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lattederafaela's Reviews (365)
Finalmente, a aventura que atravessa multiversos, milhares de anos-luz de galáxias, que passa por vários planetas e cruza múltiplos personagens nos seus rumos, chega ao fim.
Em Obsidio, tudo o que acontecer nos dois livros anteriores cruza-se, envolve-se numa massa uniforme e esculpe-se numa só grande e complexa aventura. Novos personagens surgem e encontram-se com os antigos, os problemas relacionam-se, as verdades são descobertas e todas as nossas teorias são corroboradas ou contestadas.
Não é o meu favorito da trilogia, mas também não é o menos favorito. É o desvendar da história, o ponto final de um longo julgamento com tentáculos longos e complexos, e por isso não é menos importante que os outros. Mas senti alguma resistência a ligar-me emocionalmente aos protagonistas e a importar-me com eles. Talvez os outros fossem melhores, ou talvez eu apenas não me tenha conetado com estes.
Tudo subitamente faz sentido, e o puzzle é brilhante. Porque não bastava o formato desta trilogia ser inovador e fascinante, também a história central é mais complexa, mais ramificada e mais incrível do que inicialmente aparenta. Consigo imaginar o Jay e a Amy em frente de um quadro branco, com dezenas de posts its e riscos a ligá-los entre si, numa teia infinita de relações e plot twists.
Em Obsidio, tudo o que acontecer nos dois livros anteriores cruza-se, envolve-se numa massa uniforme e esculpe-se numa só grande e complexa aventura. Novos personagens surgem e encontram-se com os antigos, os problemas relacionam-se, as verdades são descobertas e todas as nossas teorias são corroboradas ou contestadas.
Não é o meu favorito da trilogia, mas também não é o menos favorito. É o desvendar da história, o ponto final de um longo julgamento com tentáculos longos e complexos, e por isso não é menos importante que os outros. Mas senti alguma resistência a ligar-me emocionalmente aos protagonistas e a importar-me com eles. Talvez os outros fossem melhores, ou talvez eu apenas não me tenha conetado com estes.
Tudo subitamente faz sentido, e o puzzle é brilhante. Porque não bastava o formato desta trilogia ser inovador e fascinante, também a história central é mais complexa, mais ramificada e mais incrível do que inicialmente aparenta. Consigo imaginar o Jay e a Amy em frente de um quadro branco, com dezenas de posts its e riscos a ligá-los entre si, numa teia infinita de relações e plot twists.
Eu não sei como dizer que odiei este livro sem dizer que odiei este livro. Requisitei-o na biblioteca sem fazer grande pesquisa sobre ele antes (raramente faço), convencida que seria poesia (porque aprecio a poesia deste autor). Tudo isso é responsabilidade minha.
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O facto de ser prosa não me pôr de pé atrás — um autor é um autor, afinal de contas. Porém, logo na segunda página eu percebi que provavelmente não iria gostar.
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Como dizer isto de forma amigável? 4 em cada 5 páginas eram erótica suja. O estilo de Bukowski, e deste livro em particular, encaixa-se numa corrente literária chamada de “realismo sujo”, o que justifica o linguajar vulgar e a prosa pouco ou nada lírica. Mas este livro é apenas… é apenas pornografia. E em cima disso, há toda uma representação das mulheres que é decadente e maligna demais.
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As mulheres com quem o personagem se envolve ou são ninfomaníacas psicóticas, ou depressivas passivas, ou algum tipo de estereótipo com que eu duvido que qualquer leitora se consiga identificar. É um livro escrito de um homem para homens, com um público-alvo muito específico.
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O único traço de evolução de personagem (porque o protagonista deste livro não tem sequer um arco de evolução) é na última página, em que ele mostra mais respeito por um GATO do que por todas as mulheres com que se cruzou ao longo do livro.
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Apesar de eu gostar de alguma da poesia de Bukowski e ter noção que este livro é considerado um clássico — eu odiei. Com todas as letras do verbo odiar.
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Perdoem-me, amantes dos clássicos, mas este não é para mim! E irei rogar pragas a Bukowski até ao fim dos meus dias.
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O facto de ser prosa não me pôr de pé atrás — um autor é um autor, afinal de contas. Porém, logo na segunda página eu percebi que provavelmente não iria gostar.
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Como dizer isto de forma amigável? 4 em cada 5 páginas eram erótica suja. O estilo de Bukowski, e deste livro em particular, encaixa-se numa corrente literária chamada de “realismo sujo”, o que justifica o linguajar vulgar e a prosa pouco ou nada lírica. Mas este livro é apenas… é apenas pornografia. E em cima disso, há toda uma representação das mulheres que é decadente e maligna demais.
