Maladies
by Jhumpa Lahiri
O primeiro livro de contos que ganhou o meu coração. Da ganhadora do prêmio Pulitzer, Jhumpa Lahiri, “Intérprete de Males” apresenta 9 histórias independentes sobre pessoas do cotidiano buscando desejos cotidianos: de se encontrar consigo mesmo a reencontrar os seus, de ter sobre si o olhar do outro a ter sobre si o olhar de um passado saudoso e idealizado.
O fato de que todas as histórias envolvem indianos que emigraram para os Estados Unidos adicionou ao meu repertório sobre o mundo. Cercada de imigrantes indianos como vivo hoje, sem entender muito sobre suas tradições e modo de vida para além de generalizações bobas que fui colecionando ao longo da vida, é como se esse livro me transformasse em um mosquito que entra na casa dos meus vizinhos e conhece suas potenciais vidas íntimas.
Não gostei de todas as histórias em igual medida. Se destacaram:
“A temporary matter”, a história de um casal que encontra espaço para dialogar sobre vulnerabilidades quando falta luz no bairro e são obrigados a passar horas no escuro, me arrebatou nas primeiras páginas.
“When Mr. Pirzada came to dine”, com a guerra civil que separou Daca do Paquistão, me ensinou tanto sobre guerras locais, mas foi Mr. Pirzada, acompanhando de longe a guerra, distante de sua família, que fez meu peito doer.
“The third and final continent” foi um oh-meu-deus com suas ilustrações sobre imigração, casamento, assistir a História do mundo e a história da família. James estava quase dormindo, mas eu fiz questão de ler para ele os três últimos parágrafos, porque não poderia ficar com eles só para mim.
Por fim, a escrita de Jhumpa Lahiri equilibra belissimamente a natureza curta dos contos com a profundidade das experiências narradas. Personagens bem construídos até o lado, contextos complexos, mas só ~20 páginas por história. Achei que fosse impossível alcançar esse equilíbrio.
O fato de que todas as histórias envolvem indianos que emigraram para os Estados Unidos adicionou ao meu repertório sobre o mundo. Cercada de imigrantes indianos como vivo hoje, sem entender muito sobre suas tradições e modo de vida para além de generalizações bobas que fui colecionando ao longo da vida, é como se esse livro me transformasse em um mosquito que entra na casa dos meus vizinhos e conhece suas potenciais vidas íntimas.
Não gostei de todas as histórias em igual medida. Se destacaram:
“A temporary matter”, a história de um casal que encontra espaço para dialogar sobre vulnerabilidades quando falta luz no bairro e são obrigados a passar horas no escuro, me arrebatou nas primeiras páginas.
“When Mr. Pirzada came to dine”, com a guerra civil que separou Daca do Paquistão, me ensinou tanto sobre guerras locais, mas foi Mr. Pirzada, acompanhando de longe a guerra, distante de sua família, que fez meu peito doer.
“The third and final continent” foi um oh-meu-deus com suas ilustrações sobre imigração, casamento, assistir a História do mundo e a história da família. James estava quase dormindo, mas eu fiz questão de ler para ele os três últimos parágrafos, porque não poderia ficar com eles só para mim.
Por fim, a escrita de Jhumpa Lahiri equilibra belissimamente a natureza curta dos contos com a profundidade das experiências narradas. Personagens bem construídos até o lado, contextos complexos, mas só ~20 páginas por história. Achei que fosse impossível alcançar esse equilíbrio.