Reviews

The Raven Queen by Jules Watson

guardiebird's review against another edition

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slow-paced

3.0

blodeuedd's review against another edition

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3.0

Some books have that, omg there was magic in the past! feeling, and some do not.

Here the author had Iron Age Irish people living in a world where Gods and Goddesses were heard. Were the Sidhe were around. Where there was magic. But, I did not believe in it. It was historical fantasy, fun to read, but not real.

It's the story of Queen Maeve, who went down in history as a maneater, but then history changes when men write it, Christian men. She was married to kings and princes. She loved her country, and she wanted to fight for it. I did like her strength.

The story of Deidre is told in the background too, but she has her own depressing book.

I could actually have done without the real magic, the weird druid guy who spoke with the Sidhe. I am sure people will love that, but as I did not have that omg magic used to be real feeling, it just fell short for me.

And I did know the legends, so I knew what would happen. Still it was interesting to see how she changed things. Though I do confess that I did not understand the ending at all.

Good. But could have been amazing...

veuxmourir's review against another edition

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1.0

I really wanted to get into this one, but I just couldn't. It was so long and drawn out, I didn't connect to or care about any of the characters, and it was boring.

hannahecarey's review against another edition

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4.0

I think having read The Tain is a large part of why I enjoyed this particular novel. I’m familiar enough with the story that it was fun to see the original tale weaving in and out with Jules Watson’s re-telling of it. I also liked how she included the tale of Deidre and Naisi, as well as the story from Cuchulainn and Ferdia’s points of view. Seeing more of this particular myth from the women’s point of view was a super interesting take to me and one I enjoyed. Maeve at times was a challenging character, and yet it made her feel all the more real throughout the course of the story. If you’re a fan or Irish mythology and steamy romance, this is a fun blend of both! 

CW: Rape, Violence, Gore, and Assault (If you’ve read the original tale of The Tain, you shouldn’t have any issues with this version) 

patriciasjs's review against another edition

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4.0

http://girlinchaiselongue.blogspot.pt/2013/01/opiniao-rainha-corvo.html

Nascida na Austrália e filha de pais ingleses, Jules Watson há muito que é fascinada por lendas Celtas e não foi difícil convencer o marido, escocês por nascimento, que precisava de viver no meio das brumas e terras altas da Escócia, cercada por magia e mitos senão morreria. Quando não está a escrever novos livros sobre histórias passadas e terras místicas, gosta de se sentar frente à lareira enquanto a chuva caí lá fora ou de ir ao pub local ouvir o marido tocar música típica escocesa.
O seu amor pelos Celtas influenciou não só a escrita como outras decisões da sua vida como a licenciatura em arqueologia, cujos conhecimentos usa para tornar os seus livros mais verosímeis. É, também, licenciada em Relações Públicas e já teve muitos trabalhos diferentes antes de se dedicar escrita, desde escritora freelancer à arqueóloga passando pelo trabalho nas minas e à consultora de relações públicas. Apesar de ter apenas dois livros traduzidos em Portugal, que apesar de independentes se relacionam com o mesmo ciclo mitológico celta, o ciclo de Ulster, a autora tem mais uma trilogia passada na Escócia do tempo da invasão romana, a trilogia Dalriada.
Situada no mesmo espaço de tempo que A Lenda do Cisne, a história da rainha Maeve partilha com esta a mesma beleza, o mesmo encanto e a mesma magia que apenas as lendas místicas são capazes de transmitir. Num tempo longínquo em que os mitos ganham vida, em que os filhos dos deuses caminhavam entre os homens e os druidas e os sidhé ainda tinham algo a dizer sobre o desenrolar da vida, uma mulher vai sobressair de entre a ira e a força bruta dos homens para unir o que a ambição do homem separa, para ser a personificação da Deusa, da Mãe e da Mulher entre o seu povo e o salvar e proteger da loucura trazida pela luxúria, pelo ódio e a inveja. Num relato, onde a astúcia, a coragem e o poder antigo ganham vida, guerreiros batalham pela justiça e pela glória, druidas concedem a vontade das estrelas e amores mortais nascem das brumas.
Com Deirdre, Maeve partilha um homem que lhes trouxe apenas infelicidade, dor e medo mas é aí que acabam as parecenças com a protagonista de A Lenda do Cisne. Usada como joguete nas mãos dos homens, incluindo o próprio pai, depressa aquela que foi rainha três vezes percebe que nunca será mais do que uma moeda de troca destinada a perder tudo o que ama e a ser subjugada à brutalidade, a menos que se insurja e lute por um lugar entre aqueles que tanto a fizeram sofrer. De donzela usada a guerreira lasciva, Maeve é capaz de tudo para não ver o seu povo submetido à vontade de um louco que a magoou mil vezes, mesmo que tenha de matar, mesmo que tenha de desistir dos anseios do seu coração, mesmo que tenha de se tornar a rainha fria e mortal que nunca quis ser. Por baixo da crueldade e astúcia do seu semblante, a Rainha Corvo esconde segredos obscuros, dores demasiado dolorosas, perdas que a marcaram tão fundo quanto o gume de uma espada e um amor que não aceita a ter ser tarde demais.
Tanto rainha guerreira renascida das lendas como mulher e mãe mortal, Maeve vai comandar toda esta narrativa com a mesma presença com que comanda os seus exércitos e nela teremos um vislumbre de todas as mulheres pois ela é a Mãe e a Deusa, ela personifica a feminilidade e a fertilidade em toda a sua força e garra. Nesta personagem, Jules consegue incorporar tudo o que significava ser mulher nesta época, desde o papel quase raro de mulher de armas ao de amante e mãe. Tanto doce como fria, tanto lasciva como controlada, Maeve é tudo isso, é tudo o que significa ser mulher.
Numa narrativa brilhante, onde mitos celtas, história e ficção se misturam com primor, a escrita de Jules é poderosa, evocativa de antiguidade, de sangue e misticismo. É de uma forma apaixonante que a autora dá vida a heróis de espadas, druidas, reis e rainhas, dando às suas personagens tanto divindade como humanidade, umas vezes tão perto de nós e outras tão inalcançáveis. Cheios de honra, lealdade e vontades próprias, cada um segue o caminho que acha mais correcto e cada um vai lutar até ao último suspiro por aquilo em que acredita. No decorrer desta leitura, muitas são as emoções que nos assaltam, desde à raiva ao medo, do orgulho à admiração, enquanto o desenrolar da vida típica de um povo nos é mostrado nestas páginas. Pormenores das crenças e religião celtas, da vida diária e da guerra, enriquecem este relato que dá vida a um dos mitos mais conhecidos deste povo, permitindo que vejamos para lá dos heróis que foram enaltecidos como escolhidos dos deuses. Entre batalhas sangrentas que evocam a coragem de tempos passados, uniões místicas cheias de profundidade e as demonstrações de poder dos reis, A Rainha Corvo é um hino à cultura mas principalmente, à essência do povo celta.
Forte em momentos marcantes e recheado de misticismo, este livro tem o dom de nos transportar para lá do passado e fazer-nos sentir o cheiro do mar misturado com os dos campos, faz-nos ver céus tão azuis como tumultuosos e ouvir os cânticos tanto de guerra como de amor que uma vez ressoaram pelas planícies de outros tempos. Uma obra digna da história que conta, A Rainha Corvo deve ser lido pelos que adoram lendas, pelos que se fascinam pelos Celtas e admiram aqueles que pelas mãos criaram o berço do nosso mundo.

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