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alexia's review against another edition
5.0
"Duro é o pão que comemos. Dura é a cama que dormimos. Dura é a vida do favelado"
raqueldms's review against another edition
5.0
demorei uns meses pra finalizar esse livro, mas finalmente terminei e vim aqui pra dizer que essa deveria ser uma leitura obrigatória
cada frase desse livro é um tapa na cara, uma prova do meu privilégio e um aprendizado sobre raça e fome
carolina maria de jesus foi com certeza um marco na literatura brasileira e deve ser lembrada como tal, escreveu um livro nu e cru, apontou sem medo os muitos problemas do sistema político brasileiro e a podridão da sociedade
a pior parte é saber que cada relato doloroso e difícil de digerir aconteceu com essa mulher e continua a acontecer com milhares de outros brasileiros, mesmo depois de décadas
não sei muito bem o que falar desse livro e como ele me tocou, só leiam ele, uma experiência única
cada frase desse livro é um tapa na cara, uma prova do meu privilégio e um aprendizado sobre raça e fome
carolina maria de jesus foi com certeza um marco na literatura brasileira e deve ser lembrada como tal, escreveu um livro nu e cru, apontou sem medo os muitos problemas do sistema político brasileiro e a podridão da sociedade
a pior parte é saber que cada relato doloroso e difícil de digerir aconteceu com essa mulher e continua a acontecer com milhares de outros brasileiros, mesmo depois de décadas
não sei muito bem o que falar desse livro e como ele me tocou, só leiam ele, uma experiência única
samanthamsouza's review against another edition
5.0
4,5 estrelas!
Esse era um dos livros da lista do vestibular que eu estava mais ansiosa para ler, pela temática e por se tratar de um diário, ou seja, é a vivência da própria autora retratada na obra. Não me decepcionei, pois "Quarto de Despejo" é realmente tão emocionante e honesto quanto eu achei que seria.
Quando eu leio esse tipo de obra - assim como "Capitães da Areia", por exemplo -, o que sempre me deixa triste é perceber como as coisas, infelizmente, não mudaram muito. Ainda existem milhares de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, como era o caso da Carolina e os moradores da favela do Canindé, esquecidos pelo Estado e destratados pela sociedade.
Mas acho que o mais marcante dessa obra, pra mim, não é necessariamente o conteúdo dela - que é super importante, aliás -, mas sim a própria escrita da Carolina. Ela usa palavras simples, sim, porque estudou por apenas dois anos, mas ao mesmo tempo ela tem uma forma até poética de descrever o mundo, de mostrar sua condição. Além disso, percebe-se que ela tem uma mente sagaz, que é extremamente inteligente, e isso acaba sendo transmitido para o leitor através da sua escrita.
Vou destacar aqui uma citação que traz justamente a explicação para o título do livro (na página 37): "Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo." Isso é muito forte!
Fiquei feliz demais por ter lido essa obra, por ter gostado tanto quanto achei que gostaria, e por ela ser pedida pelo vestibular mais importante do meu estado.
Esse era um dos livros da lista do vestibular que eu estava mais ansiosa para ler, pela temática e por se tratar de um diário, ou seja, é a vivência da própria autora retratada na obra. Não me decepcionei, pois "Quarto de Despejo" é realmente tão emocionante e honesto quanto eu achei que seria.
Quando eu leio esse tipo de obra - assim como "Capitães da Areia", por exemplo -, o que sempre me deixa triste é perceber como as coisas, infelizmente, não mudaram muito. Ainda existem milhares de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, como era o caso da Carolina e os moradores da favela do Canindé, esquecidos pelo Estado e destratados pela sociedade.
Mas acho que o mais marcante dessa obra, pra mim, não é necessariamente o conteúdo dela - que é super importante, aliás -, mas sim a própria escrita da Carolina. Ela usa palavras simples, sim, porque estudou por apenas dois anos, mas ao mesmo tempo ela tem uma forma até poética de descrever o mundo, de mostrar sua condição. Além disso, percebe-se que ela tem uma mente sagaz, que é extremamente inteligente, e isso acaba sendo transmitido para o leitor através da sua escrita.
Vou destacar aqui uma citação que traz justamente a explicação para o título do livro (na página 37): "Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo." Isso é muito forte!
Fiquei feliz demais por ter lido essa obra, por ter gostado tanto quanto achei que gostaria, e por ela ser pedida pelo vestibular mais importante do meu estado.
moonpuddles's review against another edition
challenging
dark
emotional
funny
hopeful
informative
inspiring
fast-paced
5.0
maevereads's review against another edition
4.0
I read this book for my Latin American history class, and I really enjoyed it. Carolina was such a strong woman, and more people today need to know about her story.
liviaslino's review against another edition
5.0
Cara, que foda ler tudo isso e pensar o quão atual é o diário da Carolina. Um diário com linguagem simples, com sentimento, com fome, fome de comida, fome de escrita. A única coisa que consigo pensar é o quanto a realidade é cruel aos pretos pobres e favelados. E quanto isso duplica quando falamos de mulheres pretas, pobres e faveladas. Mais de 60 anos se passaram e o quarto de despejo cresce e permanece firme e forte. Triste.