Reviews - The Kite Runner | The StoryGraph

19k reviews for:

The Kite Runner

Khaled Hosseini

4.31 AVERAGE

jsalvania's review against another edition

3.75

adventurous challenging dark informative reflective sad tense medium-paced

Plot or Character Driven: A mix

Strong character development: No

Loveable characters: No

Diverse cast of characters: Complicated

Flaws of characters a main focus: Yes

hannehh's review against another edition

4.25

adventurous challenging emotional sad medium-paced

lord_mbb's review against another edition

4.0

Esse é o segundo livro que leio por indicação da Beatriz, temos nosso próprio clube do livro paralelo que indicamos livros (lidos) que achamos que o outro irá gostar, e nesse, ela acertou bem.
Esse livro tem 2 coisas que me atraem num livro, primeiro, uma boa ideia para o que será apresentado, composto ou por uma premissa interessante, um background interessante ou personagens interessantes. A segunda coisa, é existir num mundo “além do meu”, sempre achei instigante ver a criatividade em lapidar muito bem um mundo imaginário e o povoar com as boas ideias acima. Aqui o mundo não é criado, mas a realidade de uma família afegã (a origem do autor) nos anos 80 é quase alienígena para um Brasileiro que nasceu nos anos 90. Apesar de muitas semelhanças.
A premissa é simples, o narrador (Amir) está contando a história da sua vida, junto com seu pai (chamado apenas de Baba) e seus 2 criados, Ali, que era amigo de infância de Baba, e Hassan, filho de Ali. As 2 figuras maternas não são presentes, uma morre ao dar a luz a Amir, e a outra foge assim que da a luz a Hassan. A separação entre essas duas famílias que vivem juntas é maior que a social, é também étnica. Amir e seu pai são “Pachtuns”, etnia dominante do país, “a maioria”. Hassan e seu pai são “Hazaras”, que compõem 9% do país, além de fisicamente diferentes (olhos mais achatados e caras mais arredondadas, o que os faz serem facilmente identificados), são marginalizados na sociedade. Havendo uma clara diferença entre os grupos, e tudo que isso carrega, preconceito, raiva e ódio.
Mas dentro de casa essa divisão é enfraquecida (mas nunca totalmente ignorada), Amir e Hassan são melhores amigos, fazem tudo junto, dividiram o peito da ama de leite, são basicamente irmãos. E isso acaba sendo o problema, algo que era para ser fantástico, uma aproximação entre algo que não se aproxima no Afeganistão, acaba sendo manchado por inveja e medo. Amir teme que Hassan possa dividir a atenção de baba, que é um homem muito “HOMEM” (conta-se que lutou contra um urso já), como um filho melhor que o natural, já que Amir é mais sensível, gosta de ler, e foge do conflito sempre que pode, sendo muitas vezes defendido por Hassan.
O grande cerne da história é esse, vemos o que essa mágoa causa, o livro se passa por um período de mais de 25 anos. Terminando com Amir adulto. Ë interessante esse cenário pois acabamos acompanhando essa parte da história do Afeganistão, a queda da monarquia pelos comunistas, a invasão soviética, a retomada por grupos internos que entram numa guerra civil e por fim a tomada do poder pelo Talibã e sua mão de ferro de costumes dentro do país. Recomendo ler o livro lendo uns matérias complementares se você não domina a história, agregou muito pra mim.
Resolvi contar um pouquinho da trama dessa vez porque acho que ela cativa, e não me atrevi a contar nada mais para quem for ler poder aproveitar as reviravoltas e fortes acontecimentos que ocorrem.
Único ponto que tenho com o livro é que alguns momentos rola uma forçada nos acontecimentos para gerar drama, não é ruim, é literatura, não um documento, mas mesmo assim uma vez ou outra você sente aquele “mentirada isso aí” as vezes, mas passa rápido. 4,5 estrelas.