You need to sign in or sign up before continuing.

4.01 AVERAGE

emotional fast-paced
Plot or Character Driven: A mix
challenging dark emotional mysterious reflective sad tense fast-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: No
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

A beautifully written novella examining the life of a middle-aged man who becomes ill and dies within a few months. He spent his life trying to do what society expected of him, spend agreeable times with friend, and succeed in his work. He did all those things, but when death came calling at his door he was totally unprepared. The writing is masterfully done, and begins with how his family and friends respond to his death. Then it moves into his life. We know the ending, but how does it go for Ivan? Although he is surrounded by other people, he dies very much alone and must face his terror that way. I knew Tolstoy had a major spiritual transformation during his lifetime and you can see that process reflected in this short book. So much content in this little read.

1ª Leitura (2017):

Resumo / Pensamentos:

A novela começa com alguns personagens descobrindo sobre a morte de Ivan Ilitch. Seus pensamentos são meramente práticos e cotidianos (conseguir o dinheiro, promoção no trabalho, etc.)

No velório prossegue-se isso - percebe-se esse desprezo dos vivos com os mortos. A morte é algo distante, que só existe para o outro e deve ser escondido e afastado de nossos pensamentos para conseguirmos continuar vivendo. É o que passa na cabeça de Ivânovitch.

Em seguida, passa-se a falar da vida de Ivan Ilitch. Ele era de uma família rica (burguês) e vai tendo cargos e ascendendo de posição, sempre fazendo tudo “da maneira como deve ser feito”.

Sua vida é profundamente sem graça, ele não tem personalidade, só vai levando as coisas. Mas se acha feliz. Tem muitas brigas com a mulher até que se muda para São Petersburgo, compra o apartamento, etc. e tem que ajeitar tudo. Vai ficando aos poucos mal-humorado de novo, mas não se deixa levar e continua feliz até a dor começar.

Os médicos vão analisando o que ele tem (um diz uma coisa, outro diz outra) e Ivan Ilitch vai ficando cada vez mais obcecado com a doença. Por vezes fica pensando que é passageira, por outras só nas funções do próprio corpo. Mas aos poucos, passa a pensar na morte em si.

A dor e a doença ME PARECEM vir no momento em que não há mais o que se fazer, em que a vida já foi sendo levada e levada e levada sem um fim específico, sem um sentido. Porque é o que acontece.

E ele fica obcecado e amedrontado com a perspectiva de morrer exatamente por isso: porque aí a vida dele perde todo o sentido. E ele começa a ter medo de morrer e, mais ainda, medo de não ter vivido a vida da maneira correta. É quando ele percebe e aceita que não que a morte sai de sua cabeça, ele sente compaixão e amor pela mulher e seus filhos, não querendo mais incomoda-los.

A luz que ele vê no final claramente tem um cunho religioso.

De qualquer forma, é uma reflexão sobre a morte na nossa sociedade - solitária - para fazer uma crítica à sociedade. Os valores são questionáveis - deve-se buscar sempre uma ascensão e fazer as coisas da maneira correta sem nunca saber o que de fato se deseja, o que é próprio daquele indivíduo. E Ivan Ilitch sempre fora assim - esse ser sem nenhuma personalidade própria. O momento da doença é o primeiro momento que é só dele. E ele tenta “arrastar” os outros para seu sofrimento, culpando-os, por exemplo, ficando com raiva.

Quando descobre-se que ele vai morrer, é expulso do mundo dos vivos, um mundo que despreza e teme profundamente a morte, que tenta afastar a perspectiva dela para não deixar a vida perder o sentido (que ela não tem no modo como eles a vivem).

2ª Leitura (2021):

Em uma sociedade onde a felicidade é sempre o que está por vir, onde a vida se constrói sempre na expectativa constante de um futuro individual melhor, a enfermidade de Ivan Ilitch é também uma doença social, a partir do momento em que ele começa a perder as esperanças. Para o mundo exterior, a vida, a saúde, é sempre viver e trabalhar com a esperança do futuro terreno. A doença impossibilita isso para Ivan Ilitch, o que o faz progressivamente perder suas esperanças, o que o faz perder quem ele é - ou acha que é. Esse esquecimento vem da solidão de Ivan Ilitch em sua doença, seu apartamento dos saudáveis, dos vivos. Pois os vivos temem e desprezam os mortos e os saudáveis que vivem na expectativa do próximo cargo detestam os moribundos sem capacidade para mais nada. Curiosamente, me lembrou um pouco "A Metamorfose" em alguns aspectos, esse isolamento do personagem principal.

