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969 reviews for:

American Pastoral

Philip Roth

3.8 AVERAGE


American Pastoral is a very slow and dense novel, but it is unmistakably brilliant. Philip Roth brilliantly weaves in a seemingly straight forward story of a typical American man, except this is not merely a man who is what he appears. There is far more nuance to his life. Ultimately, the novel tries to show how life changes. One generation revolts against the previous, times change, and you must prepare yourselves for these changes, no matter how dramatic. Even more, however, the film really showcases how nobody is as they appear. In the beginning, the narrator worships the ground Seymour "Swede" Levov walks on. By the end, it is revealed that the Swede and everybody around him has far more to them than the facade they put up for the rest of the world. An at times melancholy, visceral, and brutal look at American life, change, and humanity, American Pastoral is a novel about a man and the life he knew falling apart before his eyes with him unable to restore it to the idyllic nature it once was.

I get it, ok. It's a "great novel." It's everything that usually wins a Pulitzer, but did Philip Roth (may he rest in peace) really need to make this 400+ pages when it really just could have been 200? Just huge tracts of expansive and (in my mind) unnecessary detail.

It's almost 20 years old but you might resonate with it. I'd actually go 4.5.

This will probably be the only Philip Roth book I read. I think if you grew up in New Jersey/New York in the 50s and 60s you will probably appreciate it more. I just couldn’t relate at all. The audio reader also had a very strong accent so it may have skewed my experience.

I think there is a distinction between pleasant books and pleasurable books. I have found unpleasant books to be a pleasurable reading experience, and often find pleasant books to be unpleasurable for me in the reading. American Pastoral for me was both unpleasant and unpleasurable so I ended up skimming the last 100 or so pages.

American Pastoral won the Pulitzer in 1998 but this same book could be written in 2017. It was for this reason that I struggled with this book, as many of the themes are resonant today. This book deals with the period from the late 1960s to early 1970s which were riled with leftist political violence that destroyed our country's sense of innocence and righteousness. That era has now set the stage for the next chapter of the "indigenous American berserk," this time from the right.

The plot of the novel centers around Swede Levov, a high school hero, good looking, successful businessman who marries Dawn, a former Miss New Jersey and moves from Newark out to the countryside. His life seems perfect, until his only child, the teenaged Merry, sets off a bomb at their local post office, killing one person and becoming a fugitive. This character thus has a distinct "before" and "after," and as the book proceeds, Swede struggles to integrate the life he knew, the good life that he felt he earned, with the life he has now.

The book has a particular style that ultimately, I found frustrating. As the plot slowly unfolds, the narrator spins out page after page of digression about the glove industry (so. many. gloves.), the inscrutability of the people around you, religion, sex, the New Jersey of the past and the destruction of Newark, all the usual Rothian preoccupations. The plot really grabbed at the beginning, but by the end, the discursive ranting was draining. I understand and admire how this mirrors Swede's mental breakdown, but 150 pages of political rants were just too much for me.


I was immediately grabbed by the writing style, but once the bomb drops (sorry, terrible pun) I was completely hooked because it was such a rollercoaster of emotions. I am so impressed that although I didn't really like any of the main characters, at various points in the story you feel sympathetic for almost all of them (sorry Dawn, except for you). Reading this now as I'm seeing a slightly different version of generational conflict and chaos take place, it's fascinating to see how people build up these stories about themselves as individuals, their families, and their generations, and how each subsequent generation easily dismisses what the previous went through because of what they left for their children. This is a pretty dense book--there's a lot to unpack, and I'm sure I'd gain even more if I read it again, especially with others. I enjoyed this much more than I expected!

Um retrato poderoso do que a sociedade etiqueta como normalidade, provocante e por vezes muito intenso, servido por um fluxo de informação que converge múltiplas dimensões e contextos que nos arrebatam e envolvem no mundo de Roth que é também o nosso.

A base para esta viagem, cheia de fricções, surge no seio de uma família americana dotada de uma moral consagrada pelos media, ele — desportista de liceu e muito popular — ela — miss estado federal e muito atraente —, a viverem num enorme lote de terreno em Newark, tudo propício a uma vida em sociedade perfeita, cumprindo todos os seus rituais, conformando com o grupo, acreditando no bem como recompensa das boas ações. A filha do casal que nasce imbuída destes valores, ou não, é o seu “bem” mais valioso, até ao momento em que faz 16 anos e decide revoltar-se.

A entrada em “Pastoral Americana” (1997) pode ser mais ou menos intensa consoante a fase da vida em que nos encontremos. Roth escreveu este livro com 60 anos, mas acredito que falará de muito perto ao grande público acima dos 40, aquele que já se conformou, aquele que perdeu a ilusão de que podia mudar o mundo, que não apenas compreendeu a abstração da normalidade em que se encontra mas passou a aceitá-la. Por isso é provocante, porque partindo desta aceitação obriga-nos a reequacionar posições que já tínhamos dado por concluídas. Longe vão os tempos existenciais em que as abstrações societais eram motivo para a nossa fúria e angústia, como aqui podemos ver retratada na filha adolescente, Merry, compreendendo nós a infantilidade de toda essa revolta. Aprendemos a aproveitar a vida a partir do que ela nos permite, e não em função daquilo que cremos ser o ideal ou da utopia egocêntrica.

