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A review by marcio
Leonardo da Vinci by Walter Isaacson
3.0
3,5/5
Leonardo da Vinci foi um ser realmente fascinante, e para isso não é necessário ler alguma de suas biografias até hoje publicadas. Ficar em frente a um dos seus quadros e ver a reprodução de seus cadernos transformados em códices, confirma-nos sua incrível polimatia.
E no entanto, o fato de ser um polímata foi um dos fatores que acabou por impedi-lo de ter suas descobertas publicadas, sempre escrevendo que pretendia tornar seus estudos públicos, mas nunca o fazendo, na busca de mais conhecimento. Em um determinado ponto, Isaacson, contradizendo-se, diz que Leonardo escrevia suas descobertas para si mesmo e não para divulgação e, portanto, tinha dificuldades em trabalhar colaborativamente, não obstante ressalte alguns de seus trabalhos colaborativos, como o "Homem Vitruviano", os estudos para construção de igrejas, etc.
Apesar de achar fascinante a vida de Leonardo, a biografia de Isaacson pareceu-me mais um estudo de um grande admirador de Leonardo da Vinci do que propriamente uma biografia isenta. Por vezes parece puxar a orelha ao mestre, mas o faz de uma forma tão condescendente que melhor seria não tê-lo feito. Isso torna o presente livro uma obra parcial, colocando o seu biografado não como um homem de seu tempo, uma mente curiosa e privilegiada que procurou fazer o melhor uso dela (e no entanto, mesmo Leonardo tinha limites, como sua dificuldade com as matemáticas), mas como um gênio da humanidade como praticamente nenhum outro antes ou depois.
Essa superlativização do homem Leonardo da Vinci conjugada com um certo ar de mistério que Isaacson aqui e ali coloca, acaba por criar mais um mito humano (com toques a Dan Brown) do que necessariamente um ser humano que elevou suas capacidades ao máximo que pôde e fez dessa capacidades um bem para si e para a humanidade. Assim como outros que vieram antes e depois.
No geral, achei-o bom, mas tão somente isso.
Leonardo da Vinci foi um ser realmente fascinante, e para isso não é necessário ler alguma de suas biografias até hoje publicadas. Ficar em frente a um dos seus quadros e ver a reprodução de seus cadernos transformados em códices, confirma-nos sua incrível polimatia.
E no entanto, o fato de ser um polímata foi um dos fatores que acabou por impedi-lo de ter suas descobertas publicadas, sempre escrevendo que pretendia tornar seus estudos públicos, mas nunca o fazendo, na busca de mais conhecimento. Em um determinado ponto, Isaacson, contradizendo-se, diz que Leonardo escrevia suas descobertas para si mesmo e não para divulgação e, portanto, tinha dificuldades em trabalhar colaborativamente, não obstante ressalte alguns de seus trabalhos colaborativos, como o "Homem Vitruviano", os estudos para construção de igrejas, etc.
Apesar de achar fascinante a vida de Leonardo, a biografia de Isaacson pareceu-me mais um estudo de um grande admirador de Leonardo da Vinci do que propriamente uma biografia isenta. Por vezes parece puxar a orelha ao mestre, mas o faz de uma forma tão condescendente que melhor seria não tê-lo feito. Isso torna o presente livro uma obra parcial, colocando o seu biografado não como um homem de seu tempo, uma mente curiosa e privilegiada que procurou fazer o melhor uso dela (e no entanto, mesmo Leonardo tinha limites, como sua dificuldade com as matemáticas), mas como um gênio da humanidade como praticamente nenhum outro antes ou depois.
Essa superlativização do homem Leonardo da Vinci conjugada com um certo ar de mistério que Isaacson aqui e ali coloca, acaba por criar mais um mito humano (com toques a Dan Brown) do que necessariamente um ser humano que elevou suas capacidades ao máximo que pôde e fez dessa capacidades um bem para si e para a humanidade. Assim como outros que vieram antes e depois.
No geral, achei-o bom, mas tão somente isso.