gostei muito dos temas desse livro, o cenário e a ideia do que os personagens seriam. acho que ele pecou sendo pouquíssimo sutil (a vibe é que a r.f. kuang não confia que os leitores vão entender coisas básicas) e tendo uma construção de personagens meio decepcionante, baseada totalmente em falar e não mostrar. incrivelmente, eu acho que a pessoa mais bem construída na história toda foi a letty. não me levem à mal, eu odeio ela, mas acho que ela como personagem foi bem idealizada. o ramy é divertido e a victoire é querida, mas eles foram pouco explorados e não passam de um primeiro rascunho do que eram pra ser. e o robin... eu gosto do desenvolvimento de personagem dele, mas no início parece que esqueceram de dar uma personalidade pro coitado. como eu dizia, os temas principais da história, sobre colonialismo e o poder da linguagem são genuinamente fascinantes, e eu só queria que eles fossem explorados de uma forma que não parecesse um texto acadêmico invés de uma história fictícia. ainda vou ler outros da autora no futuro, provavelmente
meus sentimentos sobre esse livro são bem conflitantes. por um lado, a prosa dele é LINDA. eu quero ler um dicionário escrito pela hannah kent, porque ela consegue ser poética e reflexiva de um jeito tão natural e emocionante. só que eu não tava preparada psicologicamente pra direção que a história tomou depois da metade e não consegui gostar dela. o que é uma pena, porque a primeira parte tava sendo com certeza 5 estrelas pra mim
"I hate that I'm older than you," Thea whispered. "Barely. Eighteen days." "The saddest eighteen days of my life."
acho que eu tô um pouco decepcionada com esse livro? tipo, ele é bem engajante e trata de temas bem interessantes. mas do jeito que as pessoas falavam sobre, acho que eu criei expectativa demais. eu gostei dele (no sentido que me envolvi na leitura e não sinto que foi perda de tempo), por isso a pontuação boa, mas não sei. achei que ia gostar mais. sem contar que não achei o plot twist grandes coisas, e os personagens pra mim foram bem rasos. o miguel é provavelmente o único que teve lugar na narrativa pra ter uma profundidade maior e parecer um ser humano, mas de resto, são todos bastante superficiais
muito muito interessante. eu não era alheia à tese de que gênero é uma performance e concordava com ela, mas esse livro me fez reconsiderar muitas coisas que eu tomava como verdade nesse aspecto e sobre sexo biológico também. só queria que judith butler escrevesse que nem gente. meu deus senti meus neurônios derretendo enquanto eu lia
gostei da maior parte desse livro, mas o final foi bem paia. tem dois plots bem específicos que eu queria uma conclusão melhor, foi tudo bem anticlimático ou ignorado