A partir daqui Roth trabalha um tema quente no final dos anos 1990, mas não novo, e por sinal ainda mais quente nos dias de hoje, os filhos que se revoltam e aderem a movimentos terroristas. O livro é de 1997, e o Atentado de Oklahoma City, responsável pelo maior número de mortes cometido nos EUA por um americano, tinha acabado de ocorrer em 1995. Roth disserta não sobre este, mas antes sobre a avalanche de atentados perpetrados à bomba nos anos 1960 nos EUA a propósito do conflito no Vietname. Neste sentido o livro ganha um interesse histórico, porque apresenta todo um enquadramento dos EUA que raramente vimos no cinema até aos dias de hoje, tanto que conhecendo muito dos EUA a partir do cinema tive de ir pesquisar a história do país, por ter dificuldade em acreditar nas descrições de Roth.

Com esta base a “Pastoral Americana” ganha toda uma força, raramente vista noutro trabalho sobre o tema. O fundo é o terrorismo, mas não a ação armada ou política, o cerne aqui é o social e o humano, a tentativa de compreender como a família se edifica, e buscando a normalidade acaba por se desviar da mesma sem intenção, mas ao mesmo tempo incapaz de regressar ao veio condutor dessa suposta normalidade. Roth não explica, não interpreta, apesar de criticar quase tudo e todos — política, religião, valores do sonho americano, etc. — mas sem nunca se servir dessa crítica para justificar as ações. Não há idealismo, mas também não se professa niilismo, somos levados pela mão ao ponto de não retorno e aí largados para reencontrar o nosso caminho. Não é um livro histórico, nem académico, menos ainda de auto-ajuda, é um livro que nos questiona e corrói as ideias de sociedade que detemos, que nos faz rever as normas que aceitámos, e nos obriga a questionar o nosso lugar.

Se tudo isto é bom, dependendo dos interesses de cada um, o melhor é ser servido numa forma escrita de altíssimo nível, dotada de um virtuosismo capaz de construir parágrafos servidos por múltiplas ideias que de tão bem escritas acabam por funcionar como tobogãs de informação que se infiltram na nossa cabeça e descem ao fundo do nosso não-consciente para repescar inferências, terminando em explosões de sentidos. Existem vários momentos destes ao longo do livro, uns mais intensos, outros menos, mas à medida que avançamos vão trabalhando mais e mais as histórias internas do próprio romance, contadas nas páginas anteriores, ou capítulos anteriores, intensificando e solidificando os detalhes de realidade e assim contribuindo para a construção de toda uma dimensão ficcional profundamente realista e próxima de nós.

"O facto das pessoas serem criaturas multifacetadas não constituiu um grande choque para o Sueco mesmo que fosse um bocado chocante percebê-lo mais uma vez quando alguém o desiludia. O espantoso era o modo como as pessoas pareciam esgotar o que elas eram, esgotar o que quer que fosse que as fazia ser como eram e, esvaziadas delas próprias, se transformavam no tipo de pessoas que outrora haviam desprezado. Era como se, enquanto as suas vidas eram ricas e cheias, se enjoassem secretamente consigo próprios e ansiassem por se libertarem de tudo o que era saudável, bom e com sentido das proporções para, finalmente, chegarem ao outro ser, o verdadeiro ser que era um imbecil iludido. Era como se o facto de nos sentirmos bem com a vida fosse um acaso que podia, por vezes, acontecer aos jovens afortunados mas que, por seu turno, era algo pelo qual o ser humano não sentia qualquer afinidade. Que estranho! E que estranho não lhe teria parecido o pensar que ele, que sempre se sentira abençoado por se contar entre os inúmeros normais protegidos, era, de facto, a anormalidade, um estranho em relação à vida real, exactamente por se sentir tão fortemente enraizado."

Este livro é considerado o primeiro volume de três, seguido de “Casei com um Comunista” (1998) e “A Mancha Humana” (2000), dos quais me falta agora apenas ler o segundo volume. Entre este primeiro e o terceiro sinto proximidades, nomeadamente na tragédia e na busca de relação com a paz através da natureza. “A Mancha…” consegue ser mais forte, mais trágica, mas “A Pastoral…” é mais abrangente e delineadora do mundo de Roth. Contudo, e em termos comparativos, pensei mais em “Liberdade” (2010) de Jonathan Franzen, o estilo literário próximo ajuda, o facto de aprofundar a classe média americana também, mas é o modo como nos é dado a ver a partir do interior dos personagens e como somos levados a requestionar o nosso lugar no seio da sociedade, as normas que já deixámos para trás porque as tínhamos aceitado como naturais, que torna estes dois livros parte de um todo ficcional imensamente intenso e significante.


Publicado em Virtual Illusion (http://virtual-illusion.blogspot.pt/2016/05/pastoral-americana.html)

Very good book; slow-going.
reflective sad medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

an addicting-to-read, complete send-up of the american dream through a fucked up parody of it