Scan barcode
annikarae's review against another edition
5.0
i feel like im a foreigner in this world and i can’t talk to anyone about the overwhelming problems that fill me at the thought of the future
a memoir that reads like fiction and made me feel like i lived tove’s whole life right there with her. one of the most beautifully written books i’ve ever read.
a memoir that reads like fiction and made me feel like i lived tove’s whole life right there with her. one of the most beautifully written books i’ve ever read.
vicselnes's review against another edition
4.0
By the end of Dependency I wanted to reach into the past and take Tove’s hand. To write so beautifully simple about your own self-destruction and yearning, and not hiding from it, is a gift. I cry.
pedrorondulhagomes's review against another edition
5.0
Chiça, que grande livro.
Se há algum de comum na boa ficção e, portanto, também na autoficção, como é este caso, é a implacabilidade com que o autor consegue olhar para si próprio e plasmar essa fragilidade e individualidade na escrita.
Ernaux, por exemplo, partilha desta implacabilidade. Contudo, os processos pelos quais subjugam o leitor aos seus desejos são de natureza diferente. Enquanto Ernaux é uma assassina treinada, elegante e eficaz, Tove demora-se, plácida e compassadamente, autopsiando o seu próprio cadáver. Para Erneaux os preliminares são depois (passo o contrassenso). À primeira oportunidade espeta-nos a faca no fígado, garantindo uma hemorragia lenta, mas segura; passa-a sem demasiada contundência em torno do pescoço e corta o tendão de Aquiles, para assegurar a total atenção do leitor. Não a vemos a amolar a faca ou a rodá-la entre os dedos, exibindo alguma habilidade. Vai direta o ponto e assegura a nossa atenção; só depois se passeia elegantemente à nossa volta, escalpelizando. Tove demora-se, embalando a sua prosa num compasso belíssimo, acelerando a narrativa no início de cada capítulo, contando-nos acerca da sua estranheza. A primeira parte (‘Infância’) é especialmente bem conseguida e a última parte das ‘Relações Tóxicas’ tem o personagem mais sinistro de que me recordo ler nos últimos tempos (o seu marido-médico).
No caso da autoficção este aspeto é particularmente relevante. Embora, no meu entender, a autoficção, quando bem feita, não se distinga de forma relevante do resto da literatura. Há no processo de escrita algo que a afasta irremediavelmente da realidade. Uma história, mesmo autobiográfica, é algo artificial, que se parece pouco com a realidade, embora seja profundamente humana; em primeira instância, porque a forma como a memória é naturalmente corrompida e manipulada em favor de uma inteligência necessita ligar e compreender, e depois, pela própria escrita que é um processo de fixação.
Se há algum de comum na boa ficção e, portanto, também na autoficção, como é este caso, é a implacabilidade com que o autor consegue olhar para si próprio e plasmar essa fragilidade e individualidade na escrita.
Ernaux, por exemplo, partilha desta implacabilidade. Contudo, os processos pelos quais subjugam o leitor aos seus desejos são de natureza diferente. Enquanto Ernaux é uma assassina treinada, elegante e eficaz, Tove demora-se, plácida e compassadamente, autopsiando o seu próprio cadáver. Para Erneaux os preliminares são depois (passo o contrassenso). À primeira oportunidade espeta-nos a faca no fígado, garantindo uma hemorragia lenta, mas segura; passa-a sem demasiada contundência em torno do pescoço e corta o tendão de Aquiles, para assegurar a total atenção do leitor. Não a vemos a amolar a faca ou a rodá-la entre os dedos, exibindo alguma habilidade. Vai direta o ponto e assegura a nossa atenção; só depois se passeia elegantemente à nossa volta, escalpelizando. Tove demora-se, embalando a sua prosa num compasso belíssimo, acelerando a narrativa no início de cada capítulo, contando-nos acerca da sua estranheza. A primeira parte (‘Infância’) é especialmente bem conseguida e a última parte das ‘Relações Tóxicas’ tem o personagem mais sinistro de que me recordo ler nos últimos tempos (o seu marido-médico).
No caso da autoficção este aspeto é particularmente relevante. Embora, no meu entender, a autoficção, quando bem feita, não se distinga de forma relevante do resto da literatura. Há no processo de escrita algo que a afasta irremediavelmente da realidade. Uma história, mesmo autobiográfica, é algo artificial, que se parece pouco com a realidade, embora seja profundamente humana; em primeira instância, porque a forma como a memória é naturalmente corrompida e manipulada em favor de uma inteligência necessita ligar e compreender, e depois, pela própria escrita que é um processo de fixação.
ord1narymach1ne's review against another edition
emotional
reflective
sad
tense
medium-paced
4.5
The last sentence sent a chill down my spine.
anettereadsthings's review against another edition
dark
emotional
reflective
sad
tense
medium-paced
5.0
lilytucker's review against another edition
challenging
dark
emotional
reflective
sad
medium-paced
4.75
adriarato's review against another edition
challenging
emotional
informative
reflective
tense
fast-paced
5.0
Graphic: Mental illness, Addiction, Abortion, and Drug abuse
mjoao's review against another edition
dark
emotional
inspiring
reflective
sad
tense
fast-paced
3.75