Scan barcode
A review by kiriamarin
Soul: And Other Stories by Andrey Platonov
4.0
Depois de ler os relatos raivosos, contundentes de Bunin sobre a Revolução e Stalin, esta coletânea de contos é quase um bálsamo, digo quase pois retrata um estado de desilusão, esvaziamento da alma, uma catatonia coletiva e passiva, respirar e não viver.
Platonov faz disto com uma simplicidade admirável, pois é uma delicadeza com as palavras e com o lado humano que poderia ser uma exploração do sofrimentos dos oprimidos e derrotados,da pobreza e da miséria da fome e da injustica ou da infelicidade humana.Mas é apesar disto tudo a resiliência mesmo involuntária de viver e suportar.
Quando tudo se destrói ainda há "alma" /dzhan aquela que sente e sofre mesmo sem esperança, uma andarilha ,que se acha e se perde , que busca memórias e não esquecimentos para seguir em frente.
Dzhan é o conto mais longo do livro e assim como os outros fazem alusão,analogias, metáforas ao regime sovietico padronizado, cinza e repetitivo de um novo "cidadão " que está acima do "ser humano" ,que busca desesperadamente um contato humano em espaços vazios.
"Afinal, se aqueles que morrem ou desaparecem são rapidamente esquecidos, a vida se torna sem sentido e patética; logo não há ninguém para ser lembrado, exceto a si mesmo."
Platonov faz disto com uma simplicidade admirável, pois é uma delicadeza com as palavras e com o lado humano que poderia ser uma exploração do sofrimentos dos oprimidos e derrotados,da pobreza e da miséria da fome e da injustica ou da infelicidade humana.Mas é apesar disto tudo a resiliência mesmo involuntária de viver e suportar.
Quando tudo se destrói ainda há "alma" /dzhan aquela que sente e sofre mesmo sem esperança, uma andarilha ,que se acha e se perde , que busca memórias e não esquecimentos para seguir em frente.
Dzhan é o conto mais longo do livro e assim como os outros fazem alusão,analogias, metáforas ao regime sovietico padronizado, cinza e repetitivo de um novo "cidadão " que está acima do "ser humano" ,que busca desesperadamente um contato humano em espaços vazios.
"Afinal, se aqueles que morrem ou desaparecem são rapidamente esquecidos, a vida se torna sem sentido e patética; logo não há ninguém para ser lembrado, exceto a si mesmo."