2.12k reviews for:

The Corrections

Jonathan Franzen

3.74 AVERAGE


It was good, but I did not love. I truly only enjoyed the three pages when all the siblings were together.

Li primeiro “Liberdade” e o impacto foi tremendo, ao começar “Correcções” já sabia ao que vinha, ainda assim não deixei de me surpreender, parar e contemplar ao longo da leitura. Temos um padrão temático, a família média contemporânea e as interdependências com a sociedade, assim como um padrão estético, torrentes descritivas complexamente enredadas e surpreendentemente fluídas.

Franzen segue uma linha narrativa já explorada por outros autores americanos contemporâneos — David Foster Wallace, Don Delillo ou no cinema Jim Jarmusch, Hal Hartley ou Todd Solondz — que assentam o seu trabalho nos personagens, secundarizando o enredo, gerando o fio condutor a partir das pregas de cada uma das múltiplas histórias emanadas de cada personagem, necessitando assim de ir ao fundo de cada um, de os elaborar em profundidade e abrangência por forma a garantir elos de conexão.

“Well, I didn't really think in terms of plot. Does this book even have a plot? I thought more in terms of the story-character nexus. With each of the major characters and each of the large sections, I was striving for the classical unities of place, time, and action. I was trying to find simple problems, simple situations—man tries to prove to his wife that he's not depressed; fun-loving woman goes on luxury cruise with intermittently demented husband—and then inhabit them as fully as possible.” Franzen em entrevista à New Yorker, em 2001

O universo de Franzen é profundamente realista, e por isso não admira o nosso constante embate contra o espelho, conseguindo desta forma gerar simultaneamente reflexão e satisfação. No Goodreads podem ler-se várias críticas às pessoas de cada personagem como cheias de defeitos, incapazes de criar empatia com o leitor, mas Franzen não pretende romancear, está antes interessado em recriar e interpretar o mundo à sua volta, e nesse mundo não existem seres perfeitos, tal como não existem grandes linhas de história, apenas pessoas que vivem e fazem o melhor que podem em cada dia que passa. Inevitavelmente, e apesar do humor do autor ir salpicando de sátira, a viagem é profundamente melancólica, como não poderia deixar de ser sempre que nos pomos a pensar sobre as questões da condição humana, os “como's”, os “porquê's” e “para quê's”.

A chave de “Correcções” está em cada um dos leitores, posso dar-vos a minha mas abre apenas caminho para um dos imensos mundos possíveis construídos pelo confronto entre o texto e as experiências de vida de cada leitor. Subrepticiamente ao longo de todo o livro vão surgindo indícios que dão conta da necessidade de nos afirmarmos pelo que somos, de enfrentar o mundo de cabeça erguida e aceitar o que este nos propõe, sem medos nem estratégias de fuga (ex. drogas), de modo que as correções surgem naquilo que vamos fazendo ao longo da vida para corrigir o caminho, para não sair da forma que define aquilo que somos. É um trabalho contínuo que exige esforço, feito de avanços e recuos, de escolhas e decisões, esquecimentos e regressos ao passado, uma vontade interior que nos impele a seguir uma linha e a não divergir dela, corrigindo-a sempre que se desvia. A grande questão que Franzen deixa em aberto para nós é o porquê dessa necessidade, existem algumas tentativas de resposta, mas essas deixo-as para os leitores de Franzen.

Se o livro fosse apenas isto já seria muito bom, mas é mais, porque existe toda uma experiência estética que dificilmente se encontra na comum literatura e que obriga a revisitar os clássicos para se poder encontrar tamanho fôlego artístico. Desde logo por todo um trabalho de pesquisa que é feito em redor da criação de cada personagem, psicologicamente mas também em termos sociais com as implicações dos seus empregos, profissões, amigos e família. Franzen constrói literalmente um mundo a partir de ideias, capaz de se erguer nas nossas mentes como algo de próximo e facilmente reconhecível.

