Reviews

Bramy Raju by Jerzy Andrzejewski

melinaisabel's review against another edition

Go to review page

adventurous challenging dark emotional funny inspiring lighthearted reflective relaxing sad tense fast-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No

3.5

heresthepencil's review

Go to review page

challenging dark emotional slow-paced

5.0

 absolutely insane, my good fellas. the imagery is unreal.

i'm overwhelmed and not sure how to even describe this book. it's more than a stream of consciousnesses, it's so many interlocking stories, each one leaving you more & more uneasy as it's being told. the use of repetition is absolutely masterful! the way jakub's words from the vision take your breath away once you hear them properly near the end! the way multiple people describe one person in the same, exact words!

rep: achillean mcs
tw: pedophilia, child abuse, animal death 

rbonjour's review against another edition

Go to review page

5.0

"As portas do Paraíso" foram escritas, segundo o autor, "num só fôlego" e num só fôlego o li, em parte hipnotizada pelo ritmo da escrita, que se prolonga numa só linha infinita, retorcendo-se em ciclos de repetições e cenários fotográficos, em parte pela história magnetizante que se vai (des)construíndo à medida que se levanta o véu e vamos penetrando na mente de cada uma das personagens.

É através de monólogos que cada uma delas vai partilhando os seus sentimentos e os verdadeiros motivos porque se juntaram à cruzada que parte a caminho de Jerusalém, construíndo, à medida que avançamos nas páginas, um mundo onde reina a dicotomia dos valores católicos - o bem e o mal, a verdade e a mentira, o certo e o errado. Estes valores são, no entanto, postos em causa: a verdade que é contada com más intensões, o bem que é feito pelos motivos errados, o mal que surge de forma sincera e inata.

Junte-se a isto uma escrita igualmente dicotómica e temos os ingredientes para um livro perfeito. É que se o estilo de Jerzy Andrzejewski é de um lirismo belíssimo, oferecendo-nos descrições de paisagens muito ricas e extenuantes, justapõe-lhes cenários muito negros, que se vão tornando cada vez mais obscuros à medida que a leitura avança.

Tudo isso nos leva a um questionar desses mesmos valores cristãos e, consequentemente, toda a missão destas crianças-cruzado, assim como a própria religião: "não sei se cego pela fé não sabia ver o mal em meu redor ou se era em mim que eu carregava o mal querendo simplesmente adormecê-lo através da fé".
More...