gussurireads's reviews
39 reviews

Faebound by Saara El-Arifi

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Did not finish book. Stopped at 39%.
I was listening to this while reading the print version but I did not enjoy the narration at all. Gave up on it pretty early on.
In the Ravenous Dark by A.M. Strickland

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Did not finish book. Stopped at 54%.
I tried to give this one a fair shot but it's one of those cases when the urge to drop it is almost immediate.

Besides my personal dislike for first person narration, the rest of the book lacks a compelling cast of characters and an interesting narrative. Every supporting character feels flat, the main character is insufferable and all the relationships she builds upon arriving at the royal court feel super rushed and almost too juvenile. 

The biggest ick is probably her relationship with her guardian. She detests him and all that he represents, keeps calling him "the dead man" and in the same paragraph she admires his physical appearance.
Mooncakes by Suzanne Walker

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emotional lighthearted relaxing fast-paced
  • Plot- or character-driven? Plot
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? No

3.0

A sweet, enchanting story full of queerness, family and witchy magic.

The plot was quite lackluster but the art more than makes up for it, bringing to life all the lovely characters, like the grandmothers' (we needed to know more about their own witchy exploits!), Nova and Tam (tooth-rotting sweet sapphics), Nova's scientist friend Tatyana and of course, cousin Terry.

I especially loved that Nova wore hearing aids and the small glimpses we saw of their presence in her life and the workarounds required to practice magic with them.

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Os Sete Maridos de Evelyn Hugo by Taylor Jenkins Reid

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emotional inspiring reflective sad fast-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? Yes

5.0

Uma re-leitura impulsiva, feita à última hora porque pedi empréstimo à biblioteca para que um amigo pudesse finalmente ler. Tal como a primeira vez, não cheguei a pousar o livro sequer.

Li a versão original em inglês faz agora mais ou menos 2 anos certinhos. Houve uma fase em que pensei, "Será que estou a exagerar quando digo que este livro é incrível e que merece 5 estrelas e estar na minha lista de favoritos?" 

Muitos de nós aprendemos que aquilo que recebe muito hype e é mainstream, acaba por não poder ser verdadeiramente arte. Por isso é que muitas pessoas odeiam a Taylor Swift. Eu comecei a ouvir a Taylor Swift o ano passado. Este ano conto ir ao concerto dela. Há uns anos atrás, provavelmente iria ter vergonha de admitir esse facto. Tal como teria vergonha de admitir que este é um dos meus livros favoritos.

O meu mundo nunca me obrigou a esconder a minha sexualidade da forma que Evelyn teve que o fazer, mas mesmo assim, nunca me senti confortável para explorar o meu verdadeiro eu. Tal como Evelyn, criei uma pessoa inventada para me proteger do mundo exterior, dos olhares desaprovadores, da desilusão que causaria à minha familia. Vivi assim durante a maior parte da minha vida. Ao contrário de Evelyn, não esperarei até ter 80 anos para contar a minha história, nem para viver a minha verdade.

E isso passa por admitir, sem vergonha, todas as coisas que adoro, até mesmo aquelas que possam ser vistas como mais embaraçosas.

Este livro merece todo o hype que recebeu. Continuo estupefacta por ter vendido tantos exemplares, por continuar a ser uma referência em todas as grandes livrarias que visito. É a história de amor entre duas mulheres, escrito explicitamente e sem pudor. E tem sido um sucesso de vendas, com todo o mérito que merece. A escrita de Taylor Jenkins Reid é simples o suficiente para atrair um grande público mas ao mesmo tempo intensa, sentida e real. Muito real. 

Tenho muitas passagens anotadas mas deixo aqui uma muito especial:

"As pessoas acham que a intimidade tem que ver com sexo. Mas a intimidade tem que ver com a verdade. No momento em que percebemos que podemos contar a alguém a nossa verdade, quando podemos mostrar-nos a essa pessoa, quando nos despimos à frente dela e a resposta é: Comigo estás segura. Isso é intimidade."

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Como Se Fôssemos Vilões by M.L. Rio

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dark mysterious tense medium-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? No
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

1.0

Pretensioso, com uma prosa terrível cheia de más comparações (uma bengala da autora que não consegui ignorar) e uma personagem principal cujo ponto de vista é por vezes irritante, por outras misógino - portanto, irritantemente misógino?

Passo a citar uma das frases que mais me chocou,  p. 139 Ato II, "Felizmente, não estava excessivamente maquilhada e continuava a parecer humana." Isto é a observação da personagem principal (um homem) sobre uma das suas melhores amigas, com quem ele se envolve romanticamente, e que apenas a vê como um objeto de desejo, enquanto o seu amor verdadeiro é outro homem. Será pedir muito que autoras mulheres não odeiem outras mulheres nos seus livros?

Relativamente ao enredo e o motivo pelo qual segui a recomendação de leitura (proveniente de uma das minhas booktubers favoritas, nem acredito na desilusão): o mistério do assassinato torna-se relativamente óbvio no início do Ato III. O livro é composto por 5 atos e estava a custar-me continuar a leitura desde o primeiro ato. Tornou-se mais interessante conforme a tensão foi aumentando, mas creio que grande parte do combustível que alimentou está leitura foi a minha própria teimosia em ver a minha teoria sobre o assassino confirmada (e foi confirmada!).

O plot twist no epílogo que todos falaram foi... Ok. Não sou muito fã deste tipo de epílogos e creio que não beneficiou em nada a narrativa, sendo que o mais interessante de "Como Se Fôssemos Vilões" é mesmo toda a tensão e drama criado em torno do ambiente obsessivo em que estes jovens vivem. Fora isso, resta apenas uma prosa pobre e personagens estereotipados, com pouca profundidade. 

Recomendo a leitura se estiverem presos numa cabine sem internet e este for o único livro entre uma coleção de livros da Coleen Hoover.

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DJ Cat Gosshie - World Tour by Martín López Lam, Marcos Farrajota, Harukichi

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funny lighthearted relaxing fast-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? No

4.0

Há livros que são melhor experienciados do que descritos. Esta é uma experiência visual, com a arte de Harukichi e o design do incrível DJ Cat Gosshie em grande destaque nesta pequena coletânea das viagens de Gosshie, passando por Portugal, Irão, Peru, Singapura, etc. enquanto toca os seus vinis favoritos e fuma umas ganzas.

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Ontem à Noite no Telegraph Club by Malinda Lo

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emotional inspiring reflective sad medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? No

4.0

Esta é a história de Lily Hu, uma adolescente sino-americana que vive em São Francisco nos anos 50 e que vê a sua vida virada do avesso quando descobre a existência de um bar local chamado "Telegraph Club".

Para a juventude queer, a história de Lily vai ser bastante familiar. O encontrar de um primeiro amor com uma amiga na escola, a descoberta de um espaço seguro e de uma cultura onde as pessoas à nossa volta são, finalmente, "como nós". 

"Como sempre, havia alguns casais - homens e mulheres - sentados perto do palco, as mulheres algures entre o fascinadas e o envergonhadas, os homens com os seus sorrisos conhecedores. Lily perguntou-se o que pensavam saber. Tinha quase a certeza de que estavam errados."

A autora descreve perfeitamente, através do olhar de Lily, como é ser uma jovem adolescente que gosta de outras mulheres. É uma experiência única, espelhada em todos os momentos em que Lily olha para uma mulher com hesitação e com uma admiração que vai para além do estético feminino. O sentimento de vergonha e o medo que vêm agarrados e a consciência que, se os outros à nossa volta pudessem ver os nossos pensamentos, seriam vistos com uma perversão.

"Não conseguia explicar porque razão reunira aquelas fotografias, mas sentia-o no seu âmago: uma necessidade de ardente e inquietante de olhar - e, ao olhar, de compreender algo."

A história de amor entre Lily e Kath é igualmente merecedora de destaque. Embora o foco principal não seja o romance entre elas, os momentos que temos entre as duas servem para explorar a beleza do amor sáfico e como este amor muda a vida de Lily.

“Sentia-se como se tivesse finalmente decifrado a última parte de um código que a inquietava há tanto tempo que mal se lembrava de quando começara a decifrá-lo. Sentia-se extasiada.”

Lily estava habituada a ser vista como uma "menina chinesa bem comportada". O seu sonho de ser tornar cientista não era o mais comum, num mundo onde os brinquedos científicos tinham rapazes brancos e de olhos azuis na embalagem (e continuam a ser comercializados maioritariamente para um público masculino, mais de 70 anos depois), mas Lily era boa aluna e vestia-se a rigor como a sua mãe ditava. Tinha uma melhor amiga cujo sonho era casar-se e ter uma familia heteronormativa. Até que o seu caminho cruzou-se com o de Kath e com o Telegraph Club.

O sonho de Kath era tornar-se piloto. As duas eram as únicas raparigas na aula de Matemática Avançada. Kath introduz Lily a todo um mundo de outras mulheres sáficas que ajudam Lily a aceitar a sua sexualidade. 

Sem grandes spoilers, a relação de Lily e Kath passa por alguma turbulência devido às imposições sociais da altura mas o final deixa em aberto a possibilidade de uma relação feliz, mas vivida em segredo.

“Tinha medo de ser descoberta, e medo de se descobrir a si própria, mas quanto mais se beijavam, menos medo tinha, até que o medo deu origem a sentimentos muito mais poderosos.”

Mas esta não é só a história deste primeiro amor sáfico entre Lily e Kath. A autora, também ela própria sino-americana queer, teve o cuidado de fazer uma enorme pesquisa em torno das vidas de pessoas queer e da comunidade sino-americana em São Francisco nos anos 50. Isso reflete-se não só na forma como escreve a história de Lily, mas também as histórias que vai introduzindo entre atos da sua familia de imigrantes e a sua comunidade em Chinatown. Em várias instâncias refere-se a eventos históricos que marcaram aquela década nos Estados Unidos e como estes foram vistos dentro da comunidade de imigrantes chineses. 

"A América tinha-lhe dado tanto nos quatro anos que lá estivera, mas fazia questão de lhe recordar constantemente a forma como via pessoas como ela."

“Ontem à Noite no Telegraph Club” é uma leitura marcante, que fala sobre as nossas identidades e o poder transformativo do amor.

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Wyrd Sisters by Terry Pratchett

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adventurous funny lighthearted medium-paced
  • Plot- or character-driven? Plot
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.0

"Margrat wondered what it was like, spending your whole life doing something you didn't want to do. Like being dead, she considered, only worse, the reason being, you were alive to suffer it."

My first Discworld novel, after reading Good Omens early this year. I quite enjoy Pratchett's humor but I must admit a lot of it is lost in translation (me not being a native English speaker and all that).

Unfortunately, only 4 Discworld novels got translated to Portuguese and they are exceedingly rare to find these days.

Also, I was completely unaware of it being a sort of parody of Hamlet, on account of me never having read Hamlet. So that's something I need to fix. Still, I enjoyed the theater references and the way Pratchett writes about the authorial process.

(note: I bought Equal Rites as well, but I think I'd like to try out a Discworld novel focused on the character of Death)
Género Queer by Maia Kobabe

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emotional hopeful inspiring reflective fast-paced

5.0

Read the Portuguese version, translated by Elga Fontes and published by ASA.

This is the type of book that can change someone's lives. It certainly changed mine. Even if you're not questioning your gender identity, it's worth reading just so you can better understand those who do. Maia's story is extremely empathetic.

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