You need to sign in or sign up before continuing.
Take a photo of a barcode or cover
A review by eduardoleitev
Vertigens by Valentina Silva Ferreira
4.0
Eu estou apaixonado pela escrita da Valentina e, com certeza quero acompanhar mais da autora, inclusive seus livros anteriores. Uma escrita poética, mas sem partir para o pedantismo que confunde quem lê, e que faz com que a gente fique mais envolvido a cada página. Uma história forte, pesada, sobre muita dor, mas também sobre perdão (isso não é necessariamente spoiler, já que se encontra na quarta capa do livro).
E ser uma história sobre perdão me frustra um pouco com algumas resoluções, mas isso vem apenas de uma expectativa minha enquanto leitor e pessoa, por não concordar com o perdão de determinadas situações. Mas o perdão não cabe a mim, já que não sou parte da história, e personagens tão vivas, contraditórias, humanas, completas como as de Vertigens não são criadas para suprir expectativas de leitores, muito pelo contrário.
O que me incomoda de fato no livro, e por isso as quatro estrelas em vez de cinco, é que a história é, na teoria, uma história contada de forma oral de uma personagem para a outra, mas isso não se reflete na escrita, tanto que a própria interlocutora da história é nomeada em terceira pessoa ao longo de todo o livro e não como a pessoa para quem a narradora se dirige.
Fora isso, uma história belíssima.
E ser uma história sobre perdão me frustra um pouco com algumas resoluções, mas isso vem apenas de uma expectativa minha enquanto leitor e pessoa, por não concordar com o perdão de determinadas situações. Mas o perdão não cabe a mim, já que não sou parte da história, e personagens tão vivas, contraditórias, humanas, completas como as de Vertigens não são criadas para suprir expectativas de leitores, muito pelo contrário.
O que me incomoda de fato no livro, e por isso as quatro estrelas em vez de cinco, é que a história é, na teoria, uma história contada de forma oral de uma personagem para a outra, mas isso não se reflete na escrita, tanto que a própria interlocutora da história é nomeada em terceira pessoa ao longo de todo o livro e não como a pessoa para quem a narradora se dirige.
Fora isso, uma história belíssima.