1.48k reviews for:

Dörren

Magda Szabó

4.13 AVERAGE

emotional mysterious sad tense

i would read this during my breaks at work and every time i had to put it down  i couldn’t stop thinking about what was going to happen to them my entire shift. i was reading the final 10% of this during my last break today and had to get back to work and i couldn’t take the suspense so i borrowed the audiobook on libby to listen to the rest of the way home!!!

this was such an intense read to the very last page (or second). now that i’m writing this i think i wanna give it 4 stars! this story truly gave me a lot of things to think about and i think the reason it was so haunting to me personally is because i have such a big fear of failing the people i love (who doesn’t but it’s been plaguing me especially recently). amongst other thingsssss

 
dark emotional inspiring reflective sad medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes

Fab! Finished and immediately reread the first few pages.
challenging dark emotional inspiring mysterious reflective medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Complicated
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: Complicated
Flaws of characters a main focus: Yes
emotional reflective medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: N/A
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: N/A
Flaws of characters a main focus: N/A
adventurous challenging dark emotional mysterious reflective sad medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Complicated
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes

Review: The Door
✨:  4/5
Genre: fiction
1️⃣ emoji: 🧹
Format: Kindle Libby
#3 of my Friends Recommended books! Thank you Caitlan for this one!

Magda is a well off writer in Hungary, who decides to hire a maid, Emerence, who comes highly recommended by her friends. Emerence is an old lady who is extremely private- nobody has ever been inside her house, her front door is always tightly locked and rumors abound about what she’s keeping in there that’s so secret. At first Magda thinks Emerence hates her, but over decades Emerence slowly lets her guard down until Magda is one of the closest people in her life. 

➕:  Looking back at it, the plot sounds very boring…but I wasn’t bored at all. Emerence was no nonsense, and was a true force of nature. There were some really horrible sad parts, and there were some really funny parts. The book was kind of just an honest description of life and how two people come to trust each other. 

➖:  I found the main character/narrator (Magda) very annoying sometimes… I know it’s Emerence’s job, but she’s letting this poor elderly lady do all these things around the neighborhood and not even considering lifting a finger to help, which didn’t sit well with me. 
The ending is also fairly depressing. But you know, that was also fitting with the honest nature of the book. Not all endings in real life are peaceful  and closured, and this book was a real description of life and death. 

#TheDoor #HungaryLiterature #friendsrecommendationchallenge 
#MNbookstagram #MNreads#bookstagram #bookshelf #bookstagrammer #bookstore #booksofinstagram #bookshelves #bookslover #booksandcoffee #booksbooksbooks 
 #bookshelfie #bookstagrampl #booksofIG #Booksy

"Hoje, sei o que então ignorava, que não podemos exprimir os afectos de uma forma adquirida, canalizada, articulada, e que não posso determinar a sua forma no lugar de quem quer que seja."
77


Não dá para afastar a sensação de falhanço após a leitura deste livro. Falhanço porque não me provocou uma reação substancial, um interesse genuíno; ou falhanço porque, como à narradora (se assim for, bravo, Szabó!), me é impossível mais do que seguir o rumo da história, incapaz de erguer um dedo para a alterar.

A Porta anuncia-se-me como uma história de obsessão; uma história sobre o destino, e a justiça, talvez - onde as dimensões política e autobiográfica não se separam da força anímica da narrativa.

Magda Szabó, como a narradora sua homónima, escritora rotulada como inimiga pública pelo então recém instalado Partido Comunista Húngaro, passa pelos meandros do descrédito, do banimento (palavra feia como o que representa) e da perda pessoal: o marido, escritor e tradutor, morre com 68 anos.
Por outro lado, como a fonte de obsessão da sua narradora, Emerence, Szabó presencia a ocupação alemã e a ocupação soviética de '44/'45; enfrenta, claro, terrores (diretos ou indiretos) que atualmente - e localmente - apenas podemos imaginar.
Neste sentido, e lendo este livro como porta de entrada para a vida da escritora, o documento não deixa de ser substancialmente interessante. Mas, mesmo assim, não me causa o assombro que vejo refletir na crítica.

