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lattederafaela's Reviews (364)
Não vou perder tempo: eu ADOREI este livro. Li-o numa noite (valeu a pena não dormir) e depois fiquei um dia de ressaca a pensar no que ia fazer com a minha vida depois de o terminar.
Enemies to lovers não é uma das minhas tropes favoritas. Na verdade, até costumo fugir dela como o diabo foge da cruz. Mas este livro. É. Tão. Bom.
Tudo bem, eu não sou lá grande referência no que toca a chick-lit. Basta-me que os personagens não sejam tóxicos e não se comportem como se tivessem 12 anos, e para mim tá ótimo. Mas acho que este livro realmente, genuinamente, está bom.
Eu ri tanto que quase acordei o resto da casa. E na parte final, quando se dá aquele último conflito, eu fiquei tão chateada como se estivesse na pele da protagonista. Isso é algo que posso dizer de poucos livros.
Tem imensos clichés, trabalhados de forma hilariante e inteligente, e ao mesmo tempo tem muitas coisinhas tão fora da caixa, mas que encaixam lindamente com o resto. Temos personagens com personalidades e opiniões fortes, línguas afiadas, conflito, confusão e tensão. Temos tudo.
E agora acho que até estou disposta a ler mais enemies to lovers.
Enemies to lovers não é uma das minhas tropes favoritas. Na verdade, até costumo fugir dela como o diabo foge da cruz. Mas este livro. É. Tão. Bom.
Tudo bem, eu não sou lá grande referência no que toca a chick-lit. Basta-me que os personagens não sejam tóxicos e não se comportem como se tivessem 12 anos, e para mim tá ótimo. Mas acho que este livro realmente, genuinamente, está bom.
Eu ri tanto que quase acordei o resto da casa. E na parte final, quando se dá aquele último conflito, eu fiquei tão chateada como se estivesse na pele da protagonista. Isso é algo que posso dizer de poucos livros.
Tem imensos clichés, trabalhados de forma hilariante e inteligente, e ao mesmo tempo tem muitas coisinhas tão fora da caixa, mas que encaixam lindamente com o resto. Temos personagens com personalidades e opiniões fortes, línguas afiadas, conflito, confusão e tensão. Temos tudo.
E agora acho que até estou disposta a ler mais enemies to lovers.
A história de Simon e Baz é uma das minhas favoritas dos últimos anos. E eu estou profundamente triste porque este livro é o último. Mas profundamente grata, também, por ter tido a oportunidade de o ler, e à Seguinte por me dar o voto de confiança e me dar uma cópia antecipada.
Eu adorei este livro. Não tanto como o segundo, mas definitivamente adorei. O final em aberto é um pouco frustrante - eu quero mais! quero saber mais! que saber o que acontece ao Simon e ao Sheperd! -, mas, ao mesmo tempo, é adequado. Deixa espaço para que nós, leitores, imaginarmos o final que gostaríamos que houvesse.
Eu não sei o que dizer. É mais fácil falar de um livro quando não gosto dele, mais difícil quando gosto. E eu adorei este. Também achei a tradução bastante fiável. Li o primeiro em português de Portugal, o segundo em inglês, e agora o terceiro em português do Brasil. Tirando uma ou outra coisinhas, mal dei conta das diferenças. O que eu acho fantástico; a consistência é importante num 'fandom'.
Muito obrigada, mais uma vez, editora Seguinte e NetGalley, pela oportunidade de ler este livro.
Eu adorei este livro. Não tanto como o segundo, mas definitivamente adorei. O final em aberto é um pouco frustrante - eu quero mais! quero saber mais! que saber o que acontece ao Simon e ao Sheperd! -, mas, ao mesmo tempo, é adequado. Deixa espaço para que nós, leitores, imaginarmos o final que gostaríamos que houvesse.
Eu não sei o que dizer. É mais fácil falar de um livro quando não gosto dele, mais difícil quando gosto. E eu adorei este. Também achei a tradução bastante fiável. Li o primeiro em português de Portugal, o segundo em inglês, e agora o terceiro em português do Brasil. Tirando uma ou outra coisinhas, mal dei conta das diferenças. O que eu acho fantástico; a consistência é importante num 'fandom'.
Muito obrigada, mais uma vez, editora Seguinte e NetGalley, pela oportunidade de ler este livro.