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As mulheres com quem o personagem se envolve ou são ninfomaníacas psicóticas, ou depressivas passivas, ou algum tipo de estereótipo com que eu duvido que qualquer leitora se consiga identificar. É um livro escrito de um homem para homens, com um público-alvo muito específico.
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O único traço de evolução de personagem (porque o protagonista deste livro não tem sequer um arco de evolução) é na última página, em que ele mostra mais respeito por um GATO do que por todas as mulheres com que se cruzou ao longo do livro.
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Apesar de eu gostar de alguma da poesia de Bukowski e ter noção que este livro é considerado um clássico — eu odiei. Com todas as letras do verbo odiar.
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Perdoem-me, amantes dos clássicos, mas este não é para mim! E irei rogar pragas a Bukowski até ao fim dos meus dias.
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Eu devia ter uns 15 ou 16 anos quando o li a primeira vez, e esperei o máximo que pude para voltar a ler, para que a experiência não fosse contaminada. Infelizmente não esqueci tudo, mas felizmente esqueci o suficiente para que reler este livro fosse quase (mas só quase) como ler pela primeira vez.
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Mesmo eu sabendo o final e sabendo todo o plot-twist (é impossível esquecer), foi fascinante passar por todo o processo de chegar lá. Era o meu policial favorito há dez anos, continua a ser um dos favoritos agora.
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Mesmo eu sabendo o final e sabendo todo o plot-twist (é impossível esquecer), foi fascinante passar por todo o processo de chegar lá. Era o meu policial favorito há dez anos, continua a ser um dos favoritos agora.
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Eu não fazia a menor ideia que isto era uma história de época quando o comecei a ler. E apesar de isso ficar bastante definido logo no primeiro capítulo, foi preciso algum texto para eu realmente processar. Mas isso não é uma coisa má: eu afasto-me naturalmente de histórias de época, mas desta forma eu pude interessar-me antes de descartar. E ainda bem.
A sinopse faz parecer um mistério young adult, talvez mesmo um thriller sobrenatural ou algo mais místico. E considerando o ambiente em que a história se passa, chegamos a questionar se se trata de um policial ou de uma caça de fantasmas. Mas a história dá diversas reviravoltas e, a certo ponto, não sabemos mais no que acreditar. E isso, eu acho, é um dos elementos mais importantes deste género: fazer o leitor questionar tudo o que interpretou, dar voltas ao cérebro lado a lado com os personagens, querer embrenhar-se na floresta e seguir os rastos para desvendar o mistério.
Também é uma história sobre perdão, sobre perspetivas, sobre família de sangue versus família de coração, sobre reencontros e jovens mulheres que criam e fazem o seu futuro contra aquilo que é esperado delas. Sobre aprender a confiar, aprender a questionar e aprender a questionar e confiar nas pessoas certas e sobre as coisas certas.
No fim, é uma história inspirada numa prática desoladora, um pedaço da história Sul Coreana que é pouco conhecida, ainda que familiar para alguns de nós. A revelação final é retorcida, o desenrolar da história é rico em mistério e as personagens são previsíveis, mas tridimensionais.
E se passamos o livro inteiro a tecer as nossas próprias teorias sobre a verdade...no final não podíamos estar mais longe dela.
A sinopse faz parecer um mistério young adult, talvez mesmo um thriller sobrenatural ou algo mais místico. E considerando o ambiente em que a história se passa, chegamos a questionar se se trata de um policial ou de uma caça de fantasmas. Mas a história dá diversas reviravoltas e, a certo ponto, não sabemos mais no que acreditar. E isso, eu acho, é um dos elementos mais importantes deste género: fazer o leitor questionar tudo o que interpretou, dar voltas ao cérebro lado a lado com os personagens, querer embrenhar-se na floresta e seguir os rastos para desvendar o mistério.
Também é uma história sobre perdão, sobre perspetivas, sobre família de sangue versus família de coração, sobre reencontros e jovens mulheres que criam e fazem o seu futuro contra aquilo que é esperado delas. Sobre aprender a confiar, aprender a questionar e aprender a questionar e confiar nas pessoas certas e sobre as coisas certas.
No fim, é uma história inspirada numa prática desoladora, um pedaço da história Sul Coreana que é pouco conhecida, ainda que familiar para alguns de nós. A revelação final é retorcida, o desenrolar da história é rico em mistério e as personagens são previsíveis, mas tridimensionais.
E se passamos o livro inteiro a tecer as nossas próprias teorias sobre a verdade...no final não podíamos estar mais longe dela.
Trata-se de um livro tão pequenino que se lê em menos de duas horas, mas que aparenta ter um significado muito grande para a autora. A forma como ela fala dele, com um orgulho e afeto intensos, foi o que me levou a comprá-lo e dar-lhe uma oportunidade.