A estrutura elíptica do seu romance, começando num pesadelo para culminar noutro (ou no mesmo) é - pegando desde logo no seu título - uma espécie de parábola cujo objetivo primeiro é o de fazer ver ao leitor que o pior crime não é o de colher o corpo de alguém, mas o de tolher a sua dignidade, aquela em que reside na sua individualidade. A Porta/porta é pois o último elemento que resguarda e respeita a intimidade do indivíduo. Derrubada essa barreira, o terreno é acidentado, sensível e, neste caso, desemboca na tragédia.



"A gente não morre facilmente, aprenda isso, e, mais tarde, aquilo a que se resistiu torna-nos tão inteligentes que desejamos, ainda assim, voltar a ser estúpidos, completamente estúpidos."
133



A ajudar a esta expressão alegórica da história, os momentos de patético repetem-se ao longo das suas muitas páginas: tentativas falhadas de aproximação por parte da narradora à sua empregada, objeto da sua paixão/admiração/obsessão; artimanhas de Emerence, a empregada, para se escudar desta latente afeição; cenas triviais da política cultural húngara jogando com Magda (qualquer das Magdas) como com uma marionete...

As personagens são outro desafio:
A narradora é uma alma de certo modo desinteressante, uma mulher subjugada ao poder, que perdeu parte da sua independência e, consequentemente, da sua paixão;
Emerence é uma criação complicada, baça, difícil de deslindar - demasiado para mim que não sou dotada de curiosidade pela intricada personalidade humana.

A história que se desenrola frente aos nosso olhos não é um melodrama, mas um monodrama, como a narradora chega a dizer. Toda a narrativa se constrói e se desenrola em torno deste elemento, de Emerence, desta chave de preocupação da narradora.

Em momento nenhum nos é dado descanso: como no pesadelo que nos anunciam as primeiras páginas somos, como leitores, forçados a fazer um caminho alheio à nossa vontade, suportando desígnios superiores.

Existe, contudo, escudada na dureza da narrativa, a moral que me desgosta um pouco e que não é o que procuro na literatura. A escrita é inteligente e introduz logo de início o leitor a um mistério que só será resolvido nas últimas páginas: Emerence morrerá (não há spoiler porque este passo serve apenas como engodo).
Quem é Emerence? Como morre? Porquê? Estas e outras são perguntas que agarram o leitor ao livro.
Mas a escrita torna-se repetitiva, exaustiva a partir de determinado ponto. A narradora perde o controlo da narrativa e já não vê com os olhos da objetividade, mas da emoção e do idealismo que a acompanha.

O sucesso de A porta parece-me, liga-se com a sua vertente de culto, a admiração que os leitores - justamente - prestam a determinadas obras que, em virtude de elementos muito pessoais, lhes falam mais de perto. No meu caso, no entanto, tal não aconteceu.

A perdição pela salvação é coisa em que não acredito. Como não acredito em boas intenções. As intenções servem o propósito de beneficiar o seu autor. Daí não ser nada de admirar que as "boas intenções" de Magda originem a morte de Emerence.


"[Eu]era ainda jovem, não analisara a fundo até que ponto a paixão é um sentimento ilógico, mortal, imprevisível, e, contudo, conhecia a literatura grega, que não representava mais do que as paixões, a morte, cujo machado cintilante é sustido pelas mãos enlaçadas do amor e da afeição."
106






*A edição, parece-me, tem os seus problemas também. Problemas que se relacionam com o sistema da língua portuguesa, e com as opções de estilo e ortografia (nomeadamente o uso de sinais gráficos e de pontuação) adotadas pelo tradutor. Todavia, desconhecendo o idioma húngaro, as minhas críticas ficam-se por aqui.*

I think I will have to read this book again. I don't get it!! I just don't get it. Was I supposed to enjoy reading it? Someone help.

no star rating because my relationship to this book feels too complicated to warrant a rating