Há uma base sólida e interessante neste livro. Mas a escrita demasiado teen e a falta de maturidade dos personagens tornou a leitura um pouco difícil para mim. E não tenho bem a certeza de qual seria o público alvo deste livro, mas eu definitivamente não estava à espera - tanto pela sinopse quanto pela capa e estilo geral - que fosse ter certas cenas explícitas (que, ainda façam sentido na história e sejam relevantes, elevam consideravelmente a faixa etária do público alvo).
Na verdade, apesar de este livro ser um romance, eu vi-me mais envolvida e interessada no trauma da protagonista e em perceber o que aconteceu com o ex dela, do que no romance dela com o par romântico dela. Dei por mim mais investida em descobrir esse passado e de que forma a mudou, e em ver a sua evolução dali em diante, do que nos seus encontros e beijos e momentos "românticos" entre eles.
Mas realmente... não é o meu tipo de livro. Tinha potencial para ser, se a protagonista fosse mais velha e a história um pouco mais madura a nível emocional - mas a sua componente inerentemente adolescente não funcionou comigo. Não que haja algo de errado com isso; apenas já tenho dificuldade em ler esse tipo de romances e em sentir-me emocionalmente próxima das personagens (exceto se forem da Jenny Han).
Na verdade, apesar de este livro ser um romance, eu vi-me mais envolvida e interessada no trauma da protagonista e em perceber o que aconteceu com o ex dela, do que no romance dela com o par romântico dela. Dei por mim mais investida em descobrir esse passado e de que forma a mudou, e em ver a sua evolução dali em diante, do que nos seus encontros e beijos e momentos "românticos" entre eles.
Mas realmente... não é o meu tipo de livro. Tinha potencial para ser, se a protagonista fosse mais velha e a história um pouco mais madura a nível emocional - mas a sua componente inerentemente adolescente não funcionou comigo. Não que haja algo de errado com isso; apenas já tenho dificuldade em ler esse tipo de romances e em sentir-me emocionalmente próxima das personagens (exceto se forem da Jenny Han).
Foi só à segunda tentativa que consegui terminar o livro, mas não porque houvesse algo de errado com ele. Na verdade, eu estava bastante entusiasmada para o ler. Mas as circunstâncias da minha vida não eram favoráveis ao tema, ao tipo de escrita, e ao tipo de história. Portanto, eu diria que este é o tipo de livro em que tem de estar com a cabeça no sítio certo para conseguir desfrutar.
Dei-lhe 4 estrelas porque, apesar de ter gostado bastante da história e a escrita ser bastante boa (algo que tenho alguma dificuldade em encontrar nos escritores portugueses que li até agora), há um certo ar pretensioso em redor do livro. Seja pela protagonista cujo complexo a faz julgar toda a gente, seja pelo vernáculo pomposo que é usado - por vezes, despropositadamente. Isso, e a repetição constante de certas expressões (por exemplo: "madrilena" é possivelmente a palavra mais usada na história, e nunca se vê Madrid referida de outra forma), ou seja porque os diálogos não são muito realistas (todas as personagens falam como se estivessem a escrever uma crítica) tornam a leitura um pouco cansativa. Porém, eu creio que o primeiro elemento é uma questão puramente pessoal - como já disse, a escrita é BOA. Mais do que boa, há lírica nela e uma tentativa de fugir à escrita leviana e superficial.
Sobre a história: vi muita gente a criticar os temas abordados. Não por serem abordados, mas pelo excesso de problemas. Eu tenho duas visões distintas sobre isso.
Por um lado, um romance que dispara para vários lados - neste caso, temos a abordagem a temas como a ansiedade, depressão, traumas de infância, violência sexual, feminismo, relações abusivas, coming of age, etc - dificilmente consegue realmente explorar nenhum deles profundamente. E, de facto, ao longo do livro somos bombardeados com todo o tipo de problemas sociais e questões políticas que se podem imaginar no século XXI.
Por outro lado, não é isso a vida de um jovem adulto em 2020/2022? Este é um livro que procura retratar a vida de uma jovem mulher que, no final dos seus 20s, tem uma "crise existencial" e tem de enfrentar toda uma série de problemas típicos da sua geração. E ser millenial, neste século, significa lidar com uma dúzia de problemas distintos todos os dias. Se nós não podemos escapar deles, como poderia uma personagem de um livro que nos pretende retratar?
Não foi um livro que eu pegasse e depois não conseguisse pousar. Na verdade, demorei mais de um mês para o ler, pegando nele aos pedacinhos e sorvendo a sua história como se fosse um café muito quente. Precisamente por cause do que mencionei acima - a escrita pomposa, a abundância de temas, as bombas emocionais despejadas no leitor -, este livro lê-se melhor em doses controladas. É bastante bom de ler - e eu recomendo-o a todas as jovens mulheres que estejam nos seus 20s e se sintam perdidas na vida -, mas melhor lido devagarinho.
