Take a photo of a barcode or cover
I was "forced" to read this book for school as many others in Portugal but out of all the books we had to read, this one was by far my favourite. It's a book I still grab to reread today, many years after graduating from school. It's definitely not for everyone but I think you won't know if you like it or not until you read it. I love Saramago's writing style, his creativity and specially his humour.
Adorável é a fluidez com que Saramago desenrola as ideias, utilizando para tal uma forma de escrever subversiva que lhe permite criar o seu próprio ritmo, a sua própria voz.
Aqui a história é importante, tanto a real, como a crítica ácida vista pelos olhos de Saramago. Mas mais importante ainda é a estética. Para Saramago a escrita é um jogo, e com os seus elementos se diverte, nos entretém e surpreende.
Nesse sentido, a leitura é em si mesma a gratificação. Saramago recusa ceder às facilidades da arte de contar histórias, levando-nos a retirar prazer diretamente da escrita.
Aqui a história é importante, tanto a real, como a crítica ácida vista pelos olhos de Saramago. Mas mais importante ainda é a estética. Para Saramago a escrita é um jogo, e com os seus elementos se diverte, nos entretém e surpreende.
Nesse sentido, a leitura é em si mesma a gratificação. Saramago recusa ceder às facilidades da arte de contar histórias, levando-nos a retirar prazer diretamente da escrita.
adventurous
funny
reflective
sad
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
With some books the chemistry just doesn't work and this is one of them. From page 1 the exuberant, baroque, antiquated language is flowing out of the book: impossible long sentences, with lots of appositions and neverending descriptions; it's all too artificial for me.
The setting, Portugal in the beginning of the 18th century, and the love story that is at the center of this book, are quite interesting. But nevertheless, it just isn't convincing to me. Saramago, in this book, takes on a lot of sacred cows (the monarchy, the church, the wealthy), and perhaps, if I would be living in Portugal in his time, I would have done the same. But in the end, his approach did not appeal to me. Perhaps this deserves a second chance?
The setting, Portugal in the beginning of the 18th century, and the love story that is at the center of this book, are quite interesting. But nevertheless, it just isn't convincing to me. Saramago, in this book, takes on a lot of sacred cows (the monarchy, the church, the wealthy), and perhaps, if I would be living in Portugal in his time, I would have done the same. But in the end, his approach did not appeal to me. Perhaps this deserves a second chance?
É tão bom reler este livro. Já se passaram 8 anos desde que o li pela primeira vez e esta é a minha terceira leitura. De cada vez descubro mais camadas, identifico mais significados, me envolvo de maneira diferente com a história. Para mim, Blimunda e Baltasar são das histórias de amor mais bonitas do mundo: a lealdade, o companheirismo e o complemento que são um do outro, as duas metades diferentes que são tanto juntas, são absolutamente lindíssimos. De cada vez me emociono mais com a partida do padre Bartolomeu Lourenço e de cada vez memorizo outros pormenores históricos. A verdade é que Saramago nunca cansa, aliás, está sempre a surpreender-nos.
I recently visited Portugal and decided it was the perfect time to discover some Portuguese literature. I took advantage of my stay to gift myself some books by Portuguese authors. And what better start than José Saramago, the only Portuguese speaking recipient of the Nobel Price in Literature!
Baltasar and Blimunda is not the easiest of read but it blew my mind. The writing is absolutely unique and very clever. The phrases are extra long and you will not find the least quotation mark but it was surprisingly very clear. The work of research on the historical context is incredible with focusses on Inquisition and Auto-da-fé, on the construction of La Passarola, the world’s first air balloon, and on the construction of the convent of Mafra, one symbole of the excesses of absolutist monarchies. And the ways those multiple historical events intertwine through the lives of the main characters is artful.
Baltasar and Blimunda is not the easiest of read but it blew my mind. The writing is absolutely unique and very clever. The phrases are extra long and you will not find the least quotation mark but it was surprisingly very clear. The work of research on the historical context is incredible with focusses on Inquisition and Auto-da-fé, on the construction of La Passarola, the world’s first air balloon, and on the construction of the convent of Mafra, one symbole of the excesses of absolutist monarchies. And the ways those multiple historical events intertwine through the lives of the main characters is artful.
Seis meses. Foram seis meses que demorei a ler esta história e agora que acabou queria ter outros seis meses de novas palavras, novas frases, novas críticas, mais seis meses de Baltasar e Blimunda.
Memorial do Convento é uma história dos esquecidos, dos maltratados, das mãos do poder sobre o trabalhador e, especialmente, sobre o homem.
Saramago conta-nos, em grande escala, a história deste herói coletivo durante a construção do grande convento de Mafra, enquanto, em pequena escala, se foca em Baltasar, Blimunda e a família real. Este não é um livro fácil de ler, durante os primeiros capítulos foi difícil adaptar-me ao estilo de escrita único de Saramago e, passado este problema, todas as referências desta obra alquímica a religião, ciência, termos do campo, que muitas vezes não estavam no dicionário, tornaram a leitura demorada e, muitas vezes, cansativa. No entanto, a história compensa. Ao longo de 28 anos, acompanhamos esta ficção histórica e mágica de amor, tragédia e ostentação, que nos faz refletir em todos aqueles que ficam esquecidos debaixo dos grandes nomes que representam as grandes coisas. Saramago homenageia aqueles que tiveram as suas vidas arrancadas para servir os caprichos de alguém que nunca viram, fazendo uma crítica intemporal à autoridade e ao poder e relata a mais bela história de amor que alguma vez li.
Onde começar com Baltasar e Blimunda? Quem não acredita na existência de caras metade ou almas gémeas é porque nunca leu esta história. Eles não eram nenhum Romeu e Julieta, duas pessoas que nada tinham a não ser um ao outro e, por isso, não precisavam de mais.
São explorados temas como religião, amor, o papel da mulher ao longo de toda esta obra, através das suas personagens fictícias, mas também históricas como a família de D.João V, Bartolomeu Lourenço e Domenico Scarlatti.
Muito sinceramente, sinto-me perdida a escrever esta review, porque não sei como escrever tudo o que sinto por esta obra. Sinto que este é um livro que teria de ler 5 vezes para perceber completamente e, honestamente, penso que não seja um problema da escrita do autor, que é tão genial que não temos outra opção se não fazer todos os malabarismos e estudos possíveis para o entender.
4.5 estrelas (5 arredondadas) e preparem-se para desenhar muitas foices e martelos nestas margens, para ficarem chocados, marcados, simplesmente sem palavras.
P.S.: levem lenços para ler o último capítulo.
Memorial do Convento é uma história dos esquecidos, dos maltratados, das mãos do poder sobre o trabalhador e, especialmente, sobre o homem.
Saramago conta-nos, em grande escala, a história deste herói coletivo durante a construção do grande convento de Mafra, enquanto, em pequena escala, se foca em Baltasar, Blimunda e a família real. Este não é um livro fácil de ler, durante os primeiros capítulos foi difícil adaptar-me ao estilo de escrita único de Saramago e, passado este problema, todas as referências desta obra alquímica a religião, ciência, termos do campo, que muitas vezes não estavam no dicionário, tornaram a leitura demorada e, muitas vezes, cansativa. No entanto, a história compensa. Ao longo de 28 anos, acompanhamos esta ficção histórica e mágica de amor, tragédia e ostentação, que nos faz refletir em todos aqueles que ficam esquecidos debaixo dos grandes nomes que representam as grandes coisas. Saramago homenageia aqueles que tiveram as suas vidas arrancadas para servir os caprichos de alguém que nunca viram, fazendo uma crítica intemporal à autoridade e ao poder e relata a mais bela história de amor que alguma vez li.
Onde começar com Baltasar e Blimunda? Quem não acredita na existência de caras metade ou almas gémeas é porque nunca leu esta história. Eles não eram nenhum Romeu e Julieta, duas pessoas que nada tinham a não ser um ao outro e, por isso, não precisavam de mais.
São explorados temas como religião, amor, o papel da mulher ao longo de toda esta obra, através das suas personagens fictícias, mas também históricas como a família de D.João V, Bartolomeu Lourenço e Domenico Scarlatti.
Muito sinceramente, sinto-me perdida a escrever esta review, porque não sei como escrever tudo o que sinto por esta obra. Sinto que este é um livro que teria de ler 5 vezes para perceber completamente e, honestamente, penso que não seja um problema da escrita do autor, que é tão genial que não temos outra opção se não fazer todos os malabarismos e estudos possíveis para o entender.
4.5 estrelas (5 arredondadas) e preparem-se para desenhar muitas foices e martelos nestas margens, para ficarem chocados, marcados, simplesmente sem palavras.
P.S.: levem lenços para ler o último capítulo.
challenging
emotional
funny
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
N/A
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
Complicated
Flaws of characters a main focus:
No
adventurous
challenging
informative
inspiring
reflective
slow-paced
Plot or Character Driven:
Plot
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
N/A
Flaws of characters a main focus:
No