É a história de Gabriel, um nova iorquino de 16 anos, que descobre um baú com documentos antigos e uma foto velha; estes artigos levam-no a questionar a sua identidade e partir numa aventura para descobrir a verdade.
A história em si é delicada e bonita, mas senti-a muito pequenina. Em vez das 60 e poucas páginas, tinha potencial para algumas centenas. Até porque, do ponto de vista emocional, podia ter sido um bocadinho mais explorado, assim como a investigação do rapaz. Também merecia uma revisão extra, mas tendo esta sido feita pela autora, temos de dar sempre algum reconhecimento pelo trabalho — não é fácil rever o próprio texto. Gostava que fosse um bocadinho maior, tem potencial para isso, mas ao conversar com a autora eu compreendi porque é que é tão pequenina, porque é que não quis mexer muito nela e porque é que é como é.
Num geral, gostei da história e gostei da ideia. E a história por trás do livro é realmente especial.
É a história de Gabriel, um nova iorquino de 16 anos, que descobre um baú com documentos antigos e uma foto velha; estes artigos levam-no a questionar a sua identidade e partir numa aventura para descobrir a verdade.
A história em si é delicada e bonita, mas senti-a muito pequenina. Em vez das 60 e poucas páginas, tinha potencial para algumas centenas. Até porque, do ponto de vista emocional, podia ter sido um bocadinho mais explorado, assim como a investigação do rapaz. Também merecia uma revisão extra, mas tendo esta sido feita pela autora, temos de dar sempre algum reconhecimento pelo trabalho — não é fácil rever o próprio texto. Gostava que fosse um bocadinho maior, tem potencial para isso, mas ao conversar com a autora eu compreendi porque é que é tão pequenina, porque é que não quis mexer muito nela e porque é que é como é.
Num geral, gostei da história e gostei da ideia. E a história por trás do livro é realmente especial.
Queria ler Lovercraft, porque ouço falar da genialidade dele desde sempre. Comecei por este, por ser um dos mais famosos e ser pequenino. Acho que comecei mal.
A premissa é extraordinária, mas a leitura é redundante e um círculo infinito de descrições detalhadas e suspense que nunca leva a lado nenhum.
Admito que a escrita é boa, mas demasiado descritiva. A premissa da história tem tudo: o mistério, o suspense, o desconhecido - e Lovecraft é famoso pelas suas histórias críticas -, a forma como o sobrenatural é deliberadamente vago.
Mas o plot? Muito pouco. Vi uma review a dizer que este livro parece mais uma tentativa de worldbuilding do que um conto propriamente dito, e tenho de concordar. Porque é 90% "nós fomos àquele sitio naquelas montanhas e vimos aquelas coisas e depois viemos embora" e 5% "coisas aconteceram". Os outros 5% são "não quero falar sobre as coisas terríveis que vimos". Ad infinitum. São páginas e páginas e páginas a falar sobre as montanhas, depois sobre os túneis, depois sobre as gravuras e a civilização que encontraram, e depois mais montanhas. Só descrições e descrições e descrições e muito pouco plot.
Portando, não posso dizer que adorei. Mas também não detestei. Quero ler outras coisas do autor, na esperança de encontrar aquilo por que Lovecraft é conhecido: terror imaterial e metafísico, de uma criatividade incomparável, psicológico. Mas este conto não foi a minha chávena de chá.
A premissa é extraordinária, mas a leitura é redundante e um círculo infinito de descrições detalhadas e suspense que nunca leva a lado nenhum.
Admito que a escrita é boa, mas demasiado descritiva. A premissa da história tem tudo: o mistério, o suspense, o desconhecido - e Lovecraft é famoso pelas suas histórias críticas -, a forma como o sobrenatural é deliberadamente vago.
Mas o plot? Muito pouco. Vi uma review a dizer que este livro parece mais uma tentativa de worldbuilding do que um conto propriamente dito, e tenho de concordar. Porque é 90% "nós fomos àquele sitio naquelas montanhas e vimos aquelas coisas e depois viemos embora" e 5% "coisas aconteceram". Os outros 5% são "não quero falar sobre as coisas terríveis que vimos". Ad infinitum. São páginas e páginas e páginas a falar sobre as montanhas, depois sobre os túneis, depois sobre as gravuras e a civilização que encontraram, e depois mais montanhas. Só descrições e descrições e descrições e muito pouco plot.
Portando, não posso dizer que adorei. Mas também não detestei. Quero ler outras coisas do autor, na esperança de encontrar aquilo por que Lovecraft é conhecido: terror imaterial e metafísico, de uma criatividade incomparável, psicológico. Mas este conto não foi a minha chávena de chá.