Fiquei estupidamente feliz por ver uma autora portuguesa a publicar uma história destas. A voz da Cátia Vieira merece ser ouvida, e Lola é uma personagem que ia certamente fazer muita gente sentir-se representada (como eu me senti - inclusive, deu-me vontade de voltar a pegar na minha câmara!).
Dei-lhe 4 estrelas porque, apesar de ter gostado bastante da história e a escrita ser bastante boa (algo que tenho alguma dificuldade em encontrar nos escritores portugueses que li até agora), há um certo ar pretensioso em redor do livro. Seja pela protagonista cujo complexo a faz julgar toda a gente, seja pelo vernáculo pomposo que é usado - por vezes, despropositadamente. Isso, e a repetição constante de certas expressões (por exemplo: "madrilena" é possivelmente a palavra mais usada na história, e nunca se vê Madrid referida de outra forma), ou seja porque os diálogos não são muito realistas (todas as personagens falam como se estivessem a escrever uma crítica) tornam a leitura um pouco cansativa. Porém, eu creio que o primeiro elemento é uma questão puramente pessoal - como já disse, a escrita é BOA. Mais do que boa, há lírica nela e uma tentativa de fugir à escrita leviana e superficial.
Sobre a história: vi muita gente a criticar os temas abordados. Não por serem abordados, mas pelo excesso de problemas. Eu tenho duas visões distintas sobre isso.
Por um lado, um romance que dispara para vários lados - neste caso, temos a abordagem a temas como a ansiedade, depressão, traumas de infância, violência sexual, feminismo, relações abusivas, coming of age, etc - dificilmente consegue realmente explorar nenhum deles profundamente. E, de facto, ao longo do livro somos bombardeados com todo o tipo de problemas sociais e questões políticas que se podem imaginar no século XXI.
Por outro lado, não é isso a vida de um jovem adulto em 2020/2022? Este é um livro que procura retratar a vida de uma jovem mulher que, no final dos seus 20s, tem uma "crise existencial" e tem de enfrentar toda uma série de problemas típicos da sua geração. E ser millenial, neste século, significa lidar com uma dúzia de problemas distintos todos os dias. Se nós não podemos escapar deles, como poderia uma personagem de um livro que nos pretende retratar?
Não foi um livro que eu pegasse e depois não conseguisse pousar. Na verdade, demorei mais de um mês para o ler, pegando nele aos pedacinhos e sorvendo a sua história como se fosse um café muito quente. Precisamente por cause do que mencionei acima - a escrita pomposa, a abundância de temas, as bombas emocionais despejadas no leitor -, este livro lê-se melhor em doses controladas. É bastante bom de ler - e eu recomendo-o a todas as jovens mulheres que estejam nos seus 20s e se sintam perdidas na vida -, mas melhor lido devagarinho.
Fiquei estupidamente feliz por ver uma autora portuguesa a publicar uma história destas. A voz da Cátia Vieira merece ser ouvida, e Lola é uma personagem que ia certamente fazer muita gente sentir-se representada (como eu me senti - inclusive, deu-me vontade de voltar a pegar na minha câmara!).
Tal como o primeiro: brilhante.
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Em Gemina acompanhamos a história de Nik e Hannah, que inicialmente nada parece ter algo de relacionado com o primeiro livro. Cheguei mesmo a considerar que esta trilogia seria uma antologia baseada no mesmo conceito, até que os pontos lentamente se foram ligando e a relação entre os dois livros se tornou clara e fascinante.
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A trama é um pouco mais complexa do que a do primeiro livro - onde no primeiro tivemos de lidar maioritariamente apenas com Inteligência Artificial homicida e um vírus que alienava os passageiros da nave, na sequência de uma invasão planetária -, neste temos de lidar com uma invasão de uma nave espacial, a ocupação ditatorial desta, uma espécie de máfia espacial e criaturas alienígenas com gosto a humanos. Tudo isto, enquanto Nik e Hannah tentam salvar os ocupantes da nave e, possivelmente, o universo inteiro.
.
Não gostei tanto do Nik quanto gostei do Ezra; mas acho que gostei mais da Hannah do que da Kady. E a Ella é definitivamente a minha personagem favorita da trilogia até aqui. O seu sentido de humor ácido e a sua mente brilhante trazem algumas gargalhadas e momentos "wow" à história - de tal modo, que acho que ela merecia o seu próprio livro.
