You need to sign in or sign up before continuing.
Scan barcode
umagabileitora's review against another edition
4.0
Nesse livro parece que Clarice Lispector está escrevendo uma carta para nós, leitores, falando diretamente com a gente. Ao mesmo tempo, parece divagar sozinha, falar tudo aquilo que vem a mente tal qual na terapia.
A história em si não tem enredo, mas é de um conteúdo riquíssimo. Acompanhamos a mente dessa narradora, suas divagações, suas questões, seus medos, suas alegrias, seus amores... Tudo de tal forma escrita que mais parece um poema.
O mais importante é não se ater em cada palavra, em cada vírgula, ou tentar dar significado para tudo. É se jogar na correnteza desse fluxo de pensamento e captar tantas coisas interessantes que ela nos passa, principalmente (para mim) sobre o próprio ato de escrever.
“Este texto que te dou não é para ser visto de perto: ganha sua secreta redondeza antes invisível quando é visto de um avião em alto voo. Então adivinha-se o jogo das ilhas e veem-se canais e mares. Entende-me: escrevo-te uma onomatopeia, convulsão da linguagem. Transmite-te não uma história mas apenas palavras que vivem do som.”
A história em si não tem enredo, mas é de um conteúdo riquíssimo. Acompanhamos a mente dessa narradora, suas divagações, suas questões, seus medos, suas alegrias, seus amores... Tudo de tal forma escrita que mais parece um poema.
O mais importante é não se ater em cada palavra, em cada vírgula, ou tentar dar significado para tudo. É se jogar na correnteza desse fluxo de pensamento e captar tantas coisas interessantes que ela nos passa, principalmente (para mim) sobre o próprio ato de escrever.
“Este texto que te dou não é para ser visto de perto: ganha sua secreta redondeza antes invisível quando é visto de um avião em alto voo. Então adivinha-se o jogo das ilhas e veem-se canais e mares. Entende-me: escrevo-te uma onomatopeia, convulsão da linguagem. Transmite-te não uma história mas apenas palavras que vivem do som.”
ricardomoreira's review against another edition
challenging
emotional
hopeful
inspiring
reflective
slow-paced
5.0
marininha's review against another edition
challenging
mysterious
reflective
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? N/A
- Diverse cast of characters? N/A
- Flaws of characters a main focus? N/A
3.75
fktkaye's review against another edition
5.0
Truly powerful book capturing the creative and spontaneous instances of each moment
therosxs's review against another edition
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
3.0
“o que te digo deve ser lido rapidamente como quando se olha”(pág 33)
Clarice já dizia como este livro deveria ser lido. Isso se aplica a maioria dos livros da autora, com seu famoso caráter introspectivo, mas Água Viva é diferente: é o tal do fluxo de consciência, mas não de uma personagem e sim dela mesma.
Em alguns momentos pensei que não gostaria do livro. Ele definitivamente não é daqueles que você não consegue parar de ler. Pra mim está mais para diário do que para livro, e não de um jeito ruim. Essas páginas me lembraram um pouco do que eu mesma já fiz algumas vezes quando estava inquieta ou até sem conseguir dormir, do simplesmente escrever, colocar os pensamentos no papel como vem à cabeça.
Confesso que eu tinha medo de ser um daqueles casos em que o clássico é venerado só por ser clássico, e as pessoas fingem gostar. Por um lado, eu entendo quem não consegue continuar lendo, para a minha ansiedade foi um desafio. Mesmo assim, eu vejo valor nessa obra, não necessariamente por ser Clarice, mas pela vulnerabilidade da autora de nos convidar para “dentro da sua cabeça”, mesmo com certas alterações do que tinha escrito originalmente.
Sobre o resto do livro (o manuscrito e os ensaios), eu gostei de saber um pouco do processo da Clarice, principalmente pelos olhos de amigos dela. Porém, como sempre acontece com esses manuscritos que não eram para serem vistos, fico desconfortável. Se a autora não quis os publicar, será que deveríamos fazê-lo?
Clarice já dizia como este livro deveria ser lido. Isso se aplica a maioria dos livros da autora, com seu famoso caráter introspectivo, mas Água Viva é diferente: é o tal do fluxo de consciência, mas não de uma personagem e sim dela mesma.
Em alguns momentos pensei que não gostaria do livro. Ele definitivamente não é daqueles que você não consegue parar de ler. Pra mim está mais para diário do que para livro, e não de um jeito ruim. Essas páginas me lembraram um pouco do que eu mesma já fiz algumas vezes quando estava inquieta ou até sem conseguir dormir, do simplesmente escrever, colocar os pensamentos no papel como vem à cabeça.
Confesso que eu tinha medo de ser um daqueles casos em que o clássico é venerado só por ser clássico, e as pessoas fingem gostar. Por um lado, eu entendo quem não consegue continuar lendo, para a minha ansiedade foi um desafio. Mesmo assim, eu vejo valor nessa obra, não necessariamente por ser Clarice, mas pela vulnerabilidade da autora de nos convidar para “dentro da sua cabeça”, mesmo com certas alterações do que tinha escrito originalmente.
Sobre o resto do livro (o manuscrito e os ensaios), eu gostei de saber um pouco do processo da Clarice, principalmente pelos olhos de amigos dela. Porém, como sempre acontece com esses manuscritos que não eram para serem vistos, fico desconfortável. Se a autora não quis os publicar, será que deveríamos fazê-lo?
rachelokna's review against another edition
dark
emotional
mysterious
reflective
sad
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
5.0
katiemanring's review against another edition
emotional
mysterious
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? N/A
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
5.0