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3.65 AVERAGE
3.65 AVERAGE
katya_m's review against another edition
Sátira política e sátira ao Homem que é Pepino, este livro prima pelo picaresco do dia a dia, pela banalidade das ações humanas levadas a palco pelo autor com uma simplicidade encantadora. Steinbeck, com bonomia, tece personagens de caráter memorável com que o leitor pode (e deve) empatizar e com os quais irá aprender.
"Um dia [Pepino], foi na scooter até à pequena cidade de Gambais, famosa pelo seu perfeito, embora particularmente arruinado, Castelo de Neuville. (...) Comeu o seu almoço junto do fosso coberto de ervas do castelo. Observou um velhote que pesquisava a água coberta de plantas do fosso com um comprido rodo. O velhote fez contacto com um objeto pesado e duro e puxou-o para a margem. Era um musgoso busto de Pan, ornado de dois chifres e engrinalado. (...)
- Como é que ele foi parar ao fosso? - perguntou o rei.
- Oh, alguém que o empurrou. É costume fazerem-no. Normalmente, duas ou três vezes por ano.
- Mas porquê?
(...)
- Quem sabe? Há gente que empurra coisas para o fosso. (...) É o que eles fazem... introduzindo-se aqui de noite.
- E você puxa-as sempre cá para fora? (...) Você é dono disto?
- Não, não sou. Vivo aqui ao pé.
- Então porque as puxa cá para fora?
O velhote ficou perplexo, à procura de uma resposta.
- Porque...não sei. Acho que há pessoas que puxam coisas para fora... É o que elas fazem. Acho que sou uma dessas pessoas. (...) Acho que há pessoas que fazem coisas, e (...) acho que é como as coisas aparecem feitas.
- Bem ou mal? - perguntou o rei.
- Não compreendo - respondeu o velhote, cada vez mais desamparado - Há apenas pessoas...e o que as pessoas fazem."
Uma pequena pérola (sem pretensão a trocadilhos) do autor.
"Um dia [Pepino], foi na scooter até à pequena cidade de Gambais, famosa pelo seu perfeito, embora particularmente arruinado, Castelo de Neuville. (...) Comeu o seu almoço junto do fosso coberto de ervas do castelo. Observou um velhote que pesquisava a água coberta de plantas do fosso com um comprido rodo. O velhote fez contacto com um objeto pesado e duro e puxou-o para a margem. Era um musgoso busto de Pan, ornado de dois chifres e engrinalado. (...)
- Como é que ele foi parar ao fosso? - perguntou o rei.
- Oh, alguém que o empurrou. É costume fazerem-no. Normalmente, duas ou três vezes por ano.
- Mas porquê?
(...)
- Quem sabe? Há gente que empurra coisas para o fosso. (...) É o que eles fazem... introduzindo-se aqui de noite.
- E você puxa-as sempre cá para fora? (...) Você é dono disto?
- Não, não sou. Vivo aqui ao pé.
- Então porque as puxa cá para fora?
O velhote ficou perplexo, à procura de uma resposta.
- Porque...não sei. Acho que há pessoas que puxam coisas para fora... É o que elas fazem. Acho que sou uma dessas pessoas. (...) Acho que há pessoas que fazem coisas, e (...) acho que é como as coisas aparecem feitas.
- Bem ou mal? - perguntou o rei.
- Não compreendo - respondeu o velhote, cada vez mais desamparado - Há apenas pessoas...e o que as pessoas fazem."
Uma pequena pérola (sem pretensão a trocadilhos) do autor.
olivehead's review
adventurous
funny
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Complicated
3.25
kingarooski's review
3.0
“Liberty, equality, fraternity and opportunity.” A short and light novel about the deeper meanings of society and governance.
annepw's review
3.0
I read 'Pippin IV' because a professor recommended it to my European politics class as a spot-on parody of mid-century French politics, and I suppose to some extent it is that. It's a good deal zanier than I expected, and topical enough to not age as well as much Steinbeck, in addition to being an outlier in general in the Steinbeck catalogue, but it's a strangely entertaining little romp that doesn't deserve to have been overlooked as completely as it has been.
sir_meowsalot's review against another edition
funny
lighthearted
reflective
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
5.0
dontpanic42's review
4.0
I've always been a big Steinbeck fan, ever since reading The Grapes of Wrath back in high school. The Short Reign of Pippin IV is quite different from anything else I've read by Steinbeck in many ways: most noticeably of all, it's about French politics and history and not about the Depression-era America that has inspired what I tend to think of as Steinbeck's best work. Pippin is written with the same grace and wit, though, that make Steinbeck so wonderful to read; and his imaginative satire of French politics still comes down to a reflection on how we perceive the good life for the common man. Overall, short and fun and well worth the read.
nickleby_shepherd's review against another edition
adventurous
funny
fast-paced
4.25
Honestly I don’t know, I just REALLY enjoyed this book. Absurd and wonderful. Funny in the way only political satires can be. Hitting notes more than a half century later.
gjmaupin's review
4.0
Not your standard Steinbeck. More in the vein of Travels with Charley, at least in the comic tone mixed with mature still-angry-but-accepting-of-foibles socal/political stuff. That sounds boring when I put it in godawful litcrit terms. I'll start again.
This was a fun read, the sort of satire that I'm surprised no one has filmed or staged because it could actually be achieved, unlike East of Eden or Grapes of Wrath or the other Steinbepics that get squished into 2-3 hour adaptations. And it made good martinis.
(Yesterday I read Beckett's Company; today Steinbeck's Pippin. Unconscious of the connection when I chose them, this must be my quiet rebellion against the irritating showtune talk beneath which I was submerged in the chorus dressing room for the past month.)
This was a fun read, the sort of satire that I'm surprised no one has filmed or staged because it could actually be achieved, unlike East of Eden or Grapes of Wrath or the other Steinbepics that get squished into 2-3 hour adaptations. And it made good martinis.
(Yesterday I read Beckett's Company; today Steinbeck's Pippin. Unconscious of the connection when I chose them, this must be my quiet rebellion against the irritating showtune talk beneath which I was submerged in the chorus dressing room for the past month.)