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Não posso dizer se gostei mais ou menos que do primeiro. Demorei mais tempo a ler e a trama é mais complexa, mas os protagonistas são ligeiramente menos interessantes. Em contrapartida, o momento em que percebemos de que forma este livro está ligado ao primeiro, e a sequência de eventos que se segue, faz com que seja extra fascinante.
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Em Gemina acompanhamos a história de Nik e Hannah, que inicialmente nada parece ter algo de relacionado com o primeiro livro. Cheguei mesmo a considerar que esta trilogia seria uma antologia baseada no mesmo conceito, até que os pontos lentamente se foram ligando e a relação entre os dois livros se tornou clara e fascinante.
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A trama é um pouco mais complexa do que a do primeiro livro - onde no primeiro tivemos de lidar maioritariamente apenas com Inteligência Artificial homicida e um vírus que alienava os passageiros da nave, na sequência de uma invasão planetária -, neste temos de lidar com uma invasão de uma nave espacial, a ocupação ditatorial desta, uma espécie de máfia espacial e criaturas alienígenas com gosto a humanos. Tudo isto, enquanto Nik e Hannah tentam salvar os ocupantes da nave e, possivelmente, o universo inteiro.
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Não gostei tanto do Nik quanto gostei do Ezra; mas acho que gostei mais da Hannah do que da Kady. E a Ella é definitivamente a minha personagem favorita da trilogia até aqui. O seu sentido de humor ácido e a sua mente brilhante trazem algumas gargalhadas e momentos "wow" à história - de tal modo, que acho que ela merecia o seu próprio livro.
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Não posso dizer se gostei mais ou menos que do primeiro. Demorei mais tempo a ler e a trama é mais complexa, mas os protagonistas são ligeiramente menos interessantes. Em contrapartida, o momento em que percebemos de que forma este livro está ligado ao primeiro, e a sequência de eventos que se segue, faz com que seja extra fascinante.
Finalmente, a aventura que atravessa multiversos, milhares de anos-luz de galáxias, que passa por vários planetas e cruza múltiplos personagens nos seus rumos, chega ao fim.
Em Obsidio, tudo o que acontecer nos dois livros anteriores cruza-se, envolve-se numa massa uniforme e esculpe-se numa só grande e complexa aventura. Novos personagens surgem e encontram-se com os antigos, os problemas relacionam-se, as verdades são descobertas e todas as nossas teorias são corroboradas ou contestadas.
Não é o meu favorito da trilogia, mas também não é o menos favorito. É o desvendar da história, o ponto final de um longo julgamento com tentáculos longos e complexos, e por isso não é menos importante que os outros. Mas senti alguma resistência a ligar-me emocionalmente aos protagonistas e a importar-me com eles. Talvez os outros fossem melhores, ou talvez eu apenas não me tenha conetado com estes.
Tudo subitamente faz sentido, e o puzzle é brilhante. Porque não bastava o formato desta trilogia ser inovador e fascinante, também a história central é mais complexa, mais ramificada e mais incrível do que inicialmente aparenta. Consigo imaginar o Jay e a Amy em frente de um quadro branco, com dezenas de posts its e riscos a ligá-los entre si, numa teia infinita de relações e plot twists.
Em Obsidio, tudo o que acontecer nos dois livros anteriores cruza-se, envolve-se numa massa uniforme e esculpe-se numa só grande e complexa aventura. Novos personagens surgem e encontram-se com os antigos, os problemas relacionam-se, as verdades são descobertas e todas as nossas teorias são corroboradas ou contestadas.
Não é o meu favorito da trilogia, mas também não é o menos favorito. É o desvendar da história, o ponto final de um longo julgamento com tentáculos longos e complexos, e por isso não é menos importante que os outros. Mas senti alguma resistência a ligar-me emocionalmente aos protagonistas e a importar-me com eles. Talvez os outros fossem melhores, ou talvez eu apenas não me tenha conetado com estes.
Tudo subitamente faz sentido, e o puzzle é brilhante. Porque não bastava o formato desta trilogia ser inovador e fascinante, também a história central é mais complexa, mais ramificada e mais incrível do que inicialmente aparenta. Consigo imaginar o Jay e a Amy em frente de um quadro branco, com dezenas de posts its e riscos a ligá-los entre si, numa teia infinita de relações e plot twists.