A novela é claramente "educativa", ao possibilitar a Ivan Ilitch uma redenção, primeiramente a partir da figura de Guérassim, o simples camponês (seu servo) que o ajuda e acaba ensinando-o sem perceber. Aí Ivan Ilitch já aprende sobre a simplicidade da vida e tem uma semente para começar a rever a sua vida. A partir disso, uma redenção final, depois do desespero de ter, realmente, vivido a vida da maneira errada, a partir da percepção de que tudo de bom que ele passou foi no começo da vida - ou seja, que o progresso interno à sua existência na verdade é falso. É a luz que o toma, claramente de origem divina. O foco da vida, portanto, deve estar, na entrega a Deus. É o princípio educativo, que de forma alguma "estraga" a novela.

O fato é que, para Tolstói, a morte pode dar ou tirar o sentido da vida, dependendo de como são enxergados. Se a vida é vivida como uma eterna busca por um "algo mais" terreno, a perspectiva da morte destrói qualquer sentido da vida, à medida que a destrói. Se a vida é vivida a partir da dedicação a um "algo mais" divino, a morte confere ainda mais sentido à vida.

"İvan İlyiç, kendi hayatını mahvettiği gibi başkalarının hayatlarını da zehirlediği düşüncesiyle yalnız kaldı. Üstelik bu zehir azalmak şöyle dursun gitgide tüm varlığını ele geçiriyordu."
sad fast-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: No
Loveable characters: No
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: No
challenging dark emotional reflective sad tense medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes

I pretty much read this in one sitting when I couldn’t fall asleep one night. Like Anna Karenina, Tolstoy has this uncanny ability to write raw, universal human emotion that is as relevant today as it was in the late 19th century.

At the heart of the novella is the story of Ivan Ilyich, a man whose funeral sets the opening scene. We go back in time to learn more of his simple life, his rise to a respectable profession, and above all, his hope to arrive at a pleasant and decent life.

He finds a wife, becomes a judge, and settles into a society: He “chose the best circle of magistrates and rich nobility living in the town, and adopted a tone of slight dissatisfaction with the government, moderate liberalism, and a civilized sense of citizenship.”

The Russian version of the American Dream?

But life is hardly that simple, and the stresses of marriage and pregnancy soon disrupt this dream: That “easy, pleasant, merry, and always decent and approved by society” is the “very essence of life,” but now is replaced by “something new, unanticipated, unpleasant, painful, and indecent.” Well, that’s life, Ivan.

Eventually Ilyich strives to rebel against this life, investing more in his work and spending less and less time with his family. This begins a sort of meddling existence where Ilyich kids himself in the simplicity of his goals, until eventually his life is thrown upside down by a relatively simple injury: He bumps his side while arranging furniture in his house.

And here is the heart of the book: The dread that slowly consumes Ilyich, while his injury gets worse and worse and the medical profession and even his family dehumanizes him into something completely separate from their existence. He is a burden and nothing more.

“It was impossible to drive himself: something dreadful, new, and so significant that nothing more significant had ever happened in his life, was being accomplished in Ivan Ilyich. And he alone knew of it… Everything in the world was going on as before.”

This cloud, this paranoia, hangs of Ilyich throughout the rest of the novella, and this is what is so universal about the book: Everyone has been consumed with a problem like this — maybe not life or death — but seeking control through consulting medical books, or trying to reassure himself that everything is okay, only to be reminded that everything is not.

If we take a step back, Ilych’s lives are all our lives, and his death is a morbid reminder of that, as Tolstoy writes: “Why, that could come for me, too, right now, any minute.”

Ilyich eventually arrives at his hour of death, consumed with a gnawing, tormenting agony to get there, and goes through the motions of thinking of his childhood, of questioning how good he was, of complaining about this being unjust or unfair, or pitying himself.

Essentially, he grasps blindly for an answer to this death, a simple explanation to his premature death as a 45-year old man. It is not until his last waking moments that he arrives at this answer.

A fantastically quick read about the human condition; about universal themes of acceptance, justice, and morality; and about the pains we take to live.
dark emotional reflective sad medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes