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A review by pjv1013
Rapaz de sonho by Jim Grimsley, Jim Grimsley
3.0
Da história de uma descoberta amorosa entre dois adolescentes, do abuso sexual no âmbito da família, da violação, violência e assassinato. Destas dores nos fala este livro.
Algures no sul rural dos EUA dois jovens, Nathan e Roy partilham a mesma escolha e a vizinhança. O tempo e o desejo acabam por os aproximar e os mesmos se envolvem numa relação amorosa. Mas um conjunto de detalhes adensam a trama indiciando uma possível situação de abuso sexual no seio de uma das suas famílias, de que um deles teria sido alvo.
Num processo de leitura em crescente de intensidade o autor coloca os dois amorosos jovens num acampamento com outros adolescentes. E na exploração dos territórios, algo macabros, da floresta onde acampam a relação amorosa e sexual de Nathan e Roy é descoberta e, num fulgor de violência o mais jovem é frágil, Nathan, é violado, violentado e assassinado.
Jim Grimsley escreve de um modo magistral, intenso e dramático esta história de dor que me prendeu sobre maneira. É uma obra que pensava ligeira mas que me prendeu e que demonstrou uma vez mais a importância de que a literatura fale de nós. Sim é essencial que a literatura fale de nós, das pessoas LGBTI, é essencial nos sentirmos representados. É essencial que as estórias dos livros contém as nossas estórias.
E de repente este livro recordou-me da violência que tantos jovens LGBTI são alvo um pouco por todo o mundo. Fez-me recordar de Mathew Shepherd torturado e assassinado, em 1998, na cidade de Laramie no estado do Wyoming.
Essa memória é essencial para a criação de modelos positivos para a população LGBTI. Temos que ser capazes de falar de nós, da nossa história, daquilo que nos é essencial, dos nossos amores.
E aí, a literatura tem um papel fundamental ao criar objectos de fruição cultural - livros - que ao mesmo tempo nos ensinam, promovem o debate e criam a memória e o lastro da lembrança em tempos futuros.
E isso este livro faz muito bem.
Algures no sul rural dos EUA dois jovens, Nathan e Roy partilham a mesma escolha e a vizinhança. O tempo e o desejo acabam por os aproximar e os mesmos se envolvem numa relação amorosa. Mas um conjunto de detalhes adensam a trama indiciando uma possível situação de abuso sexual no seio de uma das suas famílias, de que um deles teria sido alvo.
Num processo de leitura em crescente de intensidade o autor coloca os dois amorosos jovens num acampamento com outros adolescentes. E na exploração dos territórios, algo macabros, da floresta onde acampam a relação amorosa e sexual de Nathan e Roy é descoberta e, num fulgor de violência o mais jovem é frágil, Nathan, é violado, violentado e assassinado.
Jim Grimsley escreve de um modo magistral, intenso e dramático esta história de dor que me prendeu sobre maneira. É uma obra que pensava ligeira mas que me prendeu e que demonstrou uma vez mais a importância de que a literatura fale de nós. Sim é essencial que a literatura fale de nós, das pessoas LGBTI, é essencial nos sentirmos representados. É essencial que as estórias dos livros contém as nossas estórias.
E de repente este livro recordou-me da violência que tantos jovens LGBTI são alvo um pouco por todo o mundo. Fez-me recordar de Mathew Shepherd torturado e assassinado, em 1998, na cidade de Laramie no estado do Wyoming.
Essa memória é essencial para a criação de modelos positivos para a população LGBTI. Temos que ser capazes de falar de nós, da nossa história, daquilo que nos é essencial, dos nossos amores.
E aí, a literatura tem um papel fundamental ao criar objectos de fruição cultural - livros - que ao mesmo tempo nos ensinam, promovem o debate e criam a memória e o lastro da lembrança em tempos futuros.
E isso este livro faz muito bem.