mrsherrera's review against another edition

Go to review page

reflective sad medium-paced

5.0


Expand filter menu Content Warnings

lumoreira's review against another edition

Go to review page

emotional reflective sad tense fast-paced

5.0

memita's review against another edition

Go to review page

4.0

É ingrato classificar um livro que é escrito por uma pessoa pobre, que passa fome, não consegue dar uma vida boa aos filhos, não tem conforto nem paz de espírito por um segundo que seja. Não dá para classificar a vida de quem não teve oportunidades, de quem fez o melhor que pode com os meios que teve. Literariamente, é pobre, tem erros ortográficos, é repetitivo, pouco desenvolvido, os acontecimentos tanto começam como logo terminam de tão mal explicados. Historicamente, é uma peça preciosa da vida real, é um testemunho de quem deixou gravado no papel o seu sofrimento diário. Carolina Maria de Jesus era inteligente, lutadora, respeitosa... imagino o que poderia ter feito de mais e melhor, o que poderia ter conquistado, o quão feliz poderia ter sido, se tivesse o conforto de não passar fome, de não viver suja, se se tivesse deixado ser amada, se tivesse deixado a favela.

Posto isto, a classificação reflete a importância da sua leitura por todos nós enquanto também espelha as lacunas literárias.. um trabalho em bruto, não trabalhado, porém, honesto e necessário. Aconselho uma leitura com moderação para que o sofrimento não se torne banal aos nossos olhos.

rachelb36's review against another edition

Go to review page

3.0

3.5 stars

De Jesus was a black woman living in a Brazilian slum in the late 1950s, and a single mom of three. She writes about slum life in her diary; she had only a second-grade formal education, but that was enough to develop a love for reading and writing.

It was obviously sad to read about such extreme poverty, and discouraging to realize that after fifty-some years, slum life is the same as it's always been, no matter where the slum is located. The events and attitudes de Jesus recounted were strikingly similar to those described in "Behind the Beautiful Forevers" about a slum in Mumbai in more recent years.

There is some profanity and the author references sex fairly often, as she reports on the goings-on in the favela (slum), and sadly, there's a lot of prostitution and abuse.

The entries all run together, so it's frustrating to find a good stopping place. It would have been nice to have a page break for each month.

robdawgreads's review against another edition

Go to review page

5.0

A glimpse into what life was like in the favellas of Sao Paulo in the 50s-60s for a woman and her children. I'll be honest, it made me cry and my heart ache but it is worth the read.

alisarae's review against another edition

Go to review page

5.0

Eu sempre era fascinada por diários. Adoro ler sobre o dia-dia dos outros. Este diário é exemplar porque a autora traça as personagens (que são os vizinhos) de forma envolvente e interessante.

Como é triste que poucas coisas mudaram até hoje nas vidas dos pobres do Brasil. Este livro é o argumento mais forte que já vi em prol da continuação das verbas para SUS e Bolsa Família. Como a vida da Carolina poderia tido sido melhorada com um pouco de medicamento e arroz!

Outra coisa que mudou desde então: o surgimento de drogas e gangues altamente organizadas (ex: PCC). Carolina reclama muito dos efeitos de pinga nas vidas dos favelados; imagina hoje com craque e cocaína. Depois de ler este livro e [b:Prisioneiras|35062389|Prisioneiras|Drauzio Varella|https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1493908270l/35062389._SY75_.jpg|56355386] por Drauzio Varella, é fácil ver por que PCC tomou conta do país tão facilmente. A falha nos serviços básicos é preenchido com uma cesta mensal e julgamentos que resolvem brigas com eficiência. Os ricos tem medo dos pobres, do crime, da violência, de comunismo..... gente, é só providenciar os básicos e tudo isso resolve.

kendyllgull's review against another edition

Go to review page

3.0

I think Carolina Maria de Jesus is an individual that deserves more recognition; she opens our eyes to poverty and racism in the 1950s-1960s Brazil. This is the only book I've read by Carolina and I don't feel like it would be right to comment on her writing ability based on her personal diary. I found her diary very interesting, but also very redundant. Carolina also doesn't give a lot of context or background so events can be vague or confusing. Anyone looking for insight into poverty or racism should read this book. However, I would highly recommend that you supplement this book with "The Life and Death of Carolina Maria de Jesus" by Robert M. Levine. Levine puts more of Carolina's struggles into perspective by giving a more biographical account of her life including historical background on Brazil. As an individual, I have a lot of respect for her; she had an amazing determination and was an incredibly hard worker. I don't know if I would recommend her diary to everyone, but I would recommend people learn about her.

sofiratis's review against another edition

Go to review page

challenging emotional inspiring reflective fast-paced

4.0

chuchuleana's review against another edition

Go to review page

5.0

Leitura obrigatória. Sinto que esse é um daqueles livros que irei carregar comigo na minha bagagem como leitora. Além de tratar da realidade das favelas brasileiras, a autora tem enorme sensibilidade para descrever as relações humanas. O que impressiona é que apesar de ter sido escrito em meados do século passado, o livro continua extremamente atual. Com certeza "Quarto de Despejo" se configura como um clássico brasileiro.

guevarinhah13's review against another edition

Go to review page

5.0

nem os erros gramaticais (que para alguns conquista um prémio Nobel) nem o seu total apagamento total da história devem desmotivar a leitura de QUARTO DE DESPEJO. Carolina Maria de Jesus era uma mulher negra e pobre, catava papel e outros recicláveis para sobreviver e manter os seus três filhos sozinha, negava o amor por homens e residia na favela do Canindé em São Paulo. apesar da vida sofrida, do trabalho intenso, e da solidão depressiva, Carolina conseguiu escrever o que, a meu ver, é não apenas uma grande obra da literatura brasileira, como um livro a ser exaltado como canónico no mundo atual, isto pela simples razão de dar raiva, que depois cede lugar ao ódio. os sentimentos que surgem ao ler o relato da vida de Carolina, e o conhecimento de que nada mudou desde a sua publicação (1960) até a atualidade, é uma experiência libertadora. muitas vezes pregamos o amor ao próximo, mas raramente percebemos o quão perto de nós a realidade do próximo está. é real e é humano, todo o sofrimento de Carolina, mas toda a sua alegria, mais escassa que seja. QUARTO DE DESPEJO vai além de nos provocar a reflexão sobre o mundo decadente e podre em que vivemos, mas também o nosso papel na construção deste, e exige de nós a ação necessária para que mais Carolinas no mundo possam assumir a escrita e o canto e a dança como ofício.

"...Quando eu era menina o meu sonho era ser homem para defender o Brasil porque eu lia a Historia do Brasil e ficava sabendo que existia guerra. Só lia os nomes masculinos como defensores da patria. Então eu dizia para a minha mãe:
- Porque a senhora não faz eu virar homem?
Ela dizia:
- Se você passar por debaixo do arco-íris você vira homem.
Quando o arco-iris surgia eu ia correndo na sua direção. Mas o arco-íris estava sempre distanciando. Igual os politicos distante do povo. Eu cançava e sentava. Depois começava a chorar. Mas o povo não deve cançar. Não deve chorar. Deve lutar para melhorar o Brasil para os nossos filhos não sofrer o que estamos sofrendo. Eu voltava e dizia para mamãe:
- O arco-iris foge de mim."