Por outro lado a densidade com que labora as ramificações de cada personagem, decorrendo do conteúdo, surge por via de um tipo de descrição verdadeiramente literária, e não cinemática como se foi tornando moda nos últimos anos. Ou seja, mais importante do que dar a ver é dar a sentir. Franzen não limita o seu discurso ao visível, trabalha como merecedores da mesma atenção o audível, assim como o gosto e o cheiro, e claro o palpável e mais complexo ainda o impalpável. Na sua leitura sentimos por vezes o bloqueio de não conseguir visualizar o que se vai descrevendo porque não é suposto ser "visto" mas sentido, e talvez seja em parte por isto que a leitura de Franzen é tão particular, tão capaz na sua expressividade.

Publicada no VI: http://virtual-illusion.blogspot.pt/2016/08/correccoes-2001.html

To start: I'm not a member of the Ideal Audience for this book. Much as I enjoyed--and "enjoyed" falls far short as a descriptor for the pleasure I hope to indicate--his gift for prose styling, I could not divorce myself and My Own Life Experiences from my reading of the plot itself.

Simply put, I found myself dreading quite actively any efforts to return to the book after I had put it down--having finished a chapter, having fallen asleep during my Last Words Before Midnight reading-in-bed ritual--and, in the end, had to leave off entirely. Friends who know me may not be surprised by my decision; a book that features a middle-aged man who views himself as a failed academic* and who (with his siblings) watches his parents succumb to the diminishing effects of the aging process = not quite the book for me, unless I'm looking for something that will (literally? figuratively?) hold down the accelerator while I follow Davis and Sarandon down the express route to the canyon's bottom.

All that said: there are times when I feel as if I've read this plot before, y'know? One of my grad school profs once noted that the "domestic family drama" represents the heart of American narrative--and, while he referred specifically to theatrical works, he could have pushed his claim to cover a wider spectrum of narrative. Even so, I found something about this particular version of that plot to be *unusually* familiar, such that the plot itself--even in tandem with Franzen's obvious stylistic graces--couldn't pull me past my own "reader-response." The fault may be mine, but it is what is.

I did, however, pass my copy along to A Good Home.

*Note: This shouldn't be taken as some veiled confession that I boinked a student and lost my tenured professorship. I've never been tenure-track, let alone held a tenured position, and I assure you, my students think of me as "old" and "round," both of which are impediments to assignations of any kind.
emotional funny slow-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes
challenging emotional reflective sad slow-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Complicated
Loveable characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes
meaghan's profile picture

meaghan's review against another edition

DID NOT FINISH: 7%

Not in the mood right now, will try again someday. Need happier, less white/male centric books after the election.
challenging dark emotional funny reflective sad tense slow-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes

Първо бих искала да подчертая чудесният превод на български. И ужасната, непоносима и дори обидна за взора корица на местното издание, ведно със ситния шрифт и най-евтина хартия и отпечатване. Разбира се, тези външни белези, няма как да замръчат прекрасния "почерк" на Джонатан Франзен.

Простичката фабула - поглед в конкретен отрязък от живота на петима членове на едно семейство - е превърната в 500+ страници главозамайващо и епично изследване на човешката психика. Авторът подобно на виртуоз-терапевт разсича с прецизност импулсите, страховете, бляновете и реалността на всеки от главните герои, за да оголи болката им като туптяща и смущаваща рана. Без гръмки поучения или симпатия към конкретен герой, постепенно се загнездва усещането, че поправките в характера са възможни само, ако си готов да назовеш слабостите си, да ги прекараш през призмата на времето и да се опиташ да съществуваш с тях и с готовност да се оставиш на оптимизма на живота.

Книгата е плътно наситена с комплексни истории, посветени поотделно и заедно на всеки един от петимата от семейство Ламбърт. Наред с поколенческия конфликт между деца и родители, стои и по-тежкият - този на справянето със самия себе си, с невъзможността да пуснеш и да се освободиш от собствените си "спирачки". Тъкмо там се наместват и поправките като невидим път към по-благородната страна у всеки.

Everyone in this book is so unlikable until the end when you can’t help but love all of them
snva0655's profile picture

snva0655's review against another edition

DID NOT FINISH: 21